domingo, 30 de outubro de 2011

No Oriente antigo segundo uma lenda.....

VOCÊ sabia que....

No Oriente Antigo

...segundo uma lenda religiosa, as cheias do rio Nilo se deviam a uma lágrima da deusa Ísis, chorando o seu marido Osíris?

 
 


...os atuais descendentes dos antigos egípcios vivem no vale do rio Nilo, e são conhecidos por Fellahs?
...graças á iniciativa do inglês Lord Carnavon, foi descoberto o túmulo do rei Tutankhámon, em 1922?
 

...segundo Heródoto, a pirâmide de Quéops empregou 100.000 operários, que trabalharam durante 30 anos em sua construção?
 
 
...o Museu Nacional, situado na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, possui três múmias egipcías?
 ...uma dessas talvez seja a única  múmia de mulher ainda conservada?
...antes de Heródoto, já Hecateu, de Mileto, escrevera: " O Egito é um presente do Nilo " 
 Mapa do mundo na concepção de Hecateu


sábado, 15 de outubro de 2011

BRASIL COLÔNIA: MINERAÇÃO


CICLO DA MINERAÇÃO

BRASIL COLÔNIA
A GALINHA DOS OVOS DE OURO 

 

BRASIL COLÔNIA:
 O CICLO DA MINERAÇÃO
Foi o terceiro e grande ciclo econômico do Brasil, a que se chama " ciclo da mineração ", o qual produziu valores num total de 200 milhões de libras esterlinas e ocupou mais de um século da economia.
Nesse perÍodo tivemos o Idealismo da Inconfidência, o gênio artístico do Alejadinho, a opolulência de Chica da Silva, o solidarismo de Chico Rei.
 
 
 

Você sabia que:
quando Pedro Álvares Cabral esteve no Brasil indagou aos selvagens, através de mímica, acerca da existência, ou não de metais preciosos na Pindorama.
Em decorrência deste fato, tivemos Américo Vespúcio à cata de metais, Martim Afonso também esteve a procura de ouro e Brás Cubas deu notícias ao rei, em 1562, de algum ouro que se encontrara.
Mais felizes os espanhóis defrontaram-se com os incalculáveis ouro e prata do Peru e México, e as minas de Potosi na Bolívia, ainda no século XVI.
No período colonial só de prata a Espanha arrancou à América 100.000 toneladas, muita prata para o reino espanhol.
O fracasso do sonho do El Dorado. Então os vicentinos voltaram a cultivar o açúcar, o trigo e a vinha, o paulista, o plantio de sua mandioca, sem contudo desanimarem de encontrarem ouro.
A guerra holandesa interrompeu o fluxo de escravos negros para o Brasil, criou-se uma fome nacional de mão-de-obra escrava. Começou-se a " prêa do índio ", a instituicionalização do genocídio e que tinha como personagem principal o índio.
Os paulistas no afan de escravizar e dar mortes  a índios, chegariam no sul do rio Prata, subiram os próprios Andes e desceriam às praias do Pacífico
As bandeiras do ouro e as bandeiras ligadas ao sertanismo de contrato contribuíram para o povoamento do sertão nordestino.
Que importância tiveram as bandeiras da mineração?

