terça-feira, 28 de junho de 2011

CIVILIZAÇÃO ROMANA





Experiência vivida em 2010 com os alunos das 5 séries da escola EMF "Monteiro Lobato"


Matéria: Civilização Romana
Criação e realização prof. Liborio




Professor: unidade 7
alunos: Civilização Romana    -  repetir 3 vezes



Professor: onde fica
alunos: Na península Itálica    -  repetir 2 vezes
            Na Europa - 1 vez



Professor: divisão geográfica
alunos: continental
                                        peninsular    -  repetir 3 ve\zes
      insular



Professor: Península
alunos; Faixa de terra que avança para o mar cercado de águas pelos três lados e o 4 lado ligado ao continente  - repetir 3 vezes



Professor: Religião
alunos; politeístas, crença em vários deuses com sacrifícios de animais - repetir 3 vezes



Professor: fundação de Roma
alunos: histórica
                                    lendária - repetir 3 vezes



Professor: histórica
alunos; latinos  - repetir 3 vezes



Professor: lendária
alunos: Romulo e Remo



Professor: formas de governo
alunos: realeza
                                         república   repetir 3 vez\es
            império



Professor: quem manda
alunos; o senado repetir 3 vezes



Professor: quem governa
alunos: 2 consules em época de paz      repetir 3 vezes
            1 ditador em época de guerra



Professor: Res pública
alunos; coisa pública - repetir 3 vezes




Professor; classe sociais
alunos: patrícios
                                      plebeus     repetir 3 vez\es
          clientes
            escravos



Professor: plebeus exigem
alunos: direito políticos
                                        direitos religiosos   repetir 3 vez\es
          direitos sociais



Professor: conquista dos plebeus
alunos: eleição no senado
                                                             casamento entre patrícios e plebeus repetir 3 vezes
            igualdade política
             igualdade religiosa

sábado, 11 de junho de 2011

LOCAL DE ORAÇÃO: A MESQUITA

LOCAL DE ORAÇÃO: A MESQUITA

A palavra Islã designa-se uma cultura, um modo de vida, uma religião. A civilização muçulmana é o resultado da fusão, feita pelos árabes, da herança a Antiguidade Clássica com o legado de outras civilizações - indiana , persa, chinesa - com as quais eles tomaram contato através de suas conquistas, modelando-as a partir de seus valores. Esse processo de amálgama cultural continuou durante séculos já não só pelos árabes, mas também pelos povos ´por eles conquistados e islamizados.
No decorrer dessa longa história, iniciada no século VII, tendência artística muito diversa apareceram na enorme extensão do mundo muçulmano, não permitindo apresentar as formas artísticas do Islã como uma unidade homogênea. Porém os princípios estabelecidos no Corão podem ser considerados pautas e fontes de conhecimentos dessa arte, traduzida na decoração de objetos da vida cotidiana, na arquitetura e na caligrafia, esta última, uma forma de arte bastante própria desta cultura. 
Uma unimidade, porém, é a primazia da mesquita no contexto urbano das cidades aonde o islamismo chegou.
A mesquita é o edifício mais importante do islamismo. É possível identificar nela traços de diversos povos conquistados, adaptados à maneira de pensar da religião muçulmana.Em geral, as mesquitas têm forma de cubo e o teto é circular, formando uma cúpula. Mas essa não é uma regra, já que a arquitetura desses edifícios também se adaptou aos diferentes lugares e culturas alcançados pelo islamismo. e o mihrab ( nicho que orienta o sentido das preces, sempre em direção a Meca), a mesquita também se destaca por sua profusão ornamental. Sua decoração de mosaicos e arabescos, prioriza o uso de formas geométricas e vegetais.
Identificada exteriormente pelo minarete ( torre ) e a cúpula, e no seu interior pelo pátio, o minbar ( púlpito )

Mesquita de Djenné, no Mali, construída em 1906.

Mesquita de Omar ( ou Domo da Rocha ) foi construída entre 668 e 691 na cidade de Jerusalém, em Israel

Mesquita Azul, construída em 1606, na cidade de Istambul, na Turquia.
.
Além de local de oração, a mesquita também era utilizada para abrigar peregrinos, refugiar pessoas perseguidas, exercer a administração da justiça e como escola. Especialmente nas aldeias, a mesquita servia como hospital, hospício e cozinha pública. Com o tempo parte  dessas funções foi transferida para edifícios públicos.

