sábado, 24 de agosto de 2013

CAVALEIROS, IGREJA, DIABO, DEUS, CAMPONESES, NOBRES REIS SACERDOTES, BISPOS
 NA
 IDADE MÉDIA



CAVALEIROS,

 IGREJA
, DIABO, DEUS,
 CAMPONESES, NOBRES REIS SACERDOTES, BISPOS 
NA
 IDADE MÉDIA

A cavalaria exaltava o ideal do cavaleiro  não somente bravo e leal, mas generoso e leal, mas generoso, reverente, bondoso para o pobre e o indefeso, e desdenhoso das vantagens injustas e do ganho sórdido. Mas acima de tudo, o cavaleiro perfeito deveria ser o namorado perfeito.
O ideal cavaleiresco fazia do amor à sua dama um verdadeiro culto, com um complicado cerimonial que o nobre e arrojado moço não deveria esquecer.Dai terem sido as mulheres, no fim da Idade Média, elevadas a uma situação muito mais alta do que a que tinham gozado na Europa durante o início daquele período.
Quem foram os cavaleiros na Idade Média, como viviam como se vestiam, como chegavam a ser cavaleiros:

O cavaleiro era um especialista em armas de combate e de caça e devia manejar todo esses armamento com destreza. Também precisava ter cavalos para a guerra e para as caçadas, parte essencial do seu estilo de vida. Às vezes era detentor de uma extensão de terras, e então  contava com um meio seguro de subsistência, pois vivia do trabalho do camponês nos seus domínios.
Assim podia dedicar-se inteiramente ao treinamento e ao serviço militar.Em outros casos os recursos provinham do seu senhor feudal e não raro se mostravam insuficientes. Mas fosse ele rico ou pobre, a glória, alcançada por um guerreiro era considerada mais importante do que os beneficios que viesse a receber. A vitória nos combates e o reconhecimento dos seus feitos constituíam o prêmio mais cobiçado por um cavaleiro.
N Idade Média, o cavaleiro era um verdadeiro mega star. Ele estraçalhava os corações das donzelas, além de defender os fracos e oprimidos
Outro traço distintivo do cavaleiro era sua moral especifica, baseado na fidelidade do seu senhor. A quebra de juramento de fidelidade constituía falta grave, sujeita a severas punições.
Também fazia parte do código de honra do cavaleiro a luta em defesa dos fracos , dos injustiçados, das viúvas e da Igreja Católica.
A cavalaria representava a continuação da aristocracia guerreira dos povos germânicos. A ela pertenciam desde os reis até os mais pobres combatente que tivesse jurado fidelidade a um senhor feudal. Essa herança germânica que via o guerreiro como o elemento merecedor de maior honra dentro da sociedade, permaceu durante toda a Idade Média.
Os feitos reais ou imaginários de cavaleiros famosos inspiraram romances épicos e as Canções de Gesta, gênero literário popular de base poética surgido na literatura francesa entre os séculos XI e XII, é um longo poema épico narrativo medieval que celebra os feitos de heróis do passado.O principal manuscrito a Canção de Rolando tem um total de 4002 versos.
Assim as canções populares exaltavam os feitos de Carlos Magno, o rei dos francos da dinastia Carolíngia ( sucessora da Merovíngia) que aprofundou o processo da feudalização na Europa ocidental e no ano 800 recebeu do papa a coroa do Império Romano do Ocidente.
Em outros casos, porém a própria existência dos personagens imortalizados nessas criações permanece envolvida em lendas e mitos.
Um exemplo dessa literatura medieval mitológica foram os romances arturianos. As histórias do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda, escrita na segunda metade do século XII, popularizaram as histórias dos cavaleiros medievais, criando personagens como Lancelot, Percival e Tristão.
Por mais de mil anos, desde o século VI, até os séculos XVIII, o rei Artur foi assunto para historiadores e bardos, pintores e escultores.
De origem celta, criou-se em torno dele, na Inglaterra e na França, um riquíssimo acervo de lendas, poemas e objetos de arte, que se difundiu amplamente chegando na Idade Média aterras tão distantes quanto a Ásia e o Egito.
Talvez seja o exemplo mais conhecido de mito medieval que cumpriu em seu tempo, um papel fundamental na estruturação  de valores políticos, psíquicos e sociais, e cujo significado simbólico permanece vivo até hoje.

 IGREJA

Um outro grande personagem medieval, 
foram os religiosos, a instituição chamada IGREJA,
 estes personagens religiosos
 desempenharam um papel essencial na 
"Idade da Fé"
como também ficou conhecido o período medieval. Os mosteiros dos beneditinos e de outras ordens religiosas se multiplicaram.

