sexta-feira, 29 de julho de 2011

Aventureiros dos setes mares " EL LEVANTE POR EL POENTE"

OS AVENTUREIROS DOS SETE MARES
NAVEGAR É PRECISO


























A viagem de Colombo:


Cristovão Colombo apostou sua sorte na convicção de que era possível viajar até as Índias pelo oeste, acreditando que havia uma reduzida porção de oceano separando a Espanha da Ásia. Através dessa idéia errada, o navegador genovês abriu o ciclo dos grandes descobrimentos, permitindo que pela primeira vez, toda a humanidade pudesse se confraternizar. Ele deu o primeiro passo no processo de civilização de um imenso continente habitado apenas por indígenas . A descoberta do Novo Mundo permitiu à Europa distender seus músculos, alargar suas fronteiras geográficas, dar impulso a uma revolução cietífica e econômica sem precedentes ha História e, pouco mais tarde, tentar o transplante de seu modelo para as colônias americanas.

No final do século XV, um genovês tinha uma ideia ousada: chegar às Índias , navegando em direção ao Ocidente, isto é, atravessando o Mar Tenebroso ( hoje Oceano Atlântico).

Seu nome era Cristovão Colombo.
Havia muito tempo que os comerciantes espanhóis de Sevilha comerciavam com as cidades italianas, principalmente com Gênova, e por isso também se interessavam pelos produtos vindos do Oriente.
Quando Cristovão Colombo chegou à Espanha com seus planos, que haviam sido recusados em Portugal, os comerciantes sevilhanos acreditavam nele e incentivaram os reis católicos ( Isabel de Leão e Castela e Fernão de Aragão e Navarra ) a poíá-lo. Os espanhóis também pretendiam encontrar um caminho inteiramente até o Oriente, para não mais dependerem dos comerciantes italianos.
Após obter os recursos financeiros necessários, Colombo partiu do porto de Palos, comandando três naus: Santa Maria, Pinta e Nina.
Após atravessar o Oceano Atlântico, no dia 12 de outubro de 1492, ele avistou terras e indivíduos, a quem chamou de " índios "
" Por que Colombo assim denominou os habitantes da terra descoberta?. Como foi posteriormente denominada a região descoberta?

Colombo foi um dos primeiros navegadores a fantasiar a descoberta do que seria a América. Acreditava que o seu empreendimento abriria as portas para o paraíso. Em um trecho de sua carta afirmava:  " As escrituras dizem que no paraíso terrestre cresce a árvore da vida, e dela flui uma nascente que dá origem a quatro grandes rios, o Ganges, o Tigre, o Eufrates e o Nilo. O paraíso terrestre, que só se pode alcançar por vontade divina, fica no fim do Oriente. É neste lugar que estamos". Essa concepção foi absorvida por inúmeros cronistas e viajantes, principalmente espanhóis que acreditavam na verocidade de seus relatos.

PROCURA-SE UMA PASSAGEM.
Tempos difícies
Navegar é preciso

OS PERIGOS DA TRAVESSIA:
Os homens que se lançavam  aos mares tinham que possuir um coração reforçado com um bronze tríplice. De boca em boca corriam narrativas de espantar: no equador, existia uma zona de águas ferventes, pedras de imãs atraiam os navios para o fundo  das águas, animais terríveis e fantásticos ficavam a espreita dos barcos e marinheiros. Os terrores atenuaram-se com a experiência, mas restavam os perigos reais: tempestades, vagalhões altos como casas de seis andares, no Cabo da Boa Esperança, que ameaçavam engolir embaracações de madeira de porte de um pequeno torpedeiro, riscos de fome nas travessias de duração sempre incerta com navios a vista e com capitães que perdiam sua longitude, má alimentação de carne salgada, peixes salgados, ervilhas e favas, pão embolorado e cheio de vermes, água escura e nauseabunda dos trópicos, que cobriam o corpo de pústulas e enchiam as roupas de vermes, doenças de toda espécie, escorbuto, varicela, tifo. Rara era a semana quem um ou dois cadáveres não fossem lançados ao mar. Só esta inquietude, que lança o europeu sempre mais longe, permitiu enfrentar tais riscos de morte.
(Os séculos XVI e XVIII- A Europa e o Mundo)