O exterior da mesquita

O minarete deriva de minar, que significa farol, e é parte importante da mesquita.
É do alto do minarete que os fiéis são chamados cinco vezes ao dia para as  orações.
As primeiras mesquitas possuíam apenas um minarete. Mais tarde esse número subiu para dois e chegou a quatro. Embora raras, há mesquitas com seis minaretes.
Outro elemento situado no exterior da mesquita é o sahn pátio aberto localizado antes do salão de orações. Nele situa-se uma fonte de água corrente na qual os fiéis lavam o rosto, os pés, as mãos e os antebraços, para depois orar. (antebraço- parte  do membro superior do ser humano situada entre o cotovelo e o punho)

  Mesquita azul

"As mesquitas são verdadeiramente as casas de Deus na terra para congregar os homens a fim de cumprirem os preceitos divino da oração.(.....)
A congregação islâmica nas mesquitas é uma resposta positiva aos problemas mais urgentes da humanidade, causados pela discriminação racial, os conflitos sociais e os preconceitos humanos. (...)
No ofício islâmico, em congregação, não há reis e súditos, nem pobres e ricos, nem brancos e negros; não há primeira ou segunda classe, nem bancos dianteiros ou traseiros, nem assentos reservados ou públicos. (...)
Todos os crentes ficam de pé e agem lado a lado, da maneira mais disciplinada e exemplar, longe de qualquer consideração mundana."
(Fundação espiritual das mesquitas. Disponível em http://www.alcorão.com.br/)

O interior da mesquita

Alguns elementos, como o mihrab e o minbar são encontrados em todas as mesquitas.

O mihrah é um pequeno nicho na parede que indica a direção da cidade de Meca, para onde o fiel deve virar-se durante a oração. Essa parede é a mais decorada da mesquita.

Mihrah da mesquita de Córdoba, na Espanha, datada do século X

O minhar , localizado à direita do mihrah, é um púlpito, no qual são pronunciados os sermões. O material utilizado costuma ser mármore, madeira ou alvenaria.
Possui alguns degraus e uma estrutura lateral ricamente decorada.

Minbar

Mesquita de Suleymaniye

A arte na mesquita

A arte islâmica é muito variada e altamente desenvolvida. Ela tem um papel muito importante na decoração do edifício, nos textos sagrados e nos objetos utilizados na mesquita.

O uso dos arcos

Na arte islâmica desenvolveram inúmeros tipos de arcos, que tanto podiam apoiar-se em colunas como em paredes.
Um bom exemplo da arquitetura de arcos muçulmana é a mesquita de Córdoba, na Espanha. Construída em 780, ela passou por algumas reformas para ampliação. Atualmente a mesquita tem quase quinhentos arcos e colunas  que se sobrepõem, em um espaço de 23.400 metros quadros.
Arcos e colunas no interior da mesquita de Córdoba, na Espanha.

A caligrafia

A evolução da caligrafia é um dos fenômenos mais fascinantes da história do Islã. Árabes e muçulmanos em geral contribuíram para seu desenvolvimento na criação de letras e estilos. Manuscristo corânico em pele de gazela sem a notação de pontos, tábuas de escrever e quadros contemporâneos, revelam a vitalidade dessa expressão artística e confirmam o dito muçulmano que anuncia "Deus é belo e aprecia a beleza".
O vínculo com mo divino já se prediz na raiz da palavra Islã (s-l-m), que originou muçulmano (muslim, " aquele que se submete a Deus") e paz (salám).
A caligrafia árabe teve inicialmente valor religioso - segundo a tradição, o anjo Gabriel falou com Maomé em árabe. Depois, ela adquiriu grande valor artístico, pois além de ser bela pode tomar a forma de diferentes desenhos, como flores, animais e objetos.
Na mesquita, a caligrafia é vista em diversos lugares principalmente no mihrab

caligrafia


A arte da caligrafia árabe


Exemplo de caligrafia árabe

 A arte da caligrafia
Inscrição árabe que significa
"SÓ ALÁ É DEUS "

As artes decorativas

A cerâmica foi uma entre as várias artes decorativas desenvolvidas pelos muçulmanos.
Ela se apresenta em mosaicos, formados por pastilhas ou por ladrilhos, presentes nas paredes internas e externas da mesquita.
O minucioso trabalho de entalhe ( escultura ) em bronze e madeira pode ser vista em janelas, portas e colunas da mesquita.


Parede da mesquita de Esfahan, no Irã, construída no século XVI. A decoração é feita de ladrilhos que formam mosaicos.

