segunda-feira, 16 de abril de 2012

BANDEIRANTES, TROPEIROS, CAIXEIRO VIAJANTE




NO SERTÃO, PARA CURAR A POBREZA

 
Será que todos os habitantes da colônia estavam igualmente desinteressados em mandar expedições ao sertão?
Claro que não, os habitantes da Capitania de São Vivente responderiam não a esta pergunta, porque ali havia pouca existência de pau-brasil, pequeno progresso das pantações de cana-de-açúcar, isso provou pouco a pouco a mudança de colonos da região para o planalto. Os moradores da vila de São paulo de Piratininga levavam uma vida muito diferente dos habitantes do litoral nordestino. Em pequenas roças produziam o milho e a farinha de pau ( farinha de mandioca ). Da floresta tiravam a carne, o peixe, as frutas e as raízes.
Não lhes restava senão buscar no sertão os remédios   para a sua pobreza. No sertão existiriam riquezas imensas ou pelo menos índios que poderiam ser escravizados ao invés de negros africanos que não tinham condições de comprar.
As bandeira eram expedições  de homens  brancos indios e mamelucos, que habitavam a Capitania de São Vicente. O termo bandeira vem da expressão  militar bando ( grupo de homens armados ) muito comum em Portugal, durante a Idade Média.
As abndeiras, assim como as entradas, foram expedições que, partindo de pontos próximos ao litoral, desbravavam o sertão do século XVI


TROPEIROS
Encarregados de transportar mercadorias na época do Brasil Colônia, os tropeiros eram gauchos que viviam na zona rural e lidavam com o rebanho de gado.
Usavam chepéus, ponchos que cobria quase todo o corpo, aproximando-se de uma capa. Quase não havia necessidade de proteção contra a chuva e o frio, tinha suas laterais dobradas sobre os ombros, o que tornava imponente o porte dos tropeiros.
Esses tropeiros desbravam matase florestas, criavam novos caminhos, percorriam estradas estreitas cheias de obst[áculos, ultrapasavam grandes rios com fortes correnteza, enfrentavam barrancos com pedras escorregadias.
Nesta longas caminhas de um lugar para outro paravama para descansar e então pousavam.
Pousos:
eram locais onde os tropeiros descansavam, eram construções simples , o telhado era de palha, era sustentado por pedações de madeira enterrada no chão e também havia um pasto para as mulas. 
Eram homens que levavam alimentos e podutos para as regiões das minas e também na época do café para São Paulo
Eles vendiam tudo, como carregavam os alimentos e demais produtos.
Os tropeiros levavam rebanhos de mulas que carregavam sua mercadoria.
As mulas eram os únicas animais capazes de cruzar aqueles difíceis caminhos carregando tanto peso.
Os tropeiros compravam e vendiam:
utensílios, alimentos, calçados, produtos de luxo, vestimentas, objetos para animais, selas berrantes, estribos e também suas mulas e bois, cavalos.
Também comercializavam feijão, carne, sal, açúcar, farinha de milho, farinha de mandioca, ceriais.

Período aurífero:
Os mineiros compravam as mulas para carregar o ouro e as pedras mpreciosas até os centros comerciais perto do litoral.
Os bois serviam para a limentação dos mineiros
No Brasil colônia não existia correio nem jornal, portanto os mineiros isolados na região central sabiam das coisas que estavam acontecendo no Rio de Janeiro e outras cidades, através dos tropeiros, que levavam as notícias, cartas, recados.
Os tropeiros se encontravam nas feiras para comprar e vender produtos. Nas feiras também se divertiam, havia música, circo, teatro música e dança
A feira de Sorocaba era o ponto entre três regiões importantes: Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

 Período Cafeeiro
No período cafeeiro, os tropeiros tiveram um papel imprescindível, pois devido os acidentes geográficos do Vale do Paraíba, o transporte do ouro negro, era feito no lombo dos animais.
O tropeiro nesta época tinha que ser um homem de confiança, porque leva o café e traz o dinheiro.
Por onde passavam traziam sua cultura, sua música, dança e crença, além dos verdadeiros contadores de " causos ".
Os tropeiros levavam mensagens, aceitavam encomendas, era o único vínculo entre os povoados e as regiões de ouro e de café.
A necessidade de paradas às vezes para esperar que as chuvas parassem, exigia pernoite e alimentação, assim como pastos para os animais. Isso fez com que os tropeiros se instalassem em fazendas ao longo das trilhas, nascendo assim pequenos povoados .
Porem com a chegada da ferrovia e das rodovias, acabaram com o tropeirismo no Vale do Paraíba.

