MOVIMENTO CULTURAL
DO IMPÉRIO ( 2 REINADO )
A NOSSA CULTURA
NO IMPÉRIO SOFREU MUITAS INFLUÊNCIAS ESTRANGEIRAS,
SOBRETUDO
FRANCESA
Se daqui muitos anos, você desejar olhar para atrás na História terá necessidade de saber como os fatos mais importantes aconteceram.
Não haverá muita dificuldade, pois a imprensa, o rádio, cinema , televisão, internet, registrarão essas cerimônias nos mínimos detalhes.
Os reporteres são testemunhas oculares da história, embora não muitas vezes não saibam da importâncias futura dos fatos que documentaram.
Mas se você quissesse saber poderia ler olhando para atrás como foi a aclamação de D. Pedro I em 1822.
Evidentemente poderia ler os jornais da época como a
Gazeta do Rio de Janeiro,
vendido na
rua da Quitanda,
por
oitenta réis.
Mas como poderia ter a imagem da cerimônia da manhã de 12 de outubro, no Campo de Santana?.
Havia quem na época substituisse os cinegrafistas e os fotógrofos.?
Havia sim -
os artistas plásticos,
desenhistas
ou
pintores
E um deles se encontrava no Campo de Santana.
Era o francês Jean-Baptiste Debret,
encontrava-se
no Brasil desde 1816 ,
como
componente
da
Missão Artística Lebreton
, contratatada por Dom João:
Debret foi uma execelenete testemunha ocular da História.
Desenhando à medida que observava atentatamente o modelo,
ele reproduzia com fidelidade
a cena,
dando ao seu trabalho,
o caráter de
verdadeiras fotografias instântaneas.
Na principal rua da cidade
- a barulhenta rua Direita
( que hoje se chama Primeiro de Março )
- podia ser visto o altar mor
que o mestre Valentim fizera para a
Capela de Noviciado da Ordem Terceira do Carmo.
Chafariz no Largo do Paço
Capéla do Noviciado da Ordem Terceira do Carmo.
A missão Francesa
Valorizou o artista brasileiro, dando-lhe técnica mais apurada e melhor situação social. Um dos seus discípulos, Francisco Pedro Amaral, foi o decorador do Palacete que Dom Pedro I
mandou construir para a Marquesa de Santos no aristocrático bairro de São Cristovão, próximo à Quinta da Boa Vista.
Colocado perto das autoridades, Debret pode retratar o instante mais popular da cerimônia: o presidente do Senado da Câmara José Clemente Pereira
ao lado do Imperador e da Bandeira Nacional, conclama ( anima )a multidão a responder aos seus " vivas ".
Viva nossa Santa Religião!
Vviva o Senhor Dom Pedro, primeiro Imperador Constitucional|!
AS DIVERSAS FACES DA FAMÍLIA NO BRASIL
A sociedade colonial,tem sido caracterizada no domínios urbanos e rurais, como patriarcal. Desta maneira a família apresenta una núcleo central composto :
pelo chefe da família;
sua mulher;
filhos
e netos,
além de núcleos de membros considerados secundários,
formados por:
filhos iligetimos ou de criação,
parentes;
afilhados,
serviçais, amigos, agregados, e escravos
Na liderança dos dois núcleos estava o patriarca
que ;
cuidade dos negócios,
mantinha a linhagem e a honra da família,
procurando exercer sua autoridade sobre a mulher e os filhos,
e demais dependentes sob a sua influência..
Também ligados ainda à família patriarcal ou sob sua influência, por razões econômicas, políticas ou de laços de compadre, estavam os vizinhos, sitiantes, lavradores e roceiros, gente que mantinha laços de dependência e solidadriedade para com o chefe da família..
O sistema paternalista
contribuiu muitas vezes para que o filho mais velho herdasse as terras ( primogenitural )
e que os outros fossem encaminhados aos estudos para se tornar bachareis em Direito, médicos ou padres, independententes de terem ou não vocação para essas carreiras.
FACES DA FAMÍLIA COLONIAL
No nordeste açucareiro:
entre os grandes proprietários de terras
predominou a família extensa, um verdadeiro centro de poder econômico e político e local.