Os reis da dinastia de Bragança foram grandes incentivadores do envio de expedições ao sertão em busca de metais preciosos.Isto porque após a União Ibérica o reino português estava endividado, além de ter perdido as suas colônias orientais.
O rei D. João IV chamava o Brasil de " a vaca de leite " .Quando, no século XVIII, eram as minas brasileiras que sustentavam a coroa portuguêsa. Dom João V, neto daquele monarca, poderia ter chamado a sua colônia americana a " galinha dos ovos de ouro ".
Incentivado pelas promessas dos Braganças, partiu de São Paulo, o sertanista Fernão Dias Pais, em 1674. Durante sete anos a expedição do " Caçador de Esmeraldas " percorreu os sertões do atual estado de Minas Gerais, abrindo caminhos, erguendo arraiais ( acampamentos ) e plantando roças de mantimentos que seriam utilizados por outros bandeirantes. Mas nem esmeraldas, nem ouro nem prata foram nessa época encontrados.
Os bandeirantes  apressaram indígenas para escravizá-los, combatendo tribos revoltadas e negros aquilombados e buscando minas de metais preciosos nos sertõese outros tratado, os bandeirantes quase sempre vicentinos desbravaram a maior parte do nosso território, ampliando os dominios dos reis  portuguêses na América do Sul. Tornando praticamente nulo o Tratado de Tordesilhas, êles obrigaram os países ibéricos `a  assinatura de outros tratados. Reis e diplomatas se encarregaram disto, fixando os novos limites. Fizeram sua obra de mum punhado  de homens, geralmente  anônimos.
Em decorrência das entradas e bandeiras os horizontes geográficos se viram ampliados por esses rudes andarilhos, tão bravos como cruéis, sem nenhum sentimento de piedade, capazes de enforcar os próprios filhos ao menor sinal de desobediência. Eles aumentaram o patrimônio territorial do Brasil em mais de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, empurrando para trás a linha da Tordesilhas
As aldeias indígenas eram cercadas e incendiadas. Fazia-se fogo nos adultos, homens e mulheres, porque os preferidos eram os "  columís", os adolescentes e crianças. Os velhos eram impiedosamente massacrados. Arrasava-se a taba, talavam-se as plantações. Os prisioneiros eram amarrados em cordas e trazidos para São Paulo, Taubaté  e São Vicente.
Os paulistas descobriram, depois que resultava mais econômico e menos dispendiosos assaltar " reduções jesuíticas "
Nas reduções jesuíticas, os guaranis edificaram igrejas e obras de alvenaria, os jesuítas estimulavam-nos ao trabalha com cânticos e músicas religiosas, ditalham-lhe as ordens com megafones, escondidos no interior de santos ocos. Usavam castigos, tanto que foram encontrados instrumentos de tortura.
Os paulistas varreram a ferro e fogo as " reduções jesuíticas "
" Pombal resolveu o problema expulsando os jesuítas do Brasil a Ordem de Jesus e decretando a abolição da escravidão indígena.
A Coroa em 1709 cria a capitania de Minas Gerais separando-a de São Paulo, e a descoberta do ouro no Brasil coincide com a imposição, por Meuthen, o astuto ministro inglês, a Portugal de um tratado de comércio, segundo o qual à Inglaterra é assegurada preferência na compra e venda, de tudo quanto a Metrópole lusa e suas colônias produzirem. A redistribuição do açúcar, do fumo e do algodão, na Europa já era privilégio ingleses
A Inglaterra torna-se absoluta dona do ouro do Brasil, com o que consolidava seu reinado metálico, pois a prata colonial da Espanha lhe caíra nas mãos. A Inglaterra então adota o ouro como padrão do seu comércio externo. A libra atinge o seu máximo esplendor e torna-se a moeda de curso forçado internacional, primazia que se mantém até 1939, quando o dólar lhe toma o lugar.
Em decorrência do achado do ouro povoados e vilas surgem como que por encanto: Vila Rica, Sabará, Mariana, Caeté, São João e São José del-Rei, e muitas outras. Ao conjunto delas se chamava na época, as " Minas Gerais ". Também chegou-se a  Goías Velho, Cuiába.
 Vila Rica
Sabara
Mariana
São Jõao Del Rei
A capital do Estado do Brasil se transfere da Bahia para o Rio de Janeiro, em 1757, por necessidade de uma fiscalização maior. O ciclo mineiro perturba o do açúcar, de vez sobe o preço do escravo negro, requisitado pelo trabalho das minas. Para a economia do gado e do fumo é benéfica, uma vez que se cria um grande mercado consumidor que favorece indiretamente , o  açúcar. O algodão, produzido no vizinho Estado do Maranhão, vai encontrar vasão e dá início a uma rudimentar indústria de tecidos de panos grossos, n a Capitania de Minas Gerais.
Do reino chegam não só queijos, manteigas, vinhos, mas produtos manufaturados ingleses, revendidos por Lisboa. No meio deles se imiscuem livros e jornais, ninguém sabe como, porque as grandes bibliotecas dos intelectuais da Vila Rica já incluem, Voltaire, os grandes iluministas.
Produzem-se os primeiros choques como a " guerra dos emboabas ". "Emboabas" é o depreciativo com que o paulista descobridor das minas qualifica não só o português mas, o fluminense, e o baiano, o pernambucano.