Navegações espanholas

Quando, no ano de 1513 , Vasco Nunes Balboa, após atravessar o istmo do Panamá , avistou o mar do Sul ou Oceano Pacífico, acabaram-se todas a dúvidas quanto ao fato das descobertas realizadas por Colombo a continuação das Índias ou um  continente novo.
A descoberta de Balboa mostrava aos europeus um continente novo e aos espanhóis um obstáculo a mais no caminho para as Índias.
Era preciso recomeçar a tarefa de Colombo: alcançar o Oriente navegando para Ocidente..... mas contornando a América.
Desde então, partiram expedições de vários países europeus em busca de uma passagem que unisse os oceanos Atlântico e Pacífico, possibilitando outro caminho, também inteiramente marítimo, até as Índias.
Sebastião e João Caboto, Jacques Cartier e muitos outros procuraram, sem resultado, uma passagem ao norte. Ela foi descoberta ao sul pela expedição de um navegador português a serviço da Espanha: Fernão de Magalhães.
Após atravessar o estreito que, no sul da América do Sul, une os dois oceanos e hoje guarda o seu nome, ele prosseguiu em direção às ilhas que mais tarde foram chamadas Filipinas, onde foi morto pelos nativos. Sob o comando de Sebastião El Cano, a expedição prosseguiu passando pelas Molucas e alcançando a Espanha. Completava-se a primeira viagem de circunavegação ( 1519-1522 ).
A abertura de um novo caminho até o arquipélago das Molucas -- as ilhas das Especiarias  -- ameaçava o monopólio português no Oriente. Como o Tratado de Tordesilhas não fora ainda demarcado, não se sabia se as ilhas  pertenciam a Portugal ou à Espanha. Querendo ter o controle total do comércio dos produtos orientais, D. João III propôs a Carlos V,  rei da Espanha, que lhe vendesse esse arquipélago.
 Em 1529 foi negociada a Capitulação de Saragoça, na qual Portugal comprava da Espanha os direitos sobre as Ilhas das Especiarias.











terça-feira, 19 de julho de 2011

SÉCULO XV GRANDES POTENCIAS :ERA DA EXPANSÄO MARÏTIMA

 
  Globo terrestre construído pelo geográfo e navegador alemão Martin Behaim, entre 1490 e 1492

Século XV, objetivo dos europeus era a expansão marítima européia.
Como tudo isso aconteceu?
Como seria uma viagem nesta época?
Como seria as naus de Cristo?
O que carregavam os europeus em suas caravelas?
Porque eram chamada de caravelas de Cristo?

Puxa
quantas perguntas;
 quanta curiosidade, 
quanta vontade de aprender e de entender!
CHEGA ?

VAMOS AO QUE INTERESSA!
Século XV: grandes potencias: Portugal, Espanha, França, etc
 
É bom lembrar que desde a época das cruzadas, os europeus consumiam os produtos vindo dos Oriente, que era denominado de Índias (China. Japão e a própria Índia) 



Puxa vida quantas mercadorias os europeus consumiam e que não existiam na Europa:
a)tecidos de seda;
b)tecidos de algodão;
c)porcelanas chinesas;
d)tapetes persas;
e)frutas sêcas;
f)cravo;
g)canela;
h)nós-moscadas;
As especiarias eram plantas aromáticas que serviam para medicamentos ou para temperar e conservar os alimentos.
Puxa quanta coisa que vinha do oriente para abastecer os mais nobres pois estes produtos custavam muito , pois até chegarem às mãos dos seus consumidores passavam pelas de muitos mercadores, portanto não era qualquer pessoa que podia dar-se o luxo em adquiri-las.
Estes artigos eram distribuídos na Europa pelos comerciantes das cidades italianas, que alias monopolizavam o comércio no mar Mediterrâneo
Em meados do século XV,  estes produtos estavam custando ainda mais caro, porque as conquistas realizadas pelos turcos otomanos no Mediterrâneo oriental estavam dificultando o comércio.
 