Os tapetes

A arte de confeccionar tapetes foi desenvolvida por povos nômades. Esses tapetes eram feitos à mão e ficaram conhecidos como " tapetes orientais".
Como esses povos viviam em tendas, usavam tapetes como cortinas, para forrar o chão e para dividir os ambientes. Hoje, tapetes desse tipo são usados para forrar o chão do salão de orações, nas mesquitas, pois no interior delas não há móveis ou bancos.
tapetes orientais

Do Atlântico ao Índico , a presença muçulmana congrega saberes e cultura que revelam expressões artísticas diversas.
Amálgama de tradições mediadas por preceitos advindos da revelação corânica, a arte islâmica não se restringe a objetos diretamente vinculados a questões religiosas; transita entre o espaço do cotidiano e do sagrado.
No Islã, Deus é único, mas sua criação é múltipla. Tal multiplicidade, ordenada conforme  leis que desvendam o Criador, reflete-se nos arabescos nas composições geométricas e em sua miríade de formas.Trata-se da multiplicidade com base na unidade..
Múltiplas ainda são as identidades muçulmanas e as linguagens desenvolvidas, desde o século VII, marcadas pela representação abstrata e estilização. Cerâmica, ourivesaria, arquitetura e caligrafia - arte islâmica por excelência - expressão uma percepção que mescla a unidade de Deus e a inexistência de intermediários na relação com o divino.
 


domingo, 5 de junho de 2011

QUEM SOU?

QUEM SOU?


Sabes quem sou
Sou o vento que corre floresta adentro
Sou o mar que suga o sangue
Sou a terra que cobre o corpo

Dizem que sou a morte
Dizem que sou a sorte
Dizem que sou consorte

Sou o pó que esfrega no corpo
Sou o ar poluído que respiras
Sou desventura que perdura

Sabes quem eu sou?
Não sou

sábado, 4 de junho de 2011

CHINA

CHINA

Por volta do século VII, as diferenças entre a China e a Europa eram maiores do que as semelhanças; enquanto na Europa o poder se dividia entre vários senhores feudais, na China, o poder se concentrava nas mãos dos imperadores. Enquanto as cidades européias declinavam, as chinesas floresciam, abrindo inclusive ao contato com o Ocidente.
Entre os século VII e XV, a China foi governada por quatro dinastias.

China Medieval: Cronologia:

618                                  906                                      960                        1279                      1368
Dinastia Tang              Era das cinco dinastias            Dinastia Song             Dinastia dos mongóis  
Atualmente, há na China mais de 1 bilhão e 200 milhões de habitantes. É a maior população nacional do planeta.

Um intelectual na corte chinesa

Pode-se dizer que durante a dinastia SONG houve um renascimento artístico na China. Contribuíram para isso parte dos servidores públicos cuja formação abrangia o estudo de obras literárias e filosóficas , e o desenvolvimento de habilidade no campo da prosa e da poesia.
Um dos funcionários mais destacados foi SU SHI, nascido na província de SICHUAN em 1036, e que adotou o nome artístico de SU SON-PO.
Entre outras coisas, SU SHI destacou-se como grande escritor, que modificou o estilo de escrever prova e poesia até aquela época.
Por ter ocupado vários cargos no império, até mesmo no exterior, SU SHI teve contanto com diferentes tipos de culinária sobre os quais escreveu um livro. As excelentes habilidades de SU SHI como calígrafo e paisagista renderam inúmeros poemas nos quais ele descrevia as cenas retratadas

Detalhe de uma obra do pintor CUI BO, que viveu no período da dinastia Song

Construções da Dinastia Song

mulheres da dinastia song


poema ci torna-se muito popular dinastia Song


a pintura reproduz a aparência das porcelanas da dinastia Song

A Idade Média chinesa pode ser situada entre 618 e 1644 período em que reinaram as dinastias de Tang, fundada por Li-Che-Min.

ENSINO NA CHINA

Durante a dinastia Song foram criadas escolas públicas frequentadas tanto pelos filhos de famílias ricas como pelos camponeses. As escolas preparavam os aluno para os concursos de acesso aos cargos no governo.
O alto índice de alfabetizados entre a população e a elite gerou um grande número de leitores, que procuravam por obras variadas. Em virtude dessa procura, era grande a produção de livros em toda a China.
No século XXI, 1.000 anos após o início da dinastia Song, a economia chinesa tem sido uma das mais promissoras do planeta, com taxas de crescimento em torno de 10%.
O crescimento econônimco da China tem se manifestado na área educacional. No ano 2004, a percentagem de chineses que recebiam a educação obrigatória de nove anos chegou a 94%.
Nos últimos 15 anos, 94 milhões de chineses saíram do analfabetismo

