BRASIL COLÔNIA
1530
O REI DE PORTUGAL SE PERGUNTA?
COMO FAZER ESTE BRASIL ( COLÕNIA ) CRESCER
Em 1548 Luís de Góis, morador da capitania de São vicente escrevia ao seu Dom João III
"se com tempo e rapidez Vossa Alteza não socorrer a estas capitanias e costas do Brasil,...ainda que nós os moradores percamos as vidas e fazendas e todas nossas riquezas. Vossa Alteza perderá a terra"
Sabe o que possibilitou a ocupação efetiva do litoral do território brasileiro; dando inicio a colonização?
O AÇÚCAR
Aqui vai alguns detalhes do açúcar brasileiro:
a cana-de-açúcar era plantada no litoral brasileiro em grandes fazendas, que denominamos engenhos.
a) o açúcar produzido era levado para Portugal.;
b) aí, comerciantes de vários pontos da Europa compravam-nos, por preço elevado, para revendê-lo.;
c) desta forma, tanto o rei de Portugal, quanto os comerciantes obtinham grandes lucros.
Sabe onde também se plantava açúcar??????????????????
a)nas Antilhas, também existiam grandes plantações de cana-de-açúcar.
Mas o açúcar não era o único produto cultivado na América, com o objetivo de abastecer o mercado europeu e dar grandes lucros as metrópoles.
Se formos para a América, na parte sul das Treze colônias inglesas, na América inglesa, na América do Norte,
o fumo,
o algodão,
o arroz e o anil também eram plantados em fazendas de grande extensão territorial.
o fumo,
o algodão,
o arroz e o anil também eram plantados em fazendas de grande extensão territorial.
De inicio os reis procuraram em suas colõnias americanas minas de metais preciosos. Mas nem todos tiveram a sorte do rei da Espanha, que as encontrou logo após a conquista da América. Por isso passaram a se interessar pela produção de gêneros agrícolas que não podiam ser cultivados na Europa, como a cana-de-açúcar
Voltemos um pouco historicamente e vamos lembrar da fase :
a))dividir e povoar este seria um dos lemas do rei de Portugal com relação ao Brasil.
a))dividir e povoar este seria um dos lemas do rei de Portugal com relação ao Brasil.
Entre o período de 1500 1 1530 os europeus dirigiam para as colônias de exploração, queriam enriquecer rapidamente e retornar à metrópole. Quase sempre vinham sozinhos sem suas famílias.
Entre 1534 e 1536, o rei D. João III
- intitulado
' O COLONIZADOR "
resolveu dividir o litoral brasileiro em faixas de terras que se estendiam do Oceano Atlântico para o interior,.
Doou a fidalgos de sua inteira confiança que recebiam títulos de capitães.
Um de seus direitos seria o de trasmití-la aos seus herdeiros.
Por isso, essas faixas receberam o nome de :
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS.
Esta foi a maneira encontrada pelo rei para povoar e defender todo o litoral ao mesmo tempo, desde a cidade de Belém até Laguna.
A doação pelo rei de uma capitania hereditária era feita através de dois documentos:
e
a carta foral
CARTA DE DOAÇÃO:, o capitão ( que também era chamado de donatário ou governador ) recebia a posse ( o uso ) de uma capitania que ele podia transmitir aos seus descendentes, mas não podia vender. Nela também se dizia quando o rei podia retomar as terras que havia doado
A carta de doação fazia dos donatários os representantes do rei no Brasil. Ao fundarem vilas ou aplicarem justiça,por exemplo faziam-no em nome do monarca português.
Como recompensa por estas atribuições, os capitães ou governadores tinham certos privilégios ou seja vantagens, como construir engenhos e moendas d'água na sua capitania e o de vender anualmente certo número de escravos índios em Portugal.
Mas o que era uma CARTA FORAL?