Dela faziam parte
os parentes de sangue,
os parentes simbólicos ( parinhos, compadres e afilhados ),
os agregados ou protegidos e até escravos.
Muitas vezes a ausência dos homens nas casas devido principalmente aos fatores econômicos, diminuiu a autoridade paternas. nesse caso as mulheres ficavam responsáveis pela administração do lar e a educação dos filhos.
De maneira geral, o aprendizadado dois filhos decorria da experiência dos pais, uma vez que o estudo era previlégio de poucos. Por isso e especialmente nas famílias mais carentes, os filhos ingressavam muito cedo no mundo adulto, no mundo do trabalho. Também não havia muita diferenciação quanto -as necessidades de crianças e adolescentes.
O casamento
O casamento, principalmente nas cidades constituía priivlégio de poucos e dependia da situação financeira e social da família. Em geral realizado segundo as regras da Igreja Católica,era quase um monopólio da elite branca, interessada na manutenção do prestigio e da estabilidade social. Para a manioria da população mais pobre, o comum era a união simples, considerada ! ilegitima " pelas autoridades ecesiásticas.
A Igreja não via com bons olhos estas relações "ilicitas" pois as considerava desrespeito às normas do sacramento do casamento. Por isso durante os séculos XVII e XVIII, combateu o concumbinato.
O Estado português, porém se mostrou condenscendemntes em relação às uniões consideradas " Ilícitas " pela Igreja. O que interessava as autoridades era a reprodução da forças de trabalho e para tal, não se fazia necessária a legitimação das relaçõesentre homens e uma mulher.
Entretanto, abortos e infanticídios estavam entre as preocupações das autoridades, principalmente porque reduziam " braços " destinados ao trabalho na colônia,
Se por um lado o casamento constituia privilégio de poucos, por outro lado, as separações simples, anulações e até mesmo o divórcio mostravam-se comuns durante o período colonial, indeferente a camada social a que pertenciam os casais em litígio. A decisão dos processos era legalmente tomada pelo Estado e pela Igreja
Os motivos das separações dos casais eram mútiplos, mas de maneira geral, estavam relacionados a adutério, injúrias grave, abandono voluntário do lar e até mesmo incompatilidade de gênios.
"as mulheres brancas, ao contrário de viverem enclausuradas, requisitavam divórcio, exerciam atividades comerciais e até mesmo rompiam com o dircurso oficial do saber e da religião, como era o caso das feitiçeiras e hereges do Nordeste seicentistas "
A ideia do marido dominador e da mulher submissa aparece praticamente em quase toda literatura específica ou romanceadas. Entretanto para entedermos o papel e a situação da mulher durante o período colonial, e necessário abordarmos outro aspecto que dizem respeito ao comportamento feminino.
Muitas mulheres foram enclausuradas, desprezadas, vigiadas, espancadas, perseguidas e até mesmo submissas aos homens.Em contratpartida, várias ragiram às violências que sofriam.
As práticas consideradas mágicas foram uma das maneiras pelas quais as mulheres enfrentaram as contrariedade do cotidiano.Chegaram até mesmo a causa temor entre os homnes. Numa época em que o conhecimento técnico e científico era privilégio de poucos, acreditava-se que as feiticeiras " tinham o poder "de cura" ou o poder sobre o amor e a fertilidade masculinas e feminina através de " porções mágicas".
É importante lembrar que o casamento realizava-se bem cedo, sendo comum para as mulheres, aos 13 e 14 anos. Normalmente não havia namoro e noivado.
Muitas jovens só vieram a conhecer seus maridos à véspera do casamento; outras, ao pé do altar. As famílias pequenas eram raras, sendo comuns as de mais de 10 filhos.
Na família tradicional brasileira , a mulher era mantida em situação de inferioridade e isolamento social..
"O homem era terrivelmente ciumento, enclausurando a mulher . Só excepcionalmente a mulher era apresentada um visitante ou comparecia a sala em que o marido recebia visita de estranhos. Não se ensinava às jovens a ler e escrever, para que não se correspondenssem com seus namorados...Como passeios ou distração, a mulher colonial conhecia apenas ou quase unicamente, a ida à missa e às festas de igreja, ainda assim coberta de pesada mantilha e sempre acompanhada "
O movimento cultural no apogeu do Império
Durante o Império foi consideravel o impacto das ideias vinda da Europa. O advento da República e, posteriormente, a I Guerra Mundial provocaram mudanças profundas, emboras lentas, na organiação familiar, só recentemente a transformação assumiu ritmo acelerado. Em muitas regiões, persistem ainda vestígios da estrutura familia colonial.