Estas  conquistas territoriais atingiram o seu ponto culminante com a tomada de Constantinopla, em 1453.
Os turcos não interromperam o comércio, mas cada vez mais exigiam mais ouro e prata por uma quantidade menor de especiarias.
E tudo isso acontecia numa época em que as minas européias de metais preciosos começavam a se esgotar.
O comércio da Europa ocidental com o Oriente estava ameaçado de paralisação. E ameaçado estava também o cristianismo, porque os turcos se tinham convertido à religião muçulmana. 

A solução para tais problemas seria encontrar um novo caminho para o Oriente, pois o caminho pelo mar Mediterrâneo estava dificultado a leste.

Se os europeus descobrissem uma nova rota, poderiam:
a)comprar as especiarias bem mais baratas;
b)poderiam ainda atacar  os turcos pelas costas
Pois reuniriam suas forças militares às de Preste João, um soberano cristão que diziam viver na África , num ponto ignorado.
Para fazer tudo isso, era preciso navegar pelo Mar Tenebroso ( Oceano Atlântico ), o que era muito arriscado.
Imagine o pensamento europeu no final  da Idade Média, onde a igreja manipulava e conduzia as mentes fieis existentes no continente Europeu.
Na Europa, circulava muitas lendas a respeito de riquezas fabulosas no Oriente , divulgadas por viajantes que lá haviam estado, como Marco Polo.
 Caravana de Marco Polo
Existiam, também, muitas outras lendas a respeito dos perigos do Mar Tenebroso, geralmente contados pelos próprios navegadores.
 
Os europeus tinham que ultrapassar várias barreiras?
Quais seriam estas barreiras?
Oras a Europa estava mudando, nova mentalidade, novos conhecimentos, havia um conjuntos de inovações que ocorriam nesta época e que davam maior confiança aos homens europeus:
a)o aparecimento do canhão
b)e do arcabuz

Estava mudando a maneira de guerrear, agora de nada mais servia as pesadas aramaduras medievais?
c)o aperfeiçoamento da bússola;
 d)o aparecimento da caravela;
e)maior precisão dos mapas;
 f)e cartas geográficas.
 Com todos esses novos conhecimentos foi oferecido melhores condições de navegação aos comerciantes aventureiros.
Aliás, em 1454, após várias experiências, Guttenberg conseguiu imprimir o primeiro livro, foi o surgimento da Imprensa e a possibilidade de divulgar com maior rapidez os novos conhecimentos científicos.
  Oficina tipográfica, no início do século XVI

Hum os tempos estavam mudando: ERA A IDADE MODERNA QUE SE INICIAVA

Tudo isso poderia ajudar as barreiras existentes: O mar Tenebroso?

A quem caberia essa façanha?

É claro a Portugal.

Mas porque?

Porque a muito que os portugueses navegavam, explorando o litoral africano, sob a proteção do rei e o incentivo da Igreja.
Mas foram os portugueses os primeiros a enfrentar o Mar Tenebroso

E LÁ VÃO AS CARAVELAS DE CRISTO?

Duzentas caravelas, carregando guerreiros portuguêses e trazendo nas velas a cruz da Ordem de Cristo, aproximavam-se de Ceuta em 1415, com o objetivo de tomá-las aos mouros ( população branca muçulmana que ocupava o norte da África).
A CONQUISTA REPRESENTAVA:
a)a divulgação do cristianismo;
b)a posse de novas terras;
c)a obtenção de novas mercadorias (sedas, trigo, marfim etc );
d)representava também o fortalecimento do rei.