Um fenômeno chamado China

Durante décadas, China e Ocidente ficaram afastadas. Eram os anos da Guerra Fria, com seu confronto entre capitalismo e socialismo. No início da década de 1970, porém  China e Estados Unidos começaram a se aproximar, interessava ao governo dos dois países deixar a ideologia um pouco de lado e falar de negócios.
Para os Estados Unidos, eram uma forma de dividir o bloco socialista e aumentar sua presença na Ásia, em plena Guerra do Vietinã. Para a China, era uma maneira de escapar do isolamento político e comercial em que vivia e crescer economicamente.
A China ganhou mercados pelos mundo afora, adotando um modelo de produção industrial em enorme escala e de custo muito baixo. A abertura econômica. porém não veio acompanhada de abertura política. O regime de partido único se manteve, mesmo com protestos da população.
Em maio de 1989 ocorreu o episódio mais sangrento,. Milhares de estudantes protestaram na Praça da Paz Celestial, em Pequim, pedindo mais liberdade. O exercito chinês reprimiu a manifestação dos estudantes e cerca de mil pessoas foram mortas.
Outro exemplo da ação ditatorial do governo chinês é a questão do Tibet: a luta dos tibetanos pela independência é violentamente abafada.
Até a Internet, espaço livre de manifestação e pesquisa é controlada pelo governo chinês, que limita o acesso à rede e impede que determinadas páginas sejam vistas pela população.
Quase duas décadas, depois da Guerra Fria, a China mostra que é possível conciliar o regime político ditatorial, com características socialistas, com economia de mercado e crescimento econônimco impressionante. 

China: uma muralha

A muralha da China
A muralha da China, atravessa as montanhas chinesas e se estende do Deserto de Góbi, no noroeste do país, até as elevações próximas do Mar Amarelo, no nordeste.
A Grande Muralha manteve-se em pé durante séculos de incursões estrangeiras no território chinês. Hoje, no entanto, ela esta ameaçada pelo,descaso das autoridades e pelas obras da civilização moderna.
A Grande Muralha da China, na área de Pa-ta-Ling, em Shanxi

Uma muralha para proteger o império

A muralha começou a ser construída por volta de 220. a.C., a mando do rei CH"IN, o primeiro imperador. A obra aproveitou uma série de fortificações construídas pelos governos anteriores. A função da muralha era proteger a China das invasões dos povos do norte.
Os imperadores da dinastia CH'IN não deixaram relatos sobre as técnicas e o número de trabalhadores mobilizados na construção. No entanto  pelo estudo das características da obra, sabe-se que os muros eram levantados com grande blocos de pedra, fixados um no outro com uma massa feita de barro. Acreditava-se  também que milhares de operários trabalharam na construção.

Após a morte do imperador CH'IN, as obras foram paralisadas. Elas foram retomadas ao longo dos séculos e finalizadas na dinastia MING, no século XV da era cristã. No período MING a China viveu um grande desenvolvimento cultural e econômico, com destaque para o incremento da exportação de porcelanas e seda para o Ocidente. Perto de Pequim, capital da China, os imperadores MING mandaram construir um cemitério real, onde eles foram enterrados. Na estrada que levava a esse cemitério, colocaram grandes estátuas de guerreiros e animais, feitas para lembrar o poder do império e a bravura de seus soldados.
A riqueza da China motivou a retomada da construção. Os muros reforçados e ampliados, introduziu-se pela primeira vez o uso de tijolo, produzidos nas olarias chinesas. Ao final da dinastia MING, a muralha estava com as caractéristicas atuais: uma rede de fortificações com cerca de 7.000 quilômetros de extensão e uma altura média de 7,5 metros.
A grandiosidade da obra, porém, não impediu as invasões de mongóis, xiambeis e outros povos que ameaçaram o Império Chinês ao longo da história.
Soldados de terracota no  mausoléu do rei CH'IN CHE HUANG TI, na cidade de Xian, China