Neles, 
os monges
 copiavam os manuscritos
 que haviam sobrevivido a desordem das invasões germânicas, ajudando
 a
 preservar a herança cultural greco-romana. 
Enquanto
 as paróquias 
dividiam entre si o território europeu,
 formando uma organização centralizada
 que muitas vezes serviu de apoio a um poder político fragmentado,
 os padres, bispos
 assumiam perante a sociedade
 a função 
de
 servir de intermediários
 entre 
Deus e os homens, 
alimentando o forte sentimento religioso que se difundiu pela vida cotidiana
Por toda Europa reinava apenas uma Igreja: se um homem não era batizado na Igreja, já não era membro da sociedade.
 Quem quer que fosse excomungado pela Igreja 
perdia 
automaticamente
 seus direitos civis e políticos .
Era a Igreja que insistia em recomendar que os pobres não jejuassem quanto os ricos e que proibia o trabalho servil aos domingos. Era a Igreja que prestava serviço social aos pobres.
Durante muito tempo nunca houve outra fonte de educação, além da eclesiástica. E era enorme a autoridade que a Igreja possuía, não só sobre as almas dos homens como também seus negócios.
Nessa intermediação entre Deus e os homens, o clero sempre procurou transformar os terrores do mundo em receios sobre a vida eterna.

O peso da violência, o medo do sexo e da morte, eis alguns ingredientes do período capazes de criar nos indivíduos uma culpa surda de obstáculos à felicidade dos homens. O medo do inferno se revelava mais forte que a crença na salvação: afinal, os diabos são seres terríveis sempre à espreita.
Para conquistar corações e mentes, a Igreja não explorou apenas os temores deste mundo e do além. Santos e anjos foram apresentados como protetores capazes de neutralizar os projetos dos demônios e ao mesmo tempo ajudar as pessoas no seu dia-a-dia, protegendo a saúde de crianças e adultos, favore3cendo, a fertilidade da terra e dos rebanhos e afastando as castástofres da natureza.
Além disso, prática pagãs se mesclaram às práticas cristãs, dando-lhes forte apelo popular e uma nova aparência que subsiste até os dias atuais. Eis alguns exemplos:
O próprio calendário cristão demonstra bem esse sincretismo. No anos de 336 a Igreja fixou o dia 25 de dezembro como data comemorativa do nascimento de Jesus, dando origem à festa de natal. Antes, nessa mesma data comemorava-se o nascimento de Mitra, o deus de origem persa.
O dia da semana em que tradicionalmente se rendia culto ao " Sol Invencível" chamado no paganismo de " dia do Sol", passou a chamar-se domingo, isto é "dia do Senhor" e na nova tradição deveria ser um dia de descanso e orações a Cristo e às coisas sagradas.
Não é a toa, pois que até hoje se fale em fadas, feiticeiras e duendes. Para a Igreja e o Cristianismo são 'erros' superstições. Para as pessoas que crêem ou recorrem a essas entidades, são fontes de fé energia espiritual.
Além disso, deve-se admitir que a Igreja Católica medieval prestava auxílio aos carentes e miseráveis. Por ocasião das festas nos castelos, das guerras ou das pestes, o clero e a nobreza se esmeravam nas distribuição de pães aos famintos.
A caridade podia estar a serviço da ordem feudal. Mas, seja como for, as festividades religiosas representavam um momento de descanso e congregação, suavizando a dura existência da grande massa camponesa.
Entre os entreterimentos mais apreciados por todos os segmentos sociais, de natureza religiosa e por isso mesmo inseridos no calendário litúrgico anual, destacaram-se as comilanças, sempre acompanhadas de bebedeiras.
Esses banquetes essencialmente noturnos, tinham um menu variado, às vezes indigesto e com duvidoso valor protéico, embora um teor calórico muito grande por refeição.
Como entrada havia sopa, cozido de carne com pão molhado, em seguida vinham as carnes e grelhados ( boi, carneiro, porco e caça). Esse conjunto era acompanhado de couve, nabo, rabanete e temperado com alho, cebola, especiarias como pimenta, cominho, cravo, canela, nardo, pimentão amarelo, noz-moscada, tidos como ingredientes que facilitavam a digestão.
Até uma época relativamente avançada na Idade Média, as maneiras da aristocracia feudal não eram de modo algum refinadas e  gentis. A glutonaria era vicio comum, e um beberrão moderno ficaria perpexo à vista da quantidade de vinho e de cerveja consumida durante uma tertúlia num castelo medieval.
Ao jantar todos cortavam a carne com o próprio punhal e comiam com as mãos. Os ossos e os restos eram jogados ao chão para que os cachorros, sempre presentes, os disputassem
As únicas frutas obtidas com abundância eram as maçãs e as peras. Não conheciam, o café nem o chá e tampouco as especiairias, mesmo algum tempo depois estabelecido, o comércio com Oriente. Por fim o açúcar foi introduzido, mas durante muito tempo custou um preço elevado e era tão raro que o vendiam até como droga.
As especiarias serviam como conservantes para melhorar o gosto da carne, que permanecia guardada por muito tempo, e muitas vezes tinha seu gosto alterado pelo início do processo de deteriorização.
Eram esses eventos que uniam amigos e familiares das camadas mais privilegiadas, na maioria das vezes para comemorar alguma graça conquistada.
Juntos agradeciam a Deus a regeneração e a fonte de vida, que eram preocupações constantes na sociedade medieval.
Os pobres tinham de se contentar com uma alimentação muito mais simples. Comiam pão, ovos, queijo e vegetais da própria horta. Uma sopa de ervilhas seca chamada pottage era muito apreciada pelo povo. Algumas família matavam porcos e dependuravam a carne perto de uma fogueira para que fosse defumada e se conservasse por mais tempo durante os rigorosos invernos. Muitos mendigos se amontoavam nas portas das cozinhas, em ocasiões de grandes banquetes, na esperança de conseguir as sobras da mesa do senhor  