O forasteiro levará a melhor e o paulista não entende porque: após a descoberta, a limpa das matas dos indígenas, ele não é mais necessário.
"Que a sêde do ouro é sem cura,
e, por ela subjulgados,
os homens matam-se e morrem
ficam mortos, mas não fartos "  (Cecilia Mireles ) 
Impossibilitados de explorar o ouro de Minas Gerais, os paulistas rumaram para o Oeste. Em 1719, a bandeira de Pascoal Moreira Cabral descobriu ouro na região dos rios Coxipó e Cuiabá no atual Estado de Mato Grosso. Em 1725, a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o segundo Anhanguera, encontrou as jazidas de Goías
Em decorrencia da descoberta das minas cria-se taxas sobre escravos, secos e molhados, tributos sobre fazendas, alimentos. As municipalidades mineiras deviam pagar anualmente a Coroa arrobas de ouro, o poder local foi praticamente eliminado pela presença do governador, representante direto do Vice Rei. Istituiu-se as Casas de Fundição, pois a Cora sentia-se roubada ( e de fato o era ), voltando assim , em 1725, ao sistema dos quintos.
Para organizar a exploração de jazidas o rei criou o cargo de Intendente das Minas, a quem cabia a distribuição das datas  ( lotes de terra para a exploração do ouro ) aos mineradores. O tamanho de cada data variava de acordo com o número de escravos que o minerador possuia, sendo dadas duas braças ( antiga medida de comprimento ) para cada escravo, até o máximo de trinta braças.
A exploração das lavras ( terreno de onde se extrai o ouro ou diamantes ) era feita utilizando-se de técnicas as mais variadas. Removendo o cascalho, desviando o curso dos rios, quebrando montanhas a golpes dee picareta e penetrando na rocha em busca de ouro e do diamente, o homem fêz, em poucos anos, o trabalho que a erosão faria em séculos.
Começa a declinar lentamente a produção mineira, não só pela baixa produtividade do trabalho, mas também pelo uso de técnicas inadequada e de uma ditadura fiscal , Portugal começava a matar a sua galinha dos ovos
de ouro.
Por volta de 1750, sairam das minas muitos escravos voltando ao trabalho da agricultura, é que se pagava um preço tão alto para se possuir um escravo que não valia a pena tê-lo. Mas para o escravo era um alívio voltar à lavoura do açúcar, do fumo ou do algodão, por ser o9 trabalho nas minas bem esgotante. Eram dizimados pelo desabamento das galerias, asfixiados no fundo das minas, traziam os pés eternamente com frieiras, por causa da lavagem contínua, o corpo coberto de chagas, devido aos mosquitos, criavam deformações anatômicas. O que  não impediu que alguns deles, como Chico Rei, enriquecesse, graças ao ouro roubado.
Havia também a possibilidade de ser livre encontrando diamante.
O contrabando se tornou prática generalizada: as mulheres ocultavam diamantes nas vaginas, os escravos, nos ânus; as grandes cabeleiras, pompadourianas, serviam para esconder pó aurífero; até as cáries dentárias eram válidas. Promoviam-se procissões com santos de pau ôco, que iam pejados de ouro do bom e que passavam pelas " barreiras ' recebendo a reverência dos dragões. Furtavam-se o resíduo da Casa da Moeda, o ouro trabalhado, assaltavam-se os comboios reais.Montavam-se ourivesarias clandestinas, fabricavam-se moedas falsa, mesmo ante as ameaças da banimento para a África, de prestação de serviço militar prolongado nas milícias e por fim, a morte e esquartejamento.
Outra hipótese, a despertar a sexualidade dos homens ricos, como fez a mulata Chica da Silva, que reinava no coração do contratador de diamantes e podia se dar ao luxo, segundo a lenda, de querer viajar de navio no Tejuco; pelo que o amante mandou fazer um lago artificial para atender o capricho.
 O apogeu da " época do ouro " deve ter sido entre 1700 e 1750
Os movimentos ocorridos aqui no Brasil na época da mineração do ponto de vista da Coroa Portuguesa, tais como Felipe dos Santos, merecia o estrangulamento a que foi condenado pelo crime de promover a desordem contra a capitação. Não menos delinquentes eram os que como Tiradentes, mineiro arruinado e sub-oficial preterido, se opunham à " DERRAMA " .
Para os mandantes representantes da coroa portuguesa não passavam de " subversivos " e "corruptos ". ' Subversivos" porque contestavam o princípio da autoridade real, queriam a autonomia política, o que significa " lesa majestade ". " Corruptos" porque desejavam impossível anistia fiscal, livrando-se de impostos devidos à Fazenda e sonegados a esta, pelo que deveriam responder com suas propriedades pessoais e familiares.
Do ponto de vista da nação, Felipe dos Santos, Tiradentes, Tomaz Antonio Gonzaga, Claudio Manoel da Costa, defendiam direitos legítimos e irreconciliáveis  .