É bom que se digue que a organização familiar foi profundamente influenciada pla Igreja Católica
A regulamentação da família
A religião católica, defensora intransigente de uma rígida moral familiar, norteou a primitiva organização da família brasileira.
As leis brasileiras sempre tiveram pela família um respeito incomum, divisando um caráter sagrado no vínculo matriomonial. A Constituição Imperial não tratava do assunto, cuja regulamentação foi feita por decretos. A primeira Constituição republicana restabeleceu apenas, a obrigatoriedade do casamento civil ( art. 72 $ 4 ). Nas Constituições posteriores, os dispositivos relativos a família foram apliados, e o casamento religioso foi equiparado ao civil, oberservadas certas exigências. A Constituição atual reconhece à família o " direito à proteção dos Poderes Públicos " ( art. 175 ). A emenda Constitucional n 9 ( 28-6-77) introduziu o divorcio no Brasil. Diz o seu artigo primeiro:
"O casamento somente poderá ser dissolvido nos casos expressos em lei, desde que haja prévia sepração jucicial, por mais de três anos."
A classes no Brasil
No Brasil colonial:
a)a classes dos senhores, ou classe alta;
b)e a dos escravos, ou classe baixa,
outros afirmam a existência de outra classe no período colonial, que surgiram, mas que não se configuraram a classses definidas como a classe média;
c)a classe média: no sentido atual do termo, formou-se lentamente, com o desenvolvimento das atividades artesanais ( ferreiros, carpinteiros, alfaiates, sapateiros etc.) com o surgimento do pequeno proprietário e do pequeno comerciante, a par de atividades subalternas do funcionalismo público.
d)substituição do trabalho escravo pelo assalariado
e)expansão do serviço público;
f)desenvolvimento urbano
O apogeu no Império foi uma época de transação, progresso e prestígio. Nesta época tambem certas exigências. Na Constituição ocorreram mudanças nos hábitos da sociedade e da cultura.
Na Corte, os sauraus ( reuniões noturnas, onde se dançava ou se recitava) foram perdendo pouco a pouco a antiga importância. As famílias de maior desqtaque decobriam as sensações agradáveis da vida mudanda. Participavam de bailes, concertos e festas. Substituiam o transporte em cadeirinha pelas carruagens e diligências e apreciavam andar a pé pela cidade, olhando as vitirnas das lojas da rua do Ouvidor. No verão, uns iam para Petropólis, enquanto outros permaneciam no Rio de Janeiro onde assistiam às regatas.
Eram essa mesmas famílias que, lotando os teatros São Pedro de Alcantâra e Lírico, aplaudiam as companhias italianas onde ópera ou as representações de João Caetano. Quase sempre, eram os espectadores glosados ( ironizados ) pelos estudantes que também assistiam à Ópera. Dai este versos anônimos:
Sai a turba ( multidão ) cochicando alegremente
Schubert, Haydn, Mendelsohn elogiando
Ma, " in perto " pensa coisa diferentete,
Pos concorda, sem um voto discrepando ( discordante ).
Do concertoi o que deu maior regalo,
Foi o fim, o princípio, o intervalo.
O proprio governo empolgava-swe com a novidade, incentivando artistas e músicos; O compositor Carlos Gomes, autor das óperas O Guaraini, Fosca e O Escravo, dirai mais tarde que:
se não fosse Pedro II, não seria eu Carlos Gomes
Em meados do século, o sorocabano Francisco Adolfo de Varnhagem lançava o primeiro volume da sua História geral do Brasil, obra que renovaria os estudos da história brasileira. Na Corte, circulavam vários jornais como o Jornal do Comércio, o Correio Mercantil e o Diário do Rio de Janeiro, que possuiam correspondentes nas províncias, na Europa e no Rio da Prata.
Nesta mesma época, o Romantismo - movimento literário e artístico surgido na Europa no final do século XVIII - alcançava o seu apogeu no Brasil.
