domingo, 29 de agosto de 2010

ROMA CIDADE ABERTA

ROMA :
 MONUMENTAL ATÉ AS METRÓPOLES COSMOPOLITAS SURGIDAS ÁS  MARGENS DO RIO TIBRE
O  MUNDO ROMANO

No século IV a.C, extamente quando  o mundo grego, apesar de constituir uma civilização florescente, desmantelava-se como unidade política, um processo oposto ocorria noutra parte da Terra. Na Itália, a unificação política adquiria impeto e um poderoso Império, incluíndo toda a penísula, começava a formar-se. Essa evolução ocorria não entre os colonos gregos da Itália e Sicília que, como se sabe, não foram capazes de manter uma união permanente nem mesmo entre si. Ocorria nas tribos italianas, que há longo tempo mantinham relações com os etruscos e gregos, cuja cultura gradativamente adotaram. Em virtude desse processo de união, a Itália destacou-se rapidamente no panorama político do século IV a. C; e a partir do século II a. C sua participação  nos assuntos públicos do Oriente tornou-se decisiva -- os gregos tinham que se inclinar a sua orientação.
M. ROSTOVTZEFF 
ROMA CIDADE ETERNA


Fundação de Roma
Os romanos contavam que o troiano Enéias ( filho de Anquises e da deusa Vênus ), pudera fugir de Tróia, tomada pelos gregos, em companhia de seu filho Ascánio ( também conhecido por Lulo ).
 
Após muitas aventuras; chegara às praias do Lácio onde fundara a cidade de Lavinium. Seu filho Ascánio reinara, a princípio , em Lavinium, depois fundara Alba; os seus descendentes sucederam-se no trono dessa cidade.
 Essa lenda foi longamente narrada pelo maior poeta latino, Virgílio ( 70-19 a.C. ), no seu poema intitulado Eneida. Em uma passagem desse poema,
 Virgílio mostra Enéias e os seus companheiros presas de uma horrível tempestade e na iminência de perecerem.
 A deusa Vênus,
aterrorizada, implora a seu pai, o rei dos deuses. " QUE CRIME COMETEU O MEU ENÉIAS CONTRA TI, E QUE FIZERAM OS TROIANOS PARA QUE, APÓS TANTA LUTA, PROCURANDO CHEGAR À ITÁLIA, VEJAM TODA A TERRA FECHAR-SE DIANTE DELES?. ENTRETANTO, ERA DELES QUE DEVIA NASCER ROMA. TU O PROMETESTE; QUE TE FÊZ MUDAR, PAI?".
Então Júpiter acalma-a nestes termos:
 " Nada temas; o destino dos teus permanece imutável; como prometi, poderás ver a cidade e as muralhas de Lavinium e transportarás o magnânimo Enéias até o céu estrelado; não, eu não mudei de opinião. Sob os teus
olhos, Enéias na Itália dirigirá rude guerra, aniquilará tribos ferozes; dará aos seus guerreiros muralhas e leis. Depois dele, seu filho Ascânio ( que se chama também Lulo ) deixará Lavinium para estabelecer o seu trono no rochedo de Alba, que ele cercará de sólidas muralhas. A sacerdotisa, de família real, cara a Marte, terá dois filhos gêmeos. Depois Rômulo, por seu turno, perpetuará a raça, erguerá os muros de Marte e dará o seu nome ao povo dos Romanos. Não limito o seu poder nem no tempo nem no espaço; dei-lhes um império sem fim..... 



O COLISEU:
O Anfiteatro Flávio surgia ao centro de um vale entre os montes PALATINO, CÉLIO E ESQUELINO
Coliseu também conhecido com Anfiteatro Falviano, deve seu nome à expressão latina COLOSSEUM ( ou Coliseus, no latim tardio ) devido à Estátua colossal.


UM TRABALHO,
 UMA CONSTRUÇÃO,
SÍMBOLO DO IMPERÍO ROMANO

Dimensões: quase 50 metro de altura, 188 metro de largura
Iniciado pelo imperador Vespasiano, logo após o ano 70 depois de Cristo, o Anfiteatro foi inaugurado no período de Tito, por volta do ano 80, com uma série de cerimônias e de espetáculos que duraram cem dias durante os quais foram assassinados mais de 5.000 feras.
Os 80 arcos dos pisos inferiores eram numerados seguindo uma sequência progressiva e estes números correspondiam aqueles marcados nos bilhetes dos espectadores.
Com o ingresso nas mãos, o público podia entrar no Coliseu, atravessando uma dupla passagem que conduzia diretamente, ou por meio de corredores internos às escadarias que, com mais de 160 saídas chamadas vomitoria, levavam até a arquibancadas
O interior do Coliseu era constituído por uma arena, cujo piso era forrado com um grande tablado de madeira completamente recoberto de areia , ao longo de uma superfície que alcançava 76 metros de comprimento