O absolutismo colonial chegou, na segunda metade do século XVIII, quando a produção de ouro começava a declinar. Proibiu-se então o acesso ás minas, sem licença prévia, a estrangeiro e nacional. Interditou-se o ofício de ourives. Não podia a colônia ter tipografia -- e uma vez que existia no Recife foi quebrada a marreta---;livraria; escola de nível superior, técnico científico. Brasileiro não podiam sair do reino sem licença e passar a país estrangeiro, especialmente à França, onde grassava a " moléstia revolucionária " . Jornais só de Lisboa, submetidos à censura . Nada de siderurgia
Isso significou a morte de uma indústria colonial. Fabricavam-se, com efeito, às escondidas, até panos finos, sedas, com instrumentos rudimentares, no Brasil.
Enquanto isso lá no hemisfério norte, na Inglaterra, o vapor atingira o setor têxtil, em 1770 a máquina hidráulica de ARKERIGTH; inventos notáveis como a fiadeira " JENNY", de HARGREAVES,      a lançadeira de Kay aperfeiçoavam os métodos produtivos; por fim o tecelão Saumel Crompton, em 1774 com a sua " mule machine " lança um novo modelo, que corrigiu os defeitos de seus  antecessores. Cartwwrigtn, em 1785 constroi o primeiro tear.
Enquanto isso no Brasil usava-se a roca milenar e teares primitivos de madeira. Era uma tecelagem tôsca, rotineira, manuel doméstica.
Nas fazendas " se vestiam a si, e à sua família e escravatura, fazendo panos e estôpas, e diferentes outras drogas de linho e de algodão, e ainda de lã.
Lembrando nesta época, o Ministro Martinho de Melo e Castro, dos Negócios Utramarinos ( das Colônias ) ordenou que elimassem as manufaturas brasileira e o Visconde de Barbacena mandou quebrar, a marretada, teares e rocas, para não criar concorrentes à fabricas de tecidos portugueses.
Essa proibição só podia despertar os protestos nacionais e daí porque os inconfidentes de Minas estabeleceram uma política econômica da república independente, a criação de fábricas, usinas siderúrgicas, universidades, e liberdade mais ampla de comércio exterior.
A Coroa se arrogava todos monopólios: pau brasil, sal, ouro, diamantes, cunhagem de moedas, metalurgia, criação do bicho da sêda e da cultura da amoreira; todas a fontes de comércio estavam em suas mãos --- exportação de açúcar, algodão, fumo, couros, carnes, óleos ( como o da baleia ) animais e vegetais, metais nobres ou não, gemas e pedras.
A mineração estava transformando a sociedade:
O mesmo Marques de Pombal que expulsou os jesuítas, impediu que outras ordens religiosas se instalassem ewm Minas Gerais. Por isso , as  ai surgidas não eram igrejas de convento ( mosteiros ), como na Bahia ou no Recife.
A arte de cada época expressa os pensamentos e a maneira de viver das pessoas. No século XVIII, o ouro das minas e a devoção dos mineradores permitiram o aparecimento de uma forma de arte --- o Barroco Mineiro. Através da pintura , da escultura, da arquitetura e da música, êle tornou as igrejas e suas cerimônias mais agradáveis.
A figura que melhor representa esta forma de arte é a de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, filho de uma artífice ( pessoas que tem um ofício ligado a uma arte ) e de uma negra.
A fé e o ouro construíram igrejas.
Muito  ouro foi tirado das minas pelos negros escravos. De 1700 a 1770, a produção auriféra brasileira foi igual à toda a produção da América, desde 1493 até 1850.
E o que era feito desse ouro?
A maior parte dêle ia para Portugal, sob a forma de impostos. Ai servia para o sustento da corte, para construir palácios, igrejas e conventos, ou ainda para reconstr a capital Lisboa, praticamente destruída por um terremoto em 1755.
Mas o ouro brasileiro servia, também para pagar as muitas dívidas que o reino português possuía. Sendo assim era preciso levar cada vez mais ouro do Brasil para Portugal. Isto queria dizer: mais negros trabalhando nas minas e mais impostos cobrados dos mineradores.
Quando  o contrabando do ouro em pó ou em pepitas ( grãos ) tornou-se  intenso, o rei determinou que somente poderia circular no Brasil ouro em barras. As pepitas e o ouro em pó eram transformados em barras nas casas de fundição instaladas, por ordem do rei, nos caminhos que conduziam às minas. Nas casas de fundição retirava-se a quinta parte correspondente ao impôsto devido ao rei.
A criação dascasa de fundição provou protestos de muitos mineradores. Algum tempo depois o rei exigiu que os quintos alcançassem um total anual mínimo de cem arrobas ( medida antiga de pêso equivalente a quinze quilos ). Quando esse total não fosse atingido ocorria a derrama, isto é a cobrança da diferença atrasada. A população aficava alarmada. Os dragões ( soldados a cavalo 0 invadiam as casas dos habitantes em busca de objetos que completassem o imposto.
Com o esgotamento das minas de ouro muito raramente a quantidade de cem arrobas era atingida, e por isso os governantes portuguêses  suspenderam a execução da derrama.
Em 1789, contudo, necessitando de ouro a rainha  Dona Maria I, resolveu cobrar a derrama, que já tinha atingido 596 arrobas. por esta razão os participantes da Conjuração Mineira marcaram o início da revolta para o dia do " batizado ", quer dizer, o dia da corança da derrama.
Sabia que a galinha dos ovos de ouro era importante para muitos outros países