Portanto as causas da tomada de Ceuta foram as mesmas que motivaram a expansão marítima que se iniciva.
É importante ressaltar que observando o mapa das Viagens de Descobrimentos podemos observar as etapas da expansão árítima ibérica.
Então os portugueses iam, inicialmente, buscar:
a)marfim;
 
b)ouro;
 
c)pimenta malagueta;
 d)escravos negros e muitos outros produtos no litoral africano, banhado pelo Oceano Atlântico.
 A medida que iam conquistando, construiam feitorias , isto é, armazéns fortificados que serviam para guardar o produto até a chegada de outros navios.
Onde eram esses locais?
a)Costa de Marfim;
b)Costa do Ouro;
c)São Jorge da Mina.

Quase ao mesmo tempo, outras expedições iam ocupando as:
a)ilhas da Madeira;
b)Açores;
c)e Cabo Verde.
Por não encontrarem neste locais produtos prontos para o comércio, os portugueses foram obrigados a colonizá-las. Colonizar quer dizer povoar uma nova região, realizando uma atividade econômica. Nas ilhas, os colonos portuguêses plantaram cana-de-açúcar, utilizando-se do trabalho escravo do negro.
A venda do açúcar pelos mercadores na Europa da muitos lucros a Portugal. Por esta razão, o rei tentou repetir, um século depois, este tipo de colonização no Brasil..
Os interesses dos comerciantes, da nobreza, e do rei tinham permitido a chegada as Índias por um caminho marítimo, com a ajuda preciosa da Escola de Sagres.
Imagine a importância da Escola de Sagres para as grande navegações, como hoje o envio de naves espaciais ao espaço.
 
Imagine a aparelhagem necessária para o envio de uma nave espacial? Aquele conjunto de máquinas, aparelhos e técnicos, recebe o nome de " centro espacial". Ali são realizados todos os planos e cálculos necessários para o envio de uma astronave.
No século XV a Escola de Sagres, que foi criada pelo Infante D. Henrique, em 1416, ocorria algo parecido. La estavam astrônomos, pilotos, cartógrafos, navegadores reunidos naquele " centro náutico " para preparar novas expedições e resolver as dificuldades náuticas que surgiam frequentemente.
O desenvolvimento técnico foi muito importante para o progresso, por isso o Infante D. Henrique se interessou em dar início ao estudo da Matemática na universidade de Coimbra.
É importante lembrar que em cada  época histórica a técnica utilizada pelo homem, para alcançar seus objetivos, está ligada ao conjunto de seus conhecimentos.










domingo, 17 de julho de 2011

ELA: Elis


Foi a mais irreverente de todas
A maior das estrelas do universo, verde amarelo
Irriquieta, conflitante, confiante de seus passos e compassos
Os sonhos mais lindos vividos sob a égide da voz
Cantou a sorte, a morte
Arrastou multidões num palco sem fim
A força da águas de março, do fim do caminho