HOJE APESAR DE ESTAR EM RUÍNAS, E ATÉ SOB AMEAÇA DE DESABAMENTO, O COLISEU GUARDA SUA MAJESTADE.
ANUALMENTE RECEBE MAIS DE 3 MILHÕES DE VISITANTES DENTRO DELE PARA SENTIR UM POUCO DO CLIMA DO MAIS GRANDIOSO ANFITEATRO DA ANTIGUIDADE.

SUA FACHADA IMPRESSIONA PELA RIQUEZA DE ACABAMENTO DE DIFERENTES ESTILOS DE COLUNAS, DÓRICAS, JÕNICAS E CORÍNTIAS.
CADA PISO TINHA 80 ARCOS, CERCA DE 7 METROS DE ALTURA.
A FACHADA DECORADA COM ESTÁTUAS DE BRONZE

AS CONQUISTAS ROMANAS
1-Organização militar
--os  primeiros triunfos de Roma deveram-se ao seu exercíto. Inicilamente, o exercíto possuia as seguintes características:
--era formado por todos os cidadõs válidos;
--não tinha caráter permanentes;
--era comandado pelo rei ( depois pelos cônsules );
 --os propietários eram dispensados do serviço militar;
--a unidade básica era a legião , que se compunha de dez coortes. Cada coorte era constituída de três manípulos que, por sua vez, se constituíam de duas centúrias comandadas por centuriões. Cada seção de dez homens era comandada por um decurião;
 --usavam armas de sítio como torres rodantes, arietes, catapultas e balistas;
 --a disciplina era rigorosa. Os soldados prestavam um juramento solene e obedeciam, incondicionalmente ao chefe. As desobediências mais graves eram punidas com a pena de morte;
--os generais vitoriosos, de acordo com a importância de suas vitórias, recebiam recompensas, que eram chamadas de " triunfo ";
--todos os cidadãos de 17 a 46 anos deviam prestar serviço militar.


DECADÊNCIA DO IMPÉRIO ROMANO
O período do Principado foi uma época de decadência moral. O divórcio tornou-se comum entre as altas classes, que nem mais s comentava.
De acôrdo com os registros havia em Roma durante o reinado de TRAJANO, 32.000 PROSTITUTAS E, A JULGAR PELO TESTEMUNHO DE ALGUNS DOS MAIS FAMOSOS escritores, era muitíssimo comum o homossexualismo e até estava em moda.



Parece que os crimes de violência aumentavam enquanto a corrupção política era submetida a um controle mais severo.
Mas a mais séria acusação moral que se pode fazer contra essa época diz respeito ao desenvolvimento do gosto pela crueldade.
Os grandes jogos e espetáculos tornaram-se mais sanguinários e revoltantes que nunca. Os romanos não achavam mais graça em mera exibições de proezas atléticas; exigia-se até dos pugilistas que enrolassem nas mãos tiras de couro cheias de ferro ou chumbo.
O mais popular de todos os divertimentos, eram os combates de gladiadores no Coliseu ou em outros anfiteatros, capazes de acomodar milhares de espectadores.
As lutas entre gladiadores não eram absolutamente novidade, mas assumiram, então, um caráter muito mais requintado.
Não somente assistia a elas a canalha ignorante, mas também ricos aristocratas e frequentemente o próprio chefe do governo.
Armados de lança ou adaga, os dois gladiadores lutavam com o acompanhamento de gritos selvagens e pragas do público.

Quando um dos combatentes caia ferido, incapaz de prosseguir na luta, era privilégio da multidão decidir se devia ser poupado ou se a adaga adversária devia mergulhar no  seu coração.


No decorrer de um único espetáculo as lutas sucediam uma após a outra. Se arena ficava embebida de sangue, era recoberta com uma camada de areia e o odioso programa continuava.
Grande parte dos gladiadores eram sentenciados ou escravos, mas alguns eram voluntários, pertencentes mesmo a classes respeitáveis.

O imperador Cômodo, indigno filho de Marco Aurélio entrou na arena várias vezes, requestando os aplausos da multidão.