1-Tratado de Methuen - estabelecia que a Inglaterra compraria somente  vinhos em Portugal, enquanto os portuguêses comprariam tecidos somente da Inglaterra. Como Portugal comprava mais tecido do que vendia vinho, muito cedo estava devendo a Portugal. Essa dívida foi paga com o ouro do Brasil.
Que utilidade teve  para a Inglaterra o ouro do Brasil?
Ele foi utilizado na construção de fábricas que empregavam máquinas e operários para a produção em grande quantidade de tecidos e outros artigos. A isto se chamou Revolução Industrial.

Como a verdadeira história da " galinha dos ovos de ouro " esta também teve um fim
Junto com a mineração morreram as atividades que ela desenvolvera. A população abandonou a região em busca de outras áreas onde fosse possível iniciar outra atividade.
A lavoura açucareira do nordeste voltou a progredir. Ela não mais sofria a concorr~encia das minas, que atraiam a população livre, os recursos financeiros e os trabalhadores escravos. 
Mais para o norte, na região da capitania do Maranhão, começava uma nova atividade; a plantação de algodão. Ele serviria para abastecer as indústrias de tecidos ingleses que se desenvolviam nessa época por causa da revolução industrial.

O ouro que tanta coisa mudara, agora tinha mudado. Não era mais amarelo, mas branco, da cor da neve, era o algodão do Maranhão.