Os jornalistas publicavam em folhetim os capítulos dos romances, como as Memórias de um sargento de Melícias de Manoel Antônio de Almeida.
Em 1857, o Diário do Rio de Janeiro iniciou a publicação de O Guarani, de José de Alencar, provocando vivo entusiasmo na população da Corte e das províncias mais m´próximas. Recordava o visconde de Taunay, que viveu naquela época que
quando a S. Paulo chegava
o correio,
com muitos dias de intervalo,
então reuniam-se
muitos e muitos estudantes
numa república
( nome dado às hospedagens de estudantes ),
em que houvesse qualquer feliz assinante do
" Diário do Rio "
para ouvirem, absortos ( concentrados) e sacudidos, de vez em quando, por um elétrico frêmitos (
vibração), a leitura feita em voz alta por alguns dêles.
Na nova litetura do século XVIII o índio estava se tornando herói, o Romantismo a literatura brasileira, enquanto procurava afirmar os aspectos nacionais do novo país que se formava. O apogeu do Romantismo corresponde, assim, ao apogeu do Império.
As mulheres e os estudantes eram os principais leitores dos primeiros romances brasileiros. Estudantes e mulheres que muitas vezes se tornavam também personagens. Como em A Moreninha, de Joaquim Manuel de Mcedo. Estudantes quase sempre dos cursos jurídicos ( cursos de Direito ) criados por Dom Pedro I, em 1827, em São Paulo e em Olinda ( transferido depois para o Recife ). Depois de formados bacharéis, vinham para a Corte, onde se tornavam famosos e ingressavam na vida política.
Como observara Joaquim Nabuco,
O índio se tornara o herói dos romances de Direito eram as ante-salas da Câmara
O índio se tornara o heróis dos romances de José de Alencar e da poesia de Gonçalves Dias.
Sabe por quê?
A independência criara entre os brasileiros um sentimento nativista, de hostilidade aos portugueses que haviam descoberto e colonizado o Brasil. Naquela ocasião muitos brasileiros trocaram os seus nomes de origem portuguesa por outros de origem tupi, como o futuro visconde de Jequitinhonha que mudou o seu nome de Francisco Gomes Brandrão para Francisco Jê Acaíaba Montezuma.
O que lembra estes nomes?
Assim, o herói do Romantismo brasileiro não podia ser o mesmo herói branco do Romantismo europeu. Como não podia ser também o negro: êle não era natural da América e ainda era escravizados. Restava o índio. Os escritores pintores e músicos da fase romãntica criaram um índio muito diferente do que ele realmmente era
Mas o heróis não era apenas o índio. As intervenções do Império na Bacia Platina criaram novos heróis, como aqueles retratados por Pedro Américo.
Transformado o índio em heróis, o Romantismo popularizou a literatura brasileira, enquanto procurarava afirmar os aspectos nacionais do novo páis aque se formava. O apogeu do Romantismo corresponde, assim, ao apogeu do Império.
Preocupando-se mais com a situação do negro escravizadao, a poesia dse Castro Alves negava o indianismo e pronunciava a decadência da própria monarquia.
Entre 1850 e 1870, o Império brasileiro atingiu o seu apogeu, baseado no trabalho escravo e no café. So o ponto de vista cultural encontrava-se na fase do Romantismo, como ocorria no Estados Unidos e na Europa Ocidental. Esta identidade, entretanto, limitava-se à cultura, pois sob o ponto de vista econômico, essas regiões já se encontravam em plena Revolução Industrial . Ela também não chegara à América espanhola ainda dominada pelos caudilhos, contra os quais o Império fez sucessivas intervenções na Bacia do Prata
Antonio Gonçalves Dias ( 1823- 1864)
Um dos mais importantes poetas da fase romântica, procurou inspirar-se em temas nacionais, valorizando o índio. ´E tido como uma das figuras mais representantativas do indianismo na poesia. As estrófes que se seguem foram retiradas de I-juca-Pirama:
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi;
Sou filho das selvas;
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo;
Da tribo;
Da tribo pujante ( forte );
Que agora anda errante;
Por fado ( destino ) inconstante,
Guerreiro, nasci;
Sou branco, sou forte,Sou filho o Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiro, ouvi.