ENQUANTO OS GLADIADORES MORRIAM A AUDIÊNCIA PERMANECIA,SENTADOS EM CADEIRAS CONFORTÁVEIS


Um tanto cruel julgados aos olhos de hoje, de fato é. Mas o sangue de homens e feras derramados no Coliseu era uma tarefa essencial para o imperador.
Os gladiadores eram heróis adorados, apesar de não serem aceitos socialmente.
A emoção  era derramada sobre os espectadores, serás que voce consegue perceber alguma selhança com o futebol do século XXI

Pobreza e insatisfação popular:

O que fazer com tantos cidadão pobres em Roma?
A maioria deles vivia em condições miseráveis, moravam em cortiços, onde a higiene era péssima.
Quando a populaçâo de Roma começou a aumentar, foi colocado em prática a POLÍTICA PÃO E CIRCO.
O Estado fornecia comida ( pão ) e diversão ( circo ).
A comida era vendida por preços mais baixos ou mesmo destiribuída gratuítamente em algumas ocasiões.
O principal alimento fornecido à população era o trigo, que muitas vezes vinha das mais distantes províncias do Império Romano, como o Egito.
E a diversão?
Eram grandes espetáculos, como lutas de gladiadores e as corridas de quadrigas carros puxados por quatro cavalos.
Os gladiadores lutavam não apenas entre si, mas também com animais selvagens, como leões, leopardos e ursos.

PRINCIPADO
Não obstante seu baixo nível moral, a época do Principado caracterizou-se por um interesse ainda mais profundo pelas religiões salvadoras.
O mitraísmo conquistou nessa época milhares de adeptos, absorvendo a maioria dos devotos da DEUSA-MÃE E DE ÍSIS E SARÁPIS.
O mitraísmo foi uma religião de mistérios, nascida na época helenística provavelmente no século II a.C. tendo se difundido nos séculos seguintes pelo Império Romano. O mitraísmo recebeu em particular aderência dos soldados romanos.



Aproximadamente em 40 d.C apareceram em Roma os primeiros cristãos.
A nova seita cresceu rapidamente e conseguiu por fim derrubar o mitraismo de sua posição de mais popular dos cultos.
Durante algum tempo o governo romano não se mostrou mais hostil em relação ao cristianismo do que fora com as outras religiões místicas.
Devido ao seu interesse pelas coisas extraterrenas e a sua recusa aos juramentos costumeiros nos tribunais ou a participar da religião cívica, os cristãos eram considerados com cidadãos desleais.e elementos perigosos.
Além disso seus ideais de humildade e de não resistência, sua pregação contra os ricos e os costumes de celebrar reuniões que pareciam secretas fizeram com que os romanos suspeitassem deles como inimigos.
Por fim a perseguição tornou-se contrapoducente. Intensificou o zelo dos que sobreviveram, resultando daí que a nova fé se espalhou mais rapidamente do que nunca.

O CRISTIANISMO.

No início do Alto Império surgiu no Oriente, na Palestina uma nova religião monoteísta: O CRISTIANISMO.
A Palestina habitada pelos judeus, era um dos domínios do Império Romano.
O cristianismos se originou de outra religião monoteísta, o Judaísmo, sob influência da crença judaica na vinda de Messias.
Os cristãos, ao contrário da maioria dos judeus, acreditavam que o Messias anunciado pelos,profetas já havia chegado a Terra e seu nome era Jesus.

JESUS:
Também chamado Cristo ( em grego, Messias ), foi praticamente desconhecido em sua época.
O que se sabe sobre ele esta contido no Novo Testamento, a segunda parte da Bíblia, onde os Evangelhos narram sua vida, paixão e morte.
Os Evangelhos foram escritos por quatro apóstolos - MATEUS, MARCOS, LUCAS E JOÃO ENTRE 70 e 90 da era cristã.
Segundo eles, Jesus nasceu na cidade de Belém, situada na Judeia, próxima a Jerusalém, durante o principado de Augusto.
Sua juventude transcorreu na cidade de Nazaré, na região da Galiléia.
Jesus iniciou suas pregações religiosas aos 30 anos, no governo de Tibério;.
A fase inicial do cristianismo foi marcado pelo seu surgimento como uma dissidência religiosa do Judaísmo e pela sua difusão pelo mundo romano através das obras dos apóstolos.
A repressão ao Cristianismo começou ainda no século I da Era Cristã, no governo da Dinastia Julío-Claudiana. No ano 64, o imperador Nero desencadeou a primeira perseguição ao cristianismo, responsabilizando os cristãos pelo incêndio de Roma.
Os séculos II e III foram marcadas por novas perseguições ao cristianismo, destacando-se pela violência e crueldade, aquelas movidas pelos imperadores Décio e Valeriano.
A última das grandes perseguições ocorreu entre 303 e 311, no governo de Diocleciano.
A causa principal dessas sangrentas perseguições se devia , em última instancia, ao caráter monoteístas do Cristianismo.
Baseados na crença da existência de um único Deus, os cristãos se recusavam a reconhecer os deuses oficias do politeísmo romano. e se negavam  a prestar culto imperial, que consistia na adoração dos imperadores como verdadeiros deuses.
Conferindo aos césares uma condição divina, o culto imperial era a legitimação religiosa do despotismo dos soberanos, e sua contestação tinha um carater revolucionário.

