sábado, 18 de agosto de 2012

UM PRINCIPE REGENTE NO BRASIL:

D. João, futuro rei de Portugal e do Brasil e Algarve

Uma família de intrigas. 
Quem são eles?

Dona Maria ( 1734-1816)

conhecida como a Louca, sucedeu seu pai, José I no trono portugues. Seus problemas mentais levaram o filho, o jovem João, a assumir a regência em 1779



A princesa espanhola Carlota  Joaquina ( 1775-1830)

tinha 10 anos de idade quando se casou com D. João, então, com 18.Tiveram incontetáveis desentedimento e intrigas politica e nove filhos: Pedro e Miguel seriam eternos inimigos.
Voluntariosa por temperamento, autoritária e conservadora, alimentando ambições políticas próprias, em particular sobre as colônias espanholas da América durante a ocupação francesa de Espanha - D. Carlota Joaquina foi a cabeça do partido "contra-revolucionário" que agiu contra o marido nos últimos anos de sua vida.
Cedo deixou de residir com D. João e não se livrara da constante reputação de adúltera, que fazia circular rumores sobre a paternidade dos últimos filhos do casal, pondo em causa a virilidade e a coragem do marido.



D.Pedro ( 1798-1834)

tinha 9 anos quando a família chegou ao Rio de Janeiro. Predileto do pai, D. João, ficou no Brasil quando a Corte retornou a Lisboa e acabou sendo o condutor da independência, em 1822 e o primeiro Imperador brasileiro



D. Miguel ( 1802-1866)

o terceiro filho de D. João e predileto de Carlota Joaquina, foi rei de Portugal pouco depois da independência do Brasil, no período da guerra civil, que opôs os que o apoiavam  aos seguidores de seu irmão mais velho D. Pedro I

D. João

Quem era êle?


Nascido em 1767, somente 21 anos depois, com a morte do primogênito D. José, ascendeu à condição de herdeiro da Coroa portuguesa.
Apreciava :
a)a caça e a equitação e,
b)amava a música, como a maioria dos Braganças.

Aos 18 anos casou-se com a princesa espanhola D. Carlota Joaquina.
Consumado o casamento na " primeira oitava da Páscoa da Ressurreição" de 1790, finalmente nasceu em 1793,
a princesa Maria Teresa, a primeira de uma série de filhos do casal, cujo nono e último veio á luz em 1806.
De um modo geral, são atribuidas a sua vida, sua vida conjugal, como um marido enganado, comilão, vacilante, quando não mesmo covarde, que encontrava mais interesse em devorar pernas de frango e em cantar cantochão, do que ocupar-se doas assuntos de Estado.

Em 1792, a doença mental da mãe exigira que D. João assumisse aos 25 anos, os despachos do governo.. Em 1799 a regência se tornou oficial.
Eram tempos turbulentos, provocado pela Revolução Francesa 14/7/1789, tensões externas somavam-se as tensões internas.
Dom João, pretendia readquirir a influência que perdera durante o reinado de D. José I (1750-1777).
Temia-se que D. João sofresse influência de algum ministro, portando, multiplicavam-se as intriga palacianas, pretendendo-se até substituir na regência D. João por sua mulher, em 1805/1806.
Datam de então os desentendimentos do casal, à medida que a princesa Carlota Joaquina, insistia em intervir na política portuguesa.
Segundo relatos da época, D. João sofria de crises de melancolia, portando, tendeu a refugiar-se no Palácio-Convento da Mafra, onde desfrutava da música religiosa que tanto apreciaava.Refugiava-se para recompor-se dos seus acessos de melancolia, entregando-se ma caça, ou participando de missas cantadas, que tanto apreciava
Porém não abandonou os negocios do governo, continuou a informar-se sobre o reino e a despachar com regularidade.
A sombra da demência da mãe perseguiu-o durante anos, fazendo correrr, a cada crise depressiva, que também ele enlouquecia. E essas crises não deixaram de ser exploradas pelas intrigas da Corte, em que sua mulher não enjeitava participar.
As precoces desavenças conjugais desdobravam-se assim em desentendimentos políticos. Cinco anos aguardou até consumar o matrimônio, do que se queixava na correspondência à irmã.
O maior problema que passou a defrontar-se nesses anos estava no exterior, a guerra entre França e Inglaterra, exigindo de Portugal uma opção e colocava o príncipe num dilema.
D. João adiou a decisão até o último momento, agradando a um e contemporizando com o outro.
Porém em outubro de 1807, os eventos precipitaram-se, não restando saída, diante do conflito, obrigando a retirada da retirada da Corte para o Brasil de maneira precipitada.
Após difícil travessia, chegou ao Rio de Janeiro em 7 de março  de 1808.
Ao romper do dia 7 de março de 1808, o Rio de Janeiro era frenesi e confusão. Conta-se que toda a atividade pública e particular fora suspensa, as lojas fechadas e as casas esvaziadas, já que todos os habitantes  correram para a praia ou para os outeiros e até mesmo os telhados para se assistir a chegada da corte.
Algumas características do Rio de Janeiro com a chegada de Dom João:
a) tinha um porto colonial,
b)ruas estreitas e fétidas,
c)habitações mal-arejadas e soturnas
d)sua população maçicamente negra e parda
Mas a natureza generosa fazia prender o fôlego a todos os viajantes, não se cansando de lisonjear o entorno exuberante, a mata abundante, a bía cercada de kontanhas, as prais com areas brancas.
A receptividade foi grande:
a) em todas as casas: pendiam das varandas dos sobrados, com as colchas de cetim e damasco;
b)muitas vezes mandadas pendurar por decreto
c)havia um colorido de flores a mando do poder, para que quando passasse o séquito devriam jogar flores, para amenizar a sujeira que havia nas ruas, onde dejetos domésticos corriam a céu aberto
d)também velas de cera e das girândulas, luminárias e fogos de artifício que clareavam a noite.
O Rio de Janeiro de D. João, foi uma festa só. A primeira coisa que fizeram o rei e seu séquito foi porem-se de joelhos prostados diante de um altar, onde beijariam a cruz e receberiam as devidas bênçãos do cabildo da catedral
D. João adptou-se muito bem ao Brasil. A distância da Europa preservava-o das pressões indesejadas.
Diversos locais de moradia estavam á sua disposição, tai como:
a)o Paço, antigo palácio dos vice reis, no qual ocorria a cerimônia de beija-mão em dias de gala.
b)com o tempo, D. João passou a ir com frequência cada vez maior à quinta de São Cristovão, que recebera de um rico mercador de escravos português, onde era  acompanhado de seus filhos Pedro e Miguel, assim como da filha mais velha que servia, como secretária.
Já D. Carlota, com as demais filhas instalou-se num palacete bem distante , situado  na enseada de Botafogo.
A rotina diária tinha início em geral por volta das 6 horas:
a)rezava na capela particular;
b)D. João retornava ao quarto para uma refeição informal quse sempre em companhia dos filhos;
c)em seguida recebia o intendente-geral de polícia etc.
d)após pequena sexta ou breve passeio nas imediações, D. João seguia para a sala do trono, a fim de dar audiência;
e)depois disso ainda conversava com seus auaxiliares, recolhendo-se por volta das 11 horas da noite.