sábado, 8 de outubro de 2011

BRASIL COLONIA: A ERA DO TABACO

A ERA 

DO
TABACO

BRASIL COLÔNIA

NADA É PECADO ALÉM DO EQUADOR: Brasil Colônia
a geografia sanava tudo

OS SUB-CICLOS DO AÇÚCAR:


A economia colonial baseava-se no açúcar ( 1550-1700 ) outros produtos e atividades econômicas se desenvolveram.:
Sabes quais:
1-Tabaco;
2-criação de gado;
3-algodão;
4-e da borracha

Vamos lá; falemos alguns aspectos da cultura do tabaco.
Quando os portuguêses aqui chegaram ;depararam-se com o estranho costume do fumo entre os selvagens.
Há quem afirme como Afonso Arinos
que a chamada erva santa era usada pelos indígenas com fins medicinais apenas nos seus ritos religiosos.
 Alguns cronistas referem que não só nas festas, mas que, comumente, aspiravam ou mascavam o seu tabaco. Que os indígenas fazia pleno uso do fumo.
E que os europeus deixaram contaminar pelo costume.
Logo o Papado excomungou os fumantes e a Santa Inquisição se pões ao seu encalço.
Os inquisidores se alarmaram ao verificar que não só varões,
porém, matronas da melhor estirpe
e donzelas aspiravam fumo,tinham
" partes com o Diabo "
A julgar pelas visitações do Santo Ofício, na  Bahia e Pernambuco, entre 1590 e 1620, nas vilas, fazendas e engenhos campeavam todos os vícios e sobreviviam muito poucas virtudes.
Bebia-se,
jogava-se,
"fornicava-se " a larga, dentro e fora do próprio sexo.
Alguns mais ousados ampliavam o campo de suas relações com os animais.

Os escravos índios e africanos eram procuradospelos nobres e suas esposas,no segredo das noites.
Sodomitas, homossexuais, adúlteros, incestuosos, todos justificavam suas taras com a máxima corrente na Europa de onde haviam vindo:
" NADA É PECADO ALÉM DO EQUADOR ".
A geografia sanava tudo....
O uso do fumo logo alcançou a Europa. O padre francês André de Thevet parece ter sido o introdutor do produto na Europa para fins terapêuticos.
A história guarda o nome de NICOT, embaixador francês em Portugal, como o primeiro que saiu fumando por mero prazer, à vista dos cortesãos abismados. "Nicotina " é o nome da substância que contém o fumo, dado em honra de quem, sem saber, talvez criava uma indústria de importância mundial.
Jean Nicot ( de onde deriva o nome da Nicotina ), aspirava o moído ( rapé ), e percebeu que ele aliviava suas enxaquecas.
Desta forma enviou para a rainha da França Catarina de Médicis, o experimentasse no combate às suas enxaquecas. Com sucesso, o uso do rapé começou a se popularizar.
A excomunhão papal em fins do século XVI, só fez aumentar a vulgarização do produto, que logo se propagou à Ásia e China. Em Catahay um imperador mandava cortar narizes a quem apanhado fosse expelindo fumo.....
A exportação do fumo financiava o tráfico de escravos. O grande consumidor era Londres. A intermediação no fumo era ainda maior  do que no açúcar .
A produção de fumo brasileiro declinou, no domínio da exportação mundial, em face do fato de que foi plantado nas Antilhas ( Cuba, Jamaica ), na América do Norte ( Virginia ) e em outras partes da América do Sul ( Venezuela, Equador, etc. ) . N Europa, a Bulgária e na Ásia a Turquia se tornaram grandes produtoras. As plantações de tabaco chegaram a Rússia dos Czares, expandindo-se principalmente na sua periferia.
No século XIX começou no Brasil a fabricação de charutos, para consumo nacional exclusivo. Nunca tivemos condições de concorrência como o charuto cubano preferido mundialmente.
O capital nacional ingressou na linha de produção tardiamente com a " Souza Cruz " do Rio, a " Caxias " e a " Lafaiete ", do Recife.
A "Souza Cruz" acabou sob controle acionário de um truste inglês, o " Turkish Tobacco company "
Somente por volta de 1840, começaram os relatos do uso do cigarro. Nesse ponto a finalidade terapêutica original do tabaco já havia perdido seu lugar nas sociedades civilizadas para o hábito de fumar por prazer.
Foi apenas em 1960 que foram publicados os primeiros relatos que relecionam o cigarro ao adoecimento do fumante. Desde então comprovou-se que o uso constante e desinibido do cigarro provoca malefícios à saúde e vicia o organismo.
Diante de tantos problemas  pelo tabco porque ainda as pessoas fazem uso:
Simplemente porque até hoje não se tem certeza do porque , alias como qualque outra droga é utilizada pelas pessoas.
A propaganda a mídia, apontando que fumar está intimamente ligado ao sucesso e a pessoa bonita, deve influenciar muitos, principalmente os jovens.
Outros alegam que o tabaco tem o poder de  tranquilizá-las e calmá-las. Há ainda aquelas que dizem gostar ou ter prazer de fumar. Mas a  maior parte dos fumantes dizem que fumam porque não conseguem mais parar.
Não se sabe ao certo no Brasil quantos usam tabaco. Só comprovou-se que o tabaco produz um pequeno aumento n os batimentos cardíacos, na pressão arterial, na frequência respiratória, no sistema digestivo, e irritante para os brônquios ( pulmões ) e provo insônia ( tira o sono ).
O uso continuado pode provocar:
a)infarto do miocardo;
b)bronquite crônica;
c)ifisema pulmonar;
d)derramen cerebral;
e)úlcera digestiva etc
Você quer mais, além de tudo o tabaco é uma droga legal