OS CAMPONESES



Os camponeses, na base da sociedade feudal, eram a esmagadora maioria da população.Trabalhavam para produzir alimentos para a família e para os senhores e costumavam ajudar-se uns aos outros: aquele que possuía ferramentas, carroças ou arados partilhava-os com os companheiros, visto que as colheitas tinham vital importância para todos.

Ao contrário do escravo que predominou na Antiguidade, que podia ser vendido e não tinha bens, o campones da Alta Idade Média podia contar  com um pedaço de terra para sustentar sua família   e ser proprietário agrícolas e alguns pertences.


Não podia ser vendido, permanecendo  no feudo quando este por qualquer motivo passava a outro senhor.Era o regime da servidão da gleba.

Nem com a maior boa vontade poderia a sorte do camponês medieval ser considerada invejável. Pelo menos durante as estações de plantio e colheita, êle trabalhava do nascer ao pôr do sol e eram poucas as recompensas d~esse trabalho.
Seu lar, em geral era uma cabana miserável, construída de varas trançadas e recobertas de barro. Servia como única saída para a fumaçã um buraco no telhado de palha. O piso era de terra nua, frequentemente fria e encharcada pela chuva e pela neve.
A cama do camponês era uma caixa cheia de palha e a cadeira em que se refestelava, um môcho de três pés
Para o campesinato, o quadro econômico que emergiu após o século V trouxe novos desafios. Áreas que ofereciam poucas possibilidades para   o cultivo tiveram de ser trabalhadas no sentido de tornarem-se férteis e produtivas. Houve também aproveitamento de pântanos e florestas que forneciam frutas silvestres, alimentos para os animais e a madeira necessária para lenha e construções.
Sua alimentação era grosseira e sempre a mesma, constituída de pão preto ou misto, com algumas verduras de sua horta de verão e no outono , queijo e sopa, carne e peixe salgados, que frequentemente eram mal curados e tinham de ser comidos  meios podres.
Sofria fome quindo as colheitas eram más e havia até casos de morte por inanição. Era, é claro invarialmente analfabeto, vítima de temores superstisios.
O peixe dos rios completava a dieta. Também não deve ser esquecida a importância da apicultura para a economia rural, pois o mel já era utilizado como adoçante e a cera, aproveitada na fabricação de velas para a iluminação das igrejas.
Embora a maioria da população vivesse da agricultura ou da criação de animais, existiu   uma incipiente atividade comercial. Portanto não podemos dizer que houve retrocesso a uma economia " natural ". Mas sem dúvida cada feudo produzia o máximo possível para sua subsistência e ocorreu   uma escassez generalizada de moedas, em parte devido à circulação e à tendência ao entesouramento da aristocracia.
Além disso, a distribuição muito desigual da renda gerou um obstáculo ao bom funcionamento de um sistema monetário.
As mulheres desempenharam funções importantes na sociedade medieval. As camponesas auxiliavam sua família nas tarefas agrícolas cotidianas, enquanto as pertencentes às família nobres se encarregavam da tecelagem e da organização da casa, orientando  o trabalho das servas.
Muitas eram artesãs: nos grandes feudos da Alta Idade Média existiam oficinas  de produtos  como pentes, cosméticos, sabão e vestuário com mão-de-obra inteiramente feminina. Mas todas elas, desde as servas até as mulheres da alta nobreza, estavam submetidas a seus pais  e maridos. E a Igreja justificava e favorecia tal dominação, mostrando-se totalmente ao sexo feminino.Tratavam as mulheres com indiferença e algumas vezes com desprezo e brutalidade, pois o mundo, naqueles tempos, pertencia aos homens.Alguns teólogos chegavam a afirmar que a mulher era a maior prova da existência do Diabo



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