Em 1815 restabelecida a paz na Europa, Portugal passou a aguardar o retorno da corte portuguesa.

Após a morte de sua mãe, o Rio de Janeiro assistiu á aclamação de D. João como rei de Portugal, Brasil e Algarve.

Em 1820 um movimento liberal em Portugal exigia uma Constituição e o retorno do soberano
Embora hesitasse entre ser o rei absoluto na América ou soberano constitucional de potência de segunda ordem na Europa, D. João VI acabou cedendo, embarcou em abril de 1821.
Nos ultimos anos de vida, em Portugal, suportou ainda o  vexame da restrição de poderes que lhe impuseram as cortes liberais, a sepração do Brasil pela mão do filho D. Pedro, que nada fez e talvez nada pudesse ter feito para evitar, e resistiu as conspirações absolutistas e desmandos políticos da mulher e do filho d. Miguel.
Morreu, provalvemente envenenado por causa dessa resistência.
Será que D. João teria sido tão fraco?
tão incapaz?
tão alheado dos assuntos do Estado?

D. João morreu em março de 1826, aos 59 anos, cansado e desgastado.

Sua esposa Carlota Joaquina passara a ter no filho Miguel , o príncipe agente de suas intrigas.
Para reconhecer a independência do Brasil, em 1825 ainda que exigindo indenizações,  adquirindo o título de Imperador do novo país.
Esta é uma pequena parte da vida de D. Joaõ, rei de Portugal e sexto do nome, quase não restaram vestígios na história.

Educação das mulheres
Desde a chegada da corte ao Brasil tudo se preparava mas nada de positivo em prol da educação das jovens brasileiras.
Até 1815, a educação feminina se restringia a :
a) recitar precer de cor,
b) calcular de memória
c) não sabia ewscrever,
c) nem fazer operações.
Somente o trabalho de agulha ocupava seus lazeres pois os demais cuidados relativos ao lar são entregues ás escravas.
Em 1816 havia apenas dois colégios particulares; pouco mais tarde algumas senhoras portuguesas e francesas, com ajuda de um professor, já se comprometiam a receber em suas casas, a título  de pensionistas, moças que quisessem aprender noções :
a) da língua nacional,
b) de aritimética
c)e de religião
d)bem vomo bordados e
e)costura.
Alguns franceses também, forçados a tirar partido de sua educação, davam lições da língua francesa e de geografia, em casas de pessoas ricas.
A partir de 1820 a educação omeçou a tomar verdadeiro impulso e os meios de ensino multiplicaram-se.
Os progressos na educação erão
tão sensíveis, que, 16 anos antes, um brasileiro se envergonhava de mandar seu filho a uma escola pública e hoje, ao contrário, um pai já não tem escrúpulos em, ao conduzir para o escritório, conduzir sua filha pela mão até a porta do colégio .
Os rapazes, só podiam se distinguir   nos cursos nas escolas militares

sábado, 4 de agosto de 2012


CHEGADA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL

vamos ver o que encontramos 

nessa terra

ANGU, AIPIM, MILHO, MANDIOCA, FAROFA, PIRÃO, PAÇOCA, CANJICA, ANGU E BEIJU etc.



