sábado, 31 de maio de 2014

A INFÂNCIA APOS A IDADE MEDIA




No período medieval percebe-se uma falta de sentimento para com a infância percebendo que a criança esta inserida no contexto da vida adulta.
Vamos ver como viviam sua vida, mesmo sabendo  que a noção de intimidade não tinha lugar naquela época.
Sabemos que a infância é colocada como a primeira idade, que começa quando a pessoa nasce e dura até os sete anos e nessa idade a pessoa não pode falar bem nem formar perfeitamente suas palavras.
Na Idade média, podemos observar na arte medieval até os séculos XII era desconhecida a infância. É provável que não houvesse lugar para infância nesse mundo. Até o final do século XIII, não parecem existir crianças caracterizadas por uma expressão particular, esse anonimato das crianças nas obras de arte, na raridade da alusão às crianças ou às suas mortes nos diários de família, na ausência de registros sobre sua idade
As idades da vida não era dado um significado especial durante a Idade Média, as pessoas  não sabiam sua data de nascimento e as fases que atualmente separam nossa vida em infância.
É provável que a importância pessoal da noção de idade tenha se afirmado à medida que os reformadores religiosos e civis a impuseram nos documentos , começando pelas camadas mais instruídas da sociedade, por volta do século XV. A partir de então. móveis, retratos, diários de família apresentavam datas importantes, inscrevendo a família em uma história a partir de sua cronologia.
Na Idade Média, a infância terminava para a criança ao ser esta desmamada, o que acontecia por volta do seis a sete anos de idade. A partir dessa idade, ela passava a conviver definitivamente com os adultos. Acompanhava sempre o adulto do mesmo gênero e fazia o mesmo que eles:  trabalhava, frequentava ambientes noturnos, bares etc.
Ainda não havia conceito de escolas. O que existia eram salas de estudo livres, frequentadas por qualquer pessoas que necessitasse aprender a ler e escrever: crianças adolescentes e adultos. Lembrando que a infância era curta, a adolescência não existia. Alem disso, não existia um trabalho pedagógico  diferenciado de acordo com cada faixa etária; as classes podiam conter até 200 alunos. Estudavam pessoas de qualquer classe social; nessa época não se fazia distinção entre eles. O convívio entre as classes sociais era normal em qualquer lugar da sociedade
As meninas não iam para essas salas; elas eram educadas nas casas que moravam e recebiam a educação que seus pais ou responsáveis lhe proporcionavam. Era costume mandar seus filhos para casa de amigos mesmos nobres, ou de um mestre em algum ofício, para aprenderem a ser adultos. Acreditavam que seus filhos precisavam aprender na prática suas funções; todos enviavam seus filhos para outra família cuidar. Alguns afazeres eram sempre feitos por aprendizes, crianças; nem mesmo os empregados da casa os desempenhavam, como por exemplo, servir a mesa. Até os 18 anos, eles moravam em outras casas. As meninas também eram trocadas entre as famílias apara aprenderem a serem donas de casa até que casassem por volta dos 13 a 14 anos.
No final do século XV e começo do XVI, começa-se a cobrar da sociedade o cuidado com a criança e a necessidade de se desenvolver afetividade fraterna  pelos filhos. Lentamente, esse processo passa a mudar e as crianças adquirem o direito de estar mais próximas de seus pais. Começam a aparecer mais escolas populares, onde todos do gênero masculino podem frequentar, independente da classe social. Muitos meninos frequentam essas escolas, onde já se faz um trabalho pedagógico diferenciado, nas quais havia classes separadas por idades.
No século XVII culmina o processo de algumas mudanças consideráveis no que se refere às crianças, `s famílias e aos costumes.
Até o século XVIII, a adolescência foi confundida coma infância. As duas palavras eram ambíguas. Durante o século XVIII houve uma evolução, surgiu um novo hábito entre a burguesia: a ideia de infância estava ligada a ideia de dependência.
No começo eram internatos, ou os alunos moravam em pensionatos e frequentavam as escolas. Mas as famílias setem necessidade de estar mais próximas de seus filhos e começam a existir os externato
No entanto essas escolas eram rígidas e não havia preocupação com a formação integral das crianças; o foco estava na educação para a moral e bons costumes, para que possam ser bons trabalhadores.
É a partir do princípio do século XX que a escola começa a mudar sua postura perante a educação das crianças percebendo a sua importância para o seu desenvolvimento como ser humano.