Tratava principalmente dos impostos ( foros) que deveriam ser pagos pelos habitantes das capitanias
"O capitão e seus sucessores darão e repartirão todas as terras da capitania em sesmarias ( pedaços de terras ) a quaisquer pessoas, de qualquer qualidades e condição que sejam, contanto que sejam cristãos;
Havendo na capitania pedrarias, pérolas, outro, prata, cobre, estanho, chumbo ou qualquer sorte de metal, pagar-se-a a mim ( o rei o quinto ( 1/5 ), do qual terá a dizima ( 1/10 );
O pau-brasil e qualquer especiaria ou drogas de qualquer qualidade que sejam existentes na capitania pertencerão a mim e serão meus e de meus sucessores, não podendo o capitão nem outra pessoa qualquer vendê-los sob a pena de confisco ( tomar sem pagar ) de seus bens e degredo ( pena que consiste em afastar o réu de sua terra para a ilha de São Tomé;
Os moradores e povoadores da capitanias serão obrigados em tempo de guerra a servir nela com o capitão, se lhe necessário for.
As catorze capitanias hereditárias, concedida por D. João III no litoral brasileiro, entre 1534 e 1536, não apresentaram os mesmos resultados.
Algumas permaneceram abandonadas, sem qualquer tentativa de colonização, como as do Maranhão ( 1 e 2 lotes ), Ceará, Rio Grande do Norte e Santana.
Outras tiveram o seu crescimento inicial dificultado pelas divergências entre colonos e os donatários, pelas lutas constantes contra os indígenas e, sobretudo pelos reduzidos recursos financeiros que, possuíam os seus capitães.
Este foram as principais dificuldades enfrentadas no século XVI pelos donatários de Itamaracá, Bahia de Todos os Santos, Ilhéus, Porto Seguro, Espirito Santo, São Tomé e Santo Amaro.
As capitanias de Duarte Coelho ( Pernambuco ou Nova Lusitânia ) e Martim Afonso de Souza ( São Vicente ) foram as que mais prosperaram.
A prosperidade da capitanias de Pernambuco está ligada ao bom resultado da plantação de cana-de-açúcar.
O clima quente e úmido da região e a fertilidade massapê ( solo argiloso ) facilitavam a expansão da lavoura canavieira que era, porém, dificultada pelas lutas contra os indígenas tabajaras e caetés.
Conquistando a palmos a terra que fora concedida a léguas, o donatário conseguira, já em 1550 fundar duas vilas - Olinda e Igaraçu, e erguer cinco engenhos. A expansão dos canaviais pelos terrenos férteis e úmidos das várzeas ( terras que margeiam os rios )pediam construção de novos engenhos; em 1570 já existiam trinta e, catorze anos depois, sessenta e seis! Mas pedia também mais trabalhadores escravos; intensificaram-se as lutas contra os índios, a inciou-se a vinda de negros africanos.
A produção de açúcar em grande quantidade e sua exportação para a Europa fixaram o colono no litoral. Isto aconteceu tanto em Pernambuco como em toda a costa, desde Filipéia de Nossa Senhora das Neves ( no atual estado da Paraíba ) até Nossa Senhora da Conceição de Itanhem ( no atual Estado de São Paulo ).
Riso sabe o que prendia o colono:
POR CAUSA DA CANA-DE-AÇÚCAR, O COLONO ARRANHAVA O LITORAL COMO CARANGUEJO. O MASSAPÊ PEGAJOSO O PRENDIA AO SOLO.
Dedicando-se também ao cultivo de cana-de-açúcar, a capitania pode prosperar. A pequena extensão de terras férteis no litoral, a grande distância da metrópole e a concorrencia do açúcar pernambucano fizeram porém, que declinasse no decorrer do século XVI, a produção açucareira vicentina. Os colonos passaram, então a se dedicar a busca de metrais preciosos e a captura de índios, que poderiam ser vendidos como escravos, penetrando pelo sertão ( interior 0. O agricultor se transformara em sertanista ( pessoas que conhece ou percorre o sertão); surgia o bandeirante. Muitos colonos abanadonaram o litoral indo viver no planalto e provocando, assim a decad~encia das vilas como São Vicente e Santos, e o crescimento dos povoados do planalto.
DANDO INÍCIO A VIDA ECONÔMICA, A FIXAÇÃO DO COLONO NO LITORAL E A FUNDAÇÃO DE VILAS , AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS POSSIBILITARAM A MANUTENÇÃO DO DOMÍNIO PORTUGUES NO LITORAL BRASILEIRO. POR ISSO, PODEMOS CONSIDERAR COMO POSITIVO O SEU RESULTADO. DESDE ENTÃO SOMENTE CORERRÃO INCURSÕES ESTRANGEIRAS NAQUELAS REGIÕES DO LITORAL QUE PERMANECERAM COMPLETAMENTE ABANDONADAS.