Símbolo da cultura chinesa 

"Embora na ideia popular a Grande Muralha seja uma estrutura só, ela consiste na verdade em numerosos muros construídos por dinastias diferentes ao longo de mais de dois mil anos. No passado, essas estruturas reforçavam a defesa, mas hoje a Grande Muralha é acima de tudo um símbolo da China e uma atração turística."
HESSLER, Peter. No rasto do muro
Dois terços da construção já viraram ruína. Uma parte considerável foi tragada pela areia do Deserto de Góbi. Outra foi depredada por camponeses, que usam as pedras cortadas há 1.000 anos como material de construção. A situação é igualmente preocupante nos trechos mais conservados, situados em cidades próximas a Pequim. Eles foram transformados em atração turística e são administrados como se fossem um parque de diversões. Em Badaling, a Muralha divide a paisagem com um shopping de bugiganga e uma antena de recepção de celulares. Em Mutianyu,é possível subir ao ponto mais alto da construção a bordo de um teleférico e descer num tobogã. Em Huanghuacheng, uma torre de 500 anos abriga uma lanchonete, Pichações e lixo estão em toda a parte.

Torres, fortes e muros

Além dos muros de defesa, a Grande Muralha da China compreende elementos como torres e fortes. A Grande Muralha era usada também como via de transporte entre os chineses.
As torres de vigilância foram erguidas para os soldados chineses observarem os inimigos que se aproximavam. As sentinelas posicionadas em uma torre usavam bandeiras , sinais de fumaça e fogos para avisar os demais soldados. As torres atingiam até 12 metros de altura. Na sua base, havia aposentos para os soldados, estábulos e depósitos de provisões.

As fortalezas eram erguidas em posições estratégicas, como as passagens entre montanhas. Elas dispunham de escadas, para o acesso das tropas, e de rampas, para a cavalaria. As fortalezas funcionavam como uma espécie de base , que coordenava a ação dos exércitos chineses. Cada fortaleza dispunha de uma torre que atingia até 10 metros de altura e 5 metros de largura no topo. Nela havia, em geral, grandes portões de madeira que se abriam para os soldados reagirem ao ataque inimigo.
Os muros chegavam a quase 8 metros de altura, com uma largura de quase 7 metros na base e de 6 metros no topo. Eram feitos de tijolos,pedras, argila e outros materiais, segundo os recursos disponíveis em cada região.

O país da seda

Tecido leve e macio, a seda chinesa era e continua uma mercadoria muito apreciada. Produzida pelos chineses há mais de 2 mil anos e consumida pelos europeus desde a época do Império Romano, a seda era uma fonte de lucro permanente para a China; por isso, no passado , o governo imperial chinês ameaçava de morte por tortura aquele que revelasse a um estrangeiro o segredo de como se fazia a seda na China.
Somente no século VI d.C os espiões europeus conseguiram descobrir que a seda era feita com o fio delicado que os chineses puxavam dos casulos dos bichos-da-seda.

1-O primeiro passo era plantar amoreiras, serviços feito pelos homens; já a tarefa de colher as folhas das amoreiras era feita pelas mulheres

2-Posteriormente, as folhas das amoreiras eram usadas para alimentar os bichos-da-seda criados em prateleiras cobertas e especialmente produzidas para esse fim

3-Os vários fios dos bichos-da-seda eram mergulhados em água quente, separados com varetas de madeira e enrolados em bobinas.

4-O fio  enrolado no fuso era tecido por meio de uma roda de fiar. Os teares da China, naquele tempo, eram mais aperfeiçoados do que os existentes em outros lugares da Europa

5-Os fios então tingidos e, depois, tecidos num tear manual; produzia-se tanto o tecido em cores lisas como o estampado. O trabalho exigia atenção e bom gosto, e era feito por mulheres que aprendiam a fazê-lo em casa, com suas mães, desde meninas.

6-Depois, o tecido era batido com pás de madeira para ficar macio. Em seguida era passado com ferro quente. Vendia-se a seda em peças inteiras ou na quantidade solicitada pelo freguês.

Impressão de livros na China


No século XI, enquanto os europeus copiavam livros à mão, num trabalho cansativo e que, por vezes, demorava anos, os chineses já imprimiam livros por meio de duas técnicas de impressão criadas por êles; a xilogravura e a tipografia.
No caso da xilogravura, o trabalhador esculpia num único bloco de madeira todos os ideogramas da página a ser impressa, (ideograma: desenho que representa uma ideia) . Depois aplicava tinta ao bloco e colocava a página sobre ele, pressionando-a com uma almofada. A seguir, a página impressa era posta para secar. A xilogravura foi usada pela primeira vez na China em 868.
Ideograma
No caso da tipografia inventada em 1041 pelo chinês PI-SHENG, o trabalhador fabricava blocos individuais de cerâmica, um para cada ideograma.
Os blocos eram acomodados numa caixa de modo a formar frases com sentidos. As frases eram dispostas verticalmente. A seguir aplicava-se tinta e imprimia-se a página. Se o objetivo fosse produzir cinquenta livros, cada página era impressa cinquenta vezes.
Os blocos individuais de cerâmica inventados por PI-SHENG no século XI podem ser considerados antepassados dos tipos móveis construídos com o mesmo fim por J. Gutenberg, no século XV.
Para os chineses, a tipografia era bastante trabalhosa, pois, enquanto nosso alfabeto tem 26 caracteres, a escrita chinesa possui cerca de 3.500. Isso explica por que na China daquela época a xilogravura continuou a técnica de impressão predominantes.
A xilogravura penetrou na Europa só no final do século XIV ( 1380 ), e a tipografia por volta de 1456.