(Alvaro Lins e Aurelio Buarque de Holanda, Roteiro literário de Portugal e do Brasil, vol 2 pag. 68 )
Se quiser leia atentamente as estrófes de Gonçalves Dias.
1-Consulte um Atlas Histórico e indique a área onde o grupo Tupi se localizava.
2-O guerreiro que está falando é prisioneiro de outros grupos. Diz êle : Sou bravo, sou forte. Voce seria capaz com suas palavras descrever a morte de um bravo guerreiro indígena.
3- Ah não se esquea de ler o I-Juca-Piramana, onde o poeta Gonçalves Dias relatava os preparativos para a morte de um guerreiro.
Antonio de Castro Alves ( 1848-1871), um dos últimos poetas românticos, segundo muitos estudiosos foi influenciado em sua obra por Gonçalves Dias. Enquanto ests último valorizou a figura do índio, Castro Alves preocupou-se com o negro, criticando a escravidão. É de " Tragédia no mar ", também conhecido como "O navio negreiro", que retiramos estas estrofes:
Auriverde pendão ( bandeira) de minha terra
Que a brisa do Brasil beija e balança.
Estandarte ( Bandeira ) que a luz do sol encerra
E as promessas da liberdade após a guerra,
Tu, que da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança,
Antes te houvessem roto ( rasgado ) na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!..
Fatalidade atroz que a mente esmaga!...
Exígue nesta hora o brigue ( embarcação ) imundo
O trilho que Colombo abriu na vaga
Como um íris ( espectro solar ) no pélago ( mar ) profundo!...
...Mas é infâmia demais... Da estérea plaga ( céu)
Levantai-vos heróis do No Mundo...
Andrada! arraca esse perdão dos ares!...
Colombo! fecha a porta dos reus mares!...
Oras!!!
uma pergunta
Você sabe que o tráfico de escravos atrava extinto des 1850, como justifica a insistência de Castro Alves em condenar o tráfico se a poesia foi escrita em 1868?
José Martiniano de Alencar ( 1829-1877)
Quem foi?
a) advogado;
b) jornalista;
c) professor:
d) deputado e ministro da justiça.
Sob o ponto de vista literário é tido como um dos melhores representantes da escola rômantica. Procurou em seus romances reconstituir aspectos de nossa história. É tido como um dos maiores representantes do indianismo na prosa, da qual O Guarani é um exemplo.
Iracema
Trechos extraídos de Contos avulsos
:
Queres ver a elegância fluminense?
Pergunte a um conhecido recém- chegado da província, e que se hospedera sabe onde:
no famoso Hotel da Europa, na própria rua do ouvidor.
Na rua do ouvidor acharás a flor da sociedade,
as senhoras que vêm escolher jóias ao Valais ou sedas à Notre Dame.
os rapazes que vêm conversar de teatros, de salões, de moda e de mulheres.
Queres saber de política?
Terá as notícias mais frescas, das evoluções próximas, dos acontecimentos prováveis,
aqui verás o deputado atual com o deputado que foi,
o ministro defunto e às vezes o ministro vivo.
verás homens de letras
nefociantes da praça.
Queres saber do estado do câmbio?
vai ali ao Jornal do Comércio, que é o Times de cá.
Muitas vezes encontrará um cupê ( carruagem fechada ) , a porta de uma loja de moda: é uma Ninon fluminense.
Poderás ver dentro da loja alguém dizendo galanteio?
Sabe quem?
Pode ser um diplomata
Mas não é somente a sociedade mais elegante do Rio de Janeiro?
Também o operário para aqui, para ter o prazer de comtemplar durante minutos ums destas vidraças rutilantes de riqueza - portanto, meu caro amigo, a riqueza tem isto de bom consigo , - é que a simples vista consola.
(Machado de Assis, Contos avulsos, pag. 237)
Dentre este contexto histórico do Império temo como base:
a) economia: a agricultura
1-na colônia o açúcar
2-o algodão durante a revolução industrial
3-o surto do café
4-a borracha nos fins do Império e alcançou o auge com o desenvolvimento da indústria automobilística na fase da República
5-o Cacau: planta nativa na América, cultivada na Amazônia e sul da Bahia