Nada restou das roupas dos paulistas do período colonial, a não ser descrições em inventários e testamentos:

CHAPÉUS DE ABAS LARGAS, CAMISA DE ALGODÃO, CALÇAS, BOTAS DE CANO LONGO  BOLSAS A TIRACOLO , FACAS, SELAS E APETRECHOS DE MONTARIA.
iSSO TUDO ERAM ROUPAS RESTRITAS AS ELITES PAULISTAS, CERTAMENTE ADEQUADAS AS CERIMÔNIAS URBANAS.

SAPATOS: os calçados escasseavam entre os paulistas, alguns depoimentos da época indicam que os paulistas constumeiramente andavam descalços. As botas que vemos presentes nas representações artísticas de bandeirantes seriam não apenas raras como também inconvenientes e até mesmo desnecessário. Os pés descalsos eram apropriados.Por um bom tempo, caminharam descalços. Além disso, até por volta de 1625 o cavalo não era utilizado como transporte nas áres de influência paulistas

Como se vestiam os bandeirantes:
Usavam barba
O bandeirante levava no corpo:
1-chapéu pardo roçado, ou carapuça, ou lenço e pano na cabeça
2-no corpo camisa e ceroulas feitas geralmente de algodão cru. 
3-Sobre a camisa vestiam o gibão, um casaco de lgodão curto e grosso
4-A tiracolo carregavam uma sacola de couro contendo uma cuia que servia como prato, e um chifre de boi, usado para beber água 

Os roceiros vestiam pano de algodão mais grosso, sendo o algodão colhido e fiado em casa e o pano tecido no tear de algum tecelão da vizinhança. O vestuário dos homens compunha unicamente de calças e camisa, mas a calça já era um progresso ainda não adotado por todos. Não poucos ainda vestiam a ceroula ampla e curta, que deixava as pernas nuas do joelho para baixo. Desse mesmo tecido de algodão vestiam as mulheres roceiras pobres saiais.

Alem de ter de enfrentar chuvas prolongadas, lamaçais e animais perigosos, os bandeirantes viam suas viagens emeaçadas por váriasdoenças
.Era comum contrairem gripes, reumatismos e bronquintes por terem ficado váras horas com roupas encharcadas no corpo; també4m tinham anemia, em decorr~encia da alimentação fraca, e infeções resultantes de picadas de insentos.
Os remédios para essas e outras enfermidades eram retirados da própria natureza. Para o reumatismo usavam banha de animal, geralmente capivara; para a bronquite, fubá, que era cozido em um pano e posto sobre o peito;para a anemia, limões, laranjas e agrião; para infecções, folha de fumo cozido e misturado com aguardente.
Nas viagens levavam também, muitas ve4zes, sal e pinga para aplicar em mordidas de cobra e um instrumento cirúgico chamado lanceta para realizar sangrias.

Apesar de tudo também tinham medo
O medo estava sempre presente na vida do bandeirante. Veja o que disse, numa carta de 1785, o integrante de uma expedição mfluvial queseguiu de São Paulo para o Mato Grosso:
' O acordar bem escuro para embarcar já não me abalo, nem o dormir dentro do mato; só quando chovia, trovejava e havia grandes tempestades à noite é que me afligia bastante, suposto que estava enxuto. Tinha muito medo de onças e de qualquer cobra que subisse à minha cama, e por issso sempre se armava entremeio das outras, o chão bem varrido no modo possível , e com uma espingarda e uma pistola à cabeceira. Tive várias vezes algumas ameças de moléstia, que não porfiava adiante; e era disso que tinha mais medo "
SOUZA, Laura de Mello: História da vida privada no Brasil

Importante ressaltar que a maior parte dos integrantes das campanhas do sertão, não tinham e nem utilizavam, esse excesso de vestes, tudo era diferente da aparência grbosa dos bandeirantes, pintados e esculpidos durante o século XX.
Moravam em vilas e se vestiam com simplicidade
De que maneira:
Geralmente com tecidos grosseiros de algodão ou de lã para o uso cotidiano usavam calções e ceroulas,se tinham peças mais finas estas eram usas apenas nas cerimônias

CAIXEIROS VIAJANTES

No século XIX, levavam novidades européias, sedas francesas, cambraias de linho ou algodão e incontáveis casimiras de lã inglesas, seguiam em direção as ricas fazendas de açucar ou café.
Vendiam rendas bordas de Frandres ou Irlanda, chepéus de feltro ou seda, fitas e pentes para cabelo, cintos crinolinas ( armações circulares de metal colocadas no foroo das saidas e vestidos para aumentar o volume das saias rodadas.
Os imprescindíveis sapatos, botas e botinas, símbolos da condição livre ou senhorial no Brasil escravista.