Marco Polo na China

Quando o Livro das maravilhas foi publicado pela primeira vez, por volta de 1300, os europeus descobriram um novo mundo. Um dos trechos mais interessantes é o que Marco Polo descreve o uso do papel-moeda na China, hábito estranho aos europeus da época.

"(...) li faz o Grã-Cã ( imperador chinês da dinastia iniciada por Gêngis Khan ) cunhar moedas da seguinte forma: pegam na casca das árvores, geralmente das amoreiras dessas de que o bicho-da-seda devora as folhas, e com a pele que há entre a casca e o tronco fazem uma pasta, como a do papiro, de cor muito escura, quase preta.
Estes papéis ou tiras são cortados de vários tamanhos quase sempre compridos e estreitos; aos mais pequenos dá-se o valor de metade de um soldo; outros, maiores, valem um soldo, (...) Todos este papéis (...) têm o selo do Grã-Cã.
Manda fabricar tantos, que pode comprar facilmente todos os tesouros da Terra. Reparte-se por todas as províncias e reinos, e paga com eles as suas contas. Ninguém pode rejeitar esta moeda, sob pena de ser condenado à morte. (...)
Os comerciantes aceitam-na, com grande prazer, pois poderão, por sua vez, comprar aquilo que muito bem quiserem. O Grã-Cã paga com esse papel, mercadorias que valem uns 400.000 bizâncios ( moeda do Império Bizantino ).
E, uma vez por ano, publica-se um aviso, dizendo que todos os que possuem ouro, pedras finas e pratas os levem à Zeca ( Casa da Moeda ), para ali serem trocados por esse papel-moeda. Desta forma, o grande senhor acumula enormes tesouros em prata, ouro e pedras finas.
Quando estes papéis se rompem ou sujam ou ficam deteriorados, (...) são trocados por outros, com pequena desvalorização. (...)
Polo, Marco, Livro das maravilhas: a descrição do mundo.

Moradia no período Tang

As características das moradias dos chineses do período Tang estavam diretamente relacionadas à posição social de seus ocupantes. Os altos funcionários do Estado e outras pessoas ricas procuravam imitar o estilo de vida do imperador, isso incluía possuir residências diferentes para os períodos de verão e de inverno, todas decoradas com objetos luxuosos, perfumados com incensos e cerdas por jardins.
Em sua maioria, as casas ricas eram constituídas de dois pavimentos e estavam localizadas em bairros especiais, mais arborizados do que o restante da cidade. No interior das casas, os cômodos eram pintados com cores vermelha e negra. Painéis de tecido de seda pintado cobriam algumas das paredes. Vasos de porcelana, estatuetas de terracota e muitas flores complementavam a decoração.
Nas residências dos ricos havia salas especiais para o banho e grande salões onde eram oferecidos banquetes em datas festivas. Nessas ocasiões, os donos da casa providenciavam bebidas e comidas especiais, contratavam músicos, cantores e dançarinas para alegrar os convidados.
Já os chineses pobres viviam em bairros separados dos ricos, em prédios que geralmente tinham dupla utilização. No térreo funcionavam lojas, oficinas ou restaurantes. Os pavimentos superiores eram subdivididos em pequenos cômodos que obrigavam várias pessoas, pois o aluguel cobrado era caro.
Nesse tipo de prédio não havia salas de banho, por isso, seus moradores tinham que recorrer aos banhos públicos. Muitas vezes não havia sequer local adequado para cozinhar. Para preparar seus alimentos, os moradores improvisavam pequenos fogareiros aumentando os riscos de incêndios.

Porcelanas chinesa ( época Ming, séc. XV )
Com a dinastia Tang a China teve uma brilhante história, destacando-se o aparecimento da imprensa, o progresso na indústria de porcelana e o florescimento das artes e da literatura.