1-Em 17 de janeiro de 1808, a nau Medusa atraca no Recife com problemas no casco. Três dias antes, a outra comitiva tinha alcançado o porto do Rio de Janeiro.

2-Depois de 54 dias no mar e 6,4 mil quilômetros percorridos, os príncipes chegam a Salvador no dia 22 de janeiro de 1808. A corte fica 36 dias na Bahia.
Quando a família real portuguesa aportou no Rio de Janeiro encontrou uma culinária fruto da articulação entre os diversos povos que compunham o cenário colonial.
Esta cozinha agregava saberes de grupos indígenas na sua maior parte ligada à família tupi-guarani que vivia na costa




também a culinária negra dos escravos 


e também das práticas oriundas do colonizador branco.

Esta cozinha se baseava nos produtos da terra, como:

o: AIPIM;
o: MILHO e
a: MANDIOCA
além de prato particulares como a FAROFA, o PIRÃO, a PAÇOCA, a CANJINGA, o ANGU e o BEIJU.
Alguns relatos de viajantes que chegavam a cidade, entre 1808 e 1818:
UM JANTAR:

1-iniciava-se com uma sopa de legumes
2-seguida por carne seca e feijões de diversas qualidades, cozidos com toucinho em panelas de barro
3-reinava na mesa em vez de pão, a farinha de mandioca, servida em cabaças ou em cestas.

4-Frutas exóticas e desconhecidas misturavam-se às espécies européias já adaptadas a terra brasileira, como:
a)maracujás,
b)ananases,
c)abacaxis,
d)mamões,
e)laranjas e limõess
f)mangas,
g)goiabas,
h)cajus e
i)bananas
Havia também uma produção doceira, com o açúcar mascavo, acúcar branco ou rapadura, misturavam-se as frutas, dando origem aos diversos doces em calda e conservas, além de bolos finos, biscoitos e pães-de-ló, destinado ás ocasiões especiais, como:
a)casamentos,
b)batizados e
c)datas rituais.
Havia um comércio ambulante, estimulado pelas feiras livres e pasl negras quitandeiras, que era um modo de abstecer.
Havia também hortaliças e legumes como:

a)abóboras,
b)maxixe e quiabos,
c)roletes de cana-de-açúcar,
d)balas e doces,
e)milho verde assado,
f)coco,
g)jaca e melancia,
h)peixe fresco ou salgado e também,
i)carne-seca.
Temos que lembrar que com a chegada da família em terras brasileiras implicou em novas formas e práticas na alimentação na cidade.
De que maneira isso acontecia:
Burocratas, administradores e colonos de outras parte do Império português, negociantes, mercadores, padres e imigrantes beneficiavam-se dos produtos importados depois da abertura dos portos.

Desta maneira na encontramos anuncios na Gazeta do Rio de Janeiro, classificados como:
a)tipos de pães portugueses, italianos, francês e espanhois
 b)vinhos variados de muitos lugares
c)presuntos, salames e enchidos italianos: nozes, avelãs e amêndoas
Também anunciavam-se
a)tinas e barricas de bacalhau
b)vinho do Porto " legitimo "
c)queijo,
d)sardinha e manteiga, produtos consumidos por portugueses menos abastados.
Mais tarde começou a serem importados produtos mais luxuosos  e específicos tais como:
a)manteiga inglesa superior,
b)"o chá de Lipton",

c)o vinagre francês, a conserva inglesa.
O Brasil passava a ter muitas ofertas, provenientes de muitos estrangeiros pela cidade, portanto teremos um grande crescimento econômico e demográfico no Rio de Janeiro, estimulado pela implantação de linhas marítimas e ferroviárias, permitia não somente a entrada  de novas mercadorias como também serviços associados ao paladar. Assim surgem padeiros, confeiteiros, fazendo pa~es   de trigo, as empadas de camarão, de galinha e de peixe, as bandeja de doces finos para acompanhar o chá, os sorvetes e os biscuit glacê.
Portanto a vida no Rio de Janeiro está mudando e muito, também começam a ser oferecidos utensílios como: máquina de fazer pão, chapas de ferro para fogões, moinhos e torradores de café, tarrinas para sopa, as xícaras e os bules para chá, jarros para água, garrafa para licores.
Surgem pequenos estabelecimentos comerciais que serviam comida aos passantes, de ruas movimentadas. Geralmente o cardapio era:
a)sopa,
b)bife,
c)língua cozida,
d)ensopado
d)pudim e vinho
Portanto conseguimos ver uma culinária em tranformação