POLÊMICA CRISTÃ
Não há consenso entre os historiadores se o Coliseu  foi usado para sacrifícios quando este eram perseguidos pelos romanos.
Essa versão foi sustentada pela Igreja Católica, mas não há provas conclusivas de que os martírios de fato aconteceram no anfiteatro.

O calendário ocidental

O calendário mais utilizado no Ocidente é o gregoriano , também chamado de cristão. Ele foi aprovado oficialmente pelo papa Gregório XIII em 1582, substituindo o calendário juliano do qual se originou. No calendário juliano foram feitos pequenos ajustes para diminuir a diferença que ainda existiria entre o ano astronômicoe a duração dos dias, meses e anos.
" Por volta de 50 a.C (...) , A República Romana conduzida por Julio César, estava se tranformando em Império. Dentre    as várias inovações administrativas introduzidas por César, uma foi a criação de um novo calendário, em 45 a.C, que ficou conhecido como calendário juliano.
Até esse ano, Roma adotava o ano de 360 dias, com 12 meses de trinta dias (...) essa contagem apresentava um erro de cinco dias por ano; para corrigir esse erro, os romanos introduziram, de acordo com a necessidade, um mês extra no fim do ano (...).
Aconselhado por astrônomos, Júlio César abandonou o mês de trinta dias, que ainda era um resquicío do ciclo da Lua e criou um novo calendário, totalmente baseado no Sol (...) , no qual os anos tinham 365 dias, exceto um ano em cada quatro, que tinha 366 dias (...).
Se o ano de 365 dias fosse dividido em 12 meses iguais, cada mês teria 30,4 dias. Para evitar esse problema; Júlio César estabeleceu que os meses teriam alternadamente 31 e 30 dias, começando em 31
Dessa forma, somando-se oas 11 primeiros meses, chegava-se a 336 dias, restando 29 dias para completar o ano de 365 dias. Ficou então estabelecido que o último mês do ano teria 29 dias e, nos bissextos, 30 dias.
O sistema criado por César era fácil de utilizar e de memorizar, começava com um mês de 31 dias, depois  vinha um de 30 dias, um de 31 dias, e assim alternadamente, até que o último tinha duração variável. Infelismente, alguns anos depois, essa solução foi estragada por interesses políticos. O problema surgiu com a prática de homenagear deuses e imperadores dando seus nomes aos meses do ano. O primeiro mês recebeu o nome de Marte

( surgindo o mês de março ) , o quarto mês recebeu o nomes da deusa Juno, e assim por diante.

Ao próprio Júlio César coube o quinto mês, que até hoje se chama julho

Com a morte de Júlio César, assumiu o poder de imperador Augusto, que foi homenageado com o mês seguinte ( agosto ).
No entanto, algum bajulador notou que o mês de Júlio César tinha 31 dias, enquanto o mês de Augusto tinha somente 30 dias. Fez-se, então, uma alteração no calendário: o mês de agosto ganhou um dia, roubado de fevereiro, que passou a ter 28 e 29 dias.
Isso trouxe um problema: uma sucessão de três meses de 31 dias - JULHO, AGOSTO e SETEMBRO. Para evitar isso, alteraram-se todos os meses, de setembro a dezembro (...).
Como os cônsules, eleitos com o mandato de um ano, tomavam posse em 1 de janeiro, essa data passou a marcar o início do ano, prática que se estende até hoje "
CHIQUETO, Marcos José, Breve história da medida do tempo. 
 
Importante enfatizar que o calendário juliano que não começava em janeiro. O primeiro mês do calendário juliano correspondia ao atual mês de março do nosso calendário. Para os romanos, o começo do ano coincidia com o início da primavera no Hemisfério Norte, no mês de março.
No princípio os meses   foram nomeados para homenagear deuses e festividades romanos, como fevereiro (Februa, festas da purificação, março ( deus Marte ) junho ( deusa Juno ) etc. Alguns meses como setembro, outubro, novembro e dezembro, ganaharam esses nomes por serem, respectivamente, o sétimo, o oitavo, o nono e o décimo mês do ano. Os nomes de outros meses foram homenagens a alguns imperadores , como julho ( Júlio César ) e agosto ( Augusto ). 

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