LC/


quinta-feira, 14 de julho de 2011

CASTELOS MEDIEVAIS

CASTELOS MEDIEVAIS


Os primeiros castelos surgidos na época carolíngia, eram feitos de madeira, protegidos por uma ou duas paliçadas e erguidos em terrenos elevados. Em volta dos castelos cavava-se geralmente um fosso preenchido com água, a fim de dificultar a penetração do inimigo durante uma invasão.
A partir do século X, os castelos começaram a mudar: suas muralhas ficaram mais altas; os fossos, mais profundos;e, o que é mais importante, o principal material usado em sua construção deixou de ser a madeira e passou a ser a pedra.
Em torno dos castelos erguiam-se muralhas protegidas por torres, onde ficavam posicionados os vigias e os arqueiros. As muralhas externas era formada por muros contínuos, com altura entre seis a dez metros e espessura entre um equatro metros. Já as torres eram, geralmente, dois ou três metros mais altas do que os muros; as maiores e mais reforçadas ficavam ao lado da grande porta de entrada do castelo. Em caso de invasõ, todos os habitantes do feudo buscavam abrigo dentro das muralhas do castelo.
O castelo era, ao mesmo tempo, moradia e fortaleza não somente de reis ou principes, mas também de duques, condes ou marqueses. La o senhor vivia com sua família recebia convidados e estabelecia alianças com seus pares.
Conquistar um castelo não era tarefa fácial. O ataque seguia geralmente os seguintes passos: inicialmente cercava-se o castelo com o objetivo de impedir sua comunicação com o exterior e intimidar os habitantes. Depois jogava-se entulho num ponto do fosso com menos água a fim de conseguir acesso à muralha externa. Enquanto isso, atacava-se a população do castelo, com armas como a besta e a catapulta, a fim de ir minando sua resistência.


era possível arremesar pedras pesadas e dardos flamejantes


A besta era uma arma que permitia lançar dardos ( cujas pontas eram cobertas com trapos em chamas) sucessivamente e com grande rapidez.
Ao menor sinal de perigo, um vigia posicionado na torre mais alta dava o alerta tocando uma trombeta ou emitindo rolos de fumaça. A população do castelo então se mobilizava imediatamente para a defesa. Uma das primeiras providências era erguer a ponte levadiça ( ponte feita de madeira e aparelhada com ferro, a única via de acesso ao castelo). A seguir, os defensores do castelo se posicionavam para a contraofensiva; pelas seteiras ( aberturas estreitas ao longo da muralha),  os arqueiros atiravam flechas contra o adversário, de dentro do castelo, sem correr o risco de ser atingido; outros defensores corriam pelo alto das grossas muralhas e respondiam ao ataque atirando flechas e dardos flamejante.
O castelo possuía uma única grande porta fortificada, laedeada por duas altas torres e protegidas por grande levadiça ( grade formada por toras de madeira cruzadas e reforçadas por peças de ferro). Quando os inimigos conseguiam atravessar o fosso, a grade era baixada rapidamente, e os defensores do castelo escoravam os batentes da porta para tentar resistir aos golpes de ariete ( tronco de madeira pesada com ponta recoberta de ferro usado para romper portas de fortaleza). Apesar de todas essas proteções, a grande porta era o local mais vulnerável da fortaleza; era o local por onde o inimigo quando conseguia- penetrava o castelo.

grade levadiça

Ariete

Nessas habitações, a mobília é rara.
Esta se limita a bancos, mesas, armários sem portas, tábuas de cama. Entretanto, os cômodos não parecem estar nus ou vazios, pois os acessórios têxteis dão calor e vida: almofadas, cortinas, tapetes de mesa, jogos de tapeçaria.
O castelo do final da Idade Média é mais aberto ao exterior e os cômodos são iluminados durante o dia por verdadeiras janelas.
À  noite, a iluminação continua fraca, assegurada por poucas lâmpadas a óleo ou por velas de sebo.
O abastecimento de água permanece um problema mal resolvido, mas ao qual se tenta fornecer soluções cavando poços ás vezes muito profundos dada a localização elevada dos castelos.
Enfim, não poderíamos esquecer o jardim fechado; ou o pomar, é no frescor do jardim e em meio às flores, mais do que no interior dos cômodos, que elas situam os encontros e as alegres conversas, e fazem do jardim o lugar onde se encontram todos os amantes.





sábado, 9 de julho de 2011

NA ERA DO RÁDIO

NA ERA DO RÁDIO



Nos anos 30 e 40 a vida cultural do país foi intensa
No setor das artes plásticas, descaram-se pintores como Di Cavalcanti , Alfredo Volpi e Lasar Segall.
 