sábado, 1 de outubro de 2011

PRÉ-COLONIZAÇÃO: 1500-1530

PAPAGAIOS, TUBARÕES E CAPITÃES
Pré-colonização: 1500-1530















Claro você sabe 
que quando realizamos uma longa viagem, somos obrigados a fazer algumas paradas. Geralmente os pontos onde paramos são denominados escalas.
No século XVI,
ao percorrerem o longo caminho marítimo que ia de Lisboa a Calicute, os navegadores português também realizavam escalas em vários pontos.
Você sabia que, 
quando em 1501, D. Manuel I enviou uma carta aos Reis Católicos da Espanha, relatando a viagem de Pedro Álvares Cabral às Índias e o descobrimento da Ilha de Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz, êle se referiu á nova terra como sendo:

MUI CONVENIENTE E NECESSÁRIA À NAVEGAÇÃO DA ÍNDIA, PORQUE ALI CORRIGIU SUAS NAUS E TOMO ÁGUA.

Ficou então  muito claro que:
isto quer dizer quer dizer que a Terra de Santa Cruz interessava ao Rei Venturoso, porque era uma parada onde seus navios poderiam reabastecer-se de água e reparar os danos que tivessem sofrido durante a travessia do Atlântico.

Além disso:
a nova terra oferecia ainda outra vantagem: o contrôle total do caminho marítimo para as Índias.
Os litorais oriental e ocidental da África pertenciam quase que inteiramente a Portugal, assim como a maior parte do litoral atlântico da América do Sul.
Assim, a rota da Índia pelo Oceano Atlântico era monopólio ( exclusividade ) dos navegadores portuguêses, assim como o caminho pelo mar Mediterrâneo fôra monopólio das cidades italianas, no século anterior. 
Portugal tinha o domínio  das escalas na rota para o Oriente e podia evitar que outros  países como a Espanha comerciassem também com as especiarias orientais.
Quando os comerciantes europeus iniciaram a expansão marítima, buscavam chegar às regiões onde o comércio fôsse desenvolvido, assim como o das Índias. Ao atingirem a Terra de Santa Cruz,porém , os portuguêses quase não encontraram produtos que pudessem ser vendidos na Europa. Mesmo aasim, não a abandonaram, porque ela possuía uma excelente posição no novo caminho para as Índias.
Nos primeiros anos de suas história, a nova terra achada pelos português não era importante pelas coisas que possuía, mas pela sua posição na carreira da Índia.