domingo, 16 de fevereiro de 2014


ÁRVORES DE NATAL

sua crença, seu surgimento

ÁRVORE- um arquétipo da grande mãe, um tipo de crença religiosa, muito comum no passado.







Desde tempos antigos que o destino dos homens esteve sempre associado ao das árvores. As árvores desempenharam na vida dos homens grande importância, eram consideradas manifestações da presença dos deuses na terra, a cada árvore era atribuída uma essência particular de tal forma que o homem intuía que o Universo, onde a natureza é visível e o divino onde a natureza é invisível, se interpenetravam e se explicavam um pelo outro.
Na mitologia podemos perceber até que ponto as árvores eram sentidas enquanto agentes privilegiados da comunicação entre três mundos, os subterrâneos, a superfície e os céus.
Desta forma iremos encontrar alusão aos cultos consagrados às arvores tidas como sagradas e singularmente, a mais venerada de todas a Árvore Cósmica.

Civilizações antigas que habitavam os continentes europeus e asiático, já considerava as árvores como símbolo divino. Eles as cultuavam e realizavam festivais em seu favor.

Árvore, símbolo da vida, em perpétua evolução e em ascensão para o céu, ela evoca todo o simbolismo da verticalidade.

raízes ( terra )
galhos ( céu )

Essas crenças ligavam as árvores a entidades mitológicas. Sua projeção vertical desde as raízes fincadas no solo marcava a simbólica aliança entre a mãe terra e os céus



ASSÍRIA ( atual Iraque )
Assíria foi um reino acádio semita em torno da região do alto Rio Tigre no norte da Mesopotâmia

Deusa Semiramis


ASSÍRIA

Na Assíria a deusa Semiramis ( pomba amorosa ), havia feito promessa aos assírios, de quem montasse uma árvore com enfeites e presentes em casa no dia do nascimento dela ela iria abençoar aquela casa para sempre

Entre as muitas lendas que a rodeiam, uma afirma que foi filha de uma Sacerdotisa, que a abandonou á morte no deserto. Pombas a encontraram e a alimentaram até que um pastor de nome Simas a encontrou
Semiramis foi uma rainha mitológica que segundo as lendas gregas e lendas persas sobre a Pérsia, Assíria e Armênia, Arábia e Egito e toda a Ásia, durante mais de 42 anos, foi fundadora da Babilônia e de seus jardins suspensos. Subiu ao céu transformada em pomba, após entregar a coroa a seu filho Tamuz.
Na Assíria a Deusa SEMIRAMIS, ( em assírio significa pomba amorosa ), havia feito promessa aos assírios de que quem montasse uma árvores com enfeites e presentes em casa no dia do nascimento dela, ela iria abençoar aquela casa para sempre.

EGITO

Entre os egípcios o cedro se associava a Osíris


cedro do Libano


significa muitos olhos

Não pode haver melhor caracterização da Mãe , se consideramos que o cedro e acácia  estão estreitamente relacionadas, em termos simbólicos, com Osíris, o Imortal que ressurge cujo princípio de vida e permanência essas árvores representam.
Osíris deus da mitologia egípcia, associado à vegetação e a vida . Foi um dos deusses mais populares do Antigo Egito, cujo culto remontava ás épocas remotas da história egípcia e que continuou até a era Greco-Romana, quando o Egito perdeu sua independência política. 
Osíris morto, que Ísis busca, foi encontrado em Biblos, no Líbano, como uma árvore, isto é, estava encerrado num tronco de árvore. Daí ele foi levado de volta ao Egito. O principal símbolo de Osíris é a " Coluna Djed "
uma árvore-fetiche, coisa bastante estranha para o Egito desprovido de árvores e, além disso, na própria Biblos é venrada uma árvore envolta em linho e untada - como " madeira de Ísis "
O mito associa de modo claro, Osíris como divindade da vegetação, com as figuras de Adônis, Átis e Tamuz. Mesmo seu culto do deus morto e ressuscitado.
Osíris representado pelo cedro, e " personificava o crescimento da vegetação e das forças criadoras do Nilo "


GRÉCIA

Os gregos ligavam o loureiro a Apolo, o abeto a Átis, a azinheira a Zeus






Apolo e Dfane, a lenda do loureiro


Apolo era o mais belo dos deuses do Olimpo. Ciente da própria beleza e confiante na sua destreza em manejar o arco de prata, matou a terrível serpente Píton.
Conta Ovídio em " Metamorforses " que perante a arrogância de Apolo como vencedor de Píton, Cupido decidiu fazer-lhe uma partida.
Para mostrar sua superioridade das suas flechas, mandou duas, uma de outro, com o poder de atrair o amor, sobre Apolo, e uma outra de chumbo que afastava o amor sobre a bela ninfa Dafne, filha do rio-deus-Peneu.
Ferido por Cupido, o deus foi tomado de amor pela ninfa, esta que sempre recusara os pretendentes, horrorizada tentou escapar-lhe, correndo como se asas tivesse nos delicados pés.
Arrastado pela paixão e pela vontade o ser amado, de  beijá-la e dizer o quanto a amava, Apolo corria acossado pelas fúrias.
Desesperada, constatando que o seu perseguidor estava cada vez mais próximo que as forças começavam a fraquejar, Dafne ao ver o pai entre as árvores pediu-lhe que a salvasse mudando-lhe a forma do corpo para que o impetuoso deus a deixasse em paz. Pneu fez que a filha pediu e quando Apolo estava quase a lhe tocar-lhe os cabelos, Dafne sentiu um torpor estranho apoderar-se dos seus membros, o seu corpo revestiu-se de casca, os seus cabelos transformaram-se em folhas, os seus braços mudaram-se em ramos e galhos, os pés cravara m-se na terra, como raízes .
Impotente perante a metamorfose da sua amada em arbusto, o loureiro, Apolo abraçou-se aos ramos e beijou ardentemente a casca declarando:

" JÁ QUE NÃO PODE SER MINHA ESPOSA, SERÁS A MINHA PLANTA PREFERIDA E ETERNAMENTE ME ACOMPANHARÁS. USAREI TUAS FOLHAS SEMPRE VERDES COMO COROA E PARTICIPARÁS EM TODOS OS MEUS TRIUNFOS, CONSAGRANDO COM A TUA VERDURA PERFUMADA AS FRONTES DOS HERÓIS"

Foi assim que o loureiro ficou associado ao belo e luminoso deus, símbolo do seu amor pela ninfa Dfane.

Abeto a Atis
Abeto-possuem folhas pequenas e aromáticas

Atis

Atis era amante da deusa da fertilidade Cibele, deusa do poder e da fertilidade da natureza.
Conta a lenda que Atis, seu jovem amante, a traiu ( Cibele ) com uma ninfa e Cibele vingou-se induzindo-o a um frenesi durante o qual ele cortou os próprios testículos com uma faca e morreu sob um pinheiro. Cibele o trouxe de volta à vida como seu divino consorte, mas assegurando-se de que ele seria praticamente fiel

azinheira a Zeus


GERMÂNICOS

Os germânicos colocavam presente para as crianças sob o carvalho de Odin
Para os povos germânicos o carvalho era a árvore do deus do trovão Thor.


carvalho-alemão

Thor na mitologia nórdica  é o deus que empunha o martelo, mora na casa de sua mãe e esta associado aos trovões, relâmpagos, tempestades, árvores de carvalho, força, proteção da humanidade e também a santificação , cura e fertilidade. Filho de Odin e Jord, casado com Sif.

Desde a antiguidade os germânicos mantiveram estreita relação com as árvores. Na árvore estão a vida em movimento perpétuo, a regeneração constante 9 partes dela estão continuamente morrendo e renascendo ) e a busca permanente de evolução ( dada sua ascensão vertical em direção ao alto ).
Desde muito cedo os germânicos perceberam que, com sua majestosidade ( mais de 40 metros de altura ) o carvalho era a árvore que mais atraía os raios. Por este motivo aceitaram que era uma espécie de morada dos deuses na terra e nele estava a ligação entre terra e os céus. Estando em contato com os céus, certamente representava os deuses e de alguma forma tinha alguma influência mágica no sentido de controlar o tempo os trovões e as tempestades.

Na Idade Média, árvores enfeitadas faziam parte de todas as grandes festas natalinas, data de documentos de 1.419. Nas vésperas do solstício ( é o momento em que o Sol , durante seu movimento aparente na esfera celeste atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do Equador. Os solstício ocorrem dua vezes por ano em dezembro e em junho ), os povos pagãos da região dos países bálticos ( nordeste europeu ) cortavam pinheiros e os levavam para os seus lares enfeitando-os para que, depois da queda das folhas no inverno, os espíritos das árvores retornasse.


Acreditasse que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Matinho Lutero. Certa noite enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acessas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.

Segundo algumas interpretações, a árvore de natal como conhecemos surgiu quando o monge beneditino tentou acabar com as crenças pagãs, associando o pinheiro ao nascimento de cristo na Europa. O formato triangular da árvore é associada à Santíssima Trindade, enquanto que suas folhas resistentes representam a força de Jesus.

Há outras versões, porém, a moderna árvore de natal teria realmente surgido na Alemanha  entre os séculos XVI e XVIII. Não se sabe exatamente em qual cidade ela tenha surgido . Durante o século XIX  a prática foi levada para outros países europeus  e para os Estados Unidos. Apenas no século XX esta tradição chegou a América Latina.

O marido da rinha Vitória trouxe o costume para a Inglaterra.

A árvore mais famosa ´de natal é de Nova York.

As árvores de natal encantam, crianças e adultos de todo o mundo, e quando chega a noite um deslumbre com suas cores, seus enfeites.

Atualmente esta tradição é comum entre a católicos, protestantes e ortodoxos.

O dia de montar as decorações natalinas varia em cada país. No Brasil o dia certo para montar a árvore de natal é no domingo mais próximo do dia 30 de novembro, dia em que marca o início do Advento. No dia 6 de janeiro, comemora-se o Dia de Reis data que assinala a chegada dos Três Reis Magos à Belém, encerrando a magia do natal , quando a árvore de natal e demais decorações natalinas são desfeitas.