 




Na literatura, importantes obras foram lançadas como; Vida secas, de Graciliano Ramos, A  estrela sobe, de Marques Rebelo, Perto do Coração selvagem de Clarice Lispector, Terras do sem fim e O cavaleiro da esperança de Jorge Amado.
O rádio, paixão nacional desde as primeiras décadas do século XX, tornou-se um importante veículo de comunicação. Pelas ondas do rádio, as vozes de Orlando Silva, Francisco Alves, Vicente Celestino, Carmem Miranda   e muitos outros cantores e cantoras chegavam aos lares brasileiros; o mesmo caminho seguiam as notícias divulgadas através do Repórter Esso e do programa oficial Hora do Brasil, usado insistentemente na propaganda e veiculação das ideias e interesses do regime






O samba desceu o morro e começou a ser valorizado, graças ao rádio e aos desfiles de escolas de samba oficializados nas avenidas.

Carmem Miranda tornou-se a grande responsável pela divulgação da música brasileira nos Estados Unidos.

O compositor Ari Barroso também fez sucesso com sua Aquarela do Brasil, quando Walt Disney a escolheu para musicar o filme Saludos Amigos (Alô amigos).

esta novela ficou 3 anos no ar: Em busca da felicidade
E a Rádio Nacional descobriu um filão quando colocou no ar uma das futuras paixões nacionais, a novela Em busca da felicidade. 
O cinema, cada vez mais popular, celebrava os mitos de Hollywood. Paralelamente, a criação do Instituto Nacional do Cinema (INC) obrigou a apresentação de pelo menos um filme nacional por ano nas telas de projeção, o que contribuiu para o nascimento de companhias como Atlântica e Cinédia.
O teatro de revista com suas vedetes foi outra forma de diversão típica do período, assim como os cassinos.
Entretanto, já se ouviam rumores contra a ditadura: 'Um povo reduzido ao silêncio e privado da faculdade de pensar e opinar é um organismo corroído". (Manifesto dos Mineiros pela democratização, outubro de 1943).

A época de ouro.
A partir de 1920, firmou-se um modelo brasileiro de teatro de revista onde estavam reunidos a crítica política e social, o destaque ás mulheres bonitas e elementos da cultura nacional.
Com frequência, apareciam em cenas personagens que representavam figuras tipicamente brasileiras, como a mulata, o caipira, o sambista, o carioca, o nordestino e o gaucho. O carnaval foi um tema muito abordado. Os problemas urbanos, como o transporte, as condições de moradia e de trabalho, também eram comentados pelo teatro de revista. O país passava por um período de intensa urbanização e industrialização, que despertava na população sentimentos nacionalistas e de modernização. As revistas tratavam disso.
O teatro de revista brasileiro influenciou os usos e os costumes de diversas gerações. Ele esteve sempre vinculado à realidade social, econômica e cultural, e foi um de seus melhores retratos.

Brilharam as vedetes
No auge do teatro de revista, quando a atenção estava voltada à beleza do corpo feminino, as atrizes desse gênero de teatro, as vedetes, brilharam.
A popularidade de muitas delas ultrapassou a dos comediantes. Havia gente que frequentava o teatro só para vê-las.
Nos cartazes de propaganda, seus nomes eram destacados e autores criavam quadros especificamente para essa ou aquela vedete.
Margarida Max, Otília Amorim e Aracy Cortes, entre outras, deslumbravam as platéias com seus desempenho no palco, sua graça e beleza.


Oscarito
Apesar da popularidade das vedetes, o comediante era também indispensável para o sucesso da revista.
Muitos comediantes se destacaram pela capacidade humorística e pelo poder de criar caricaturas de figuras políticas importantes.
Getúlio Vargas possivelmente o chefe de governo mais satirizado nos palcos teatrais, principalmente antes da ditadura do Estado Novo.
Na maioria das revistas havia referência diretas ou indiretas a Getúlio ou a sua política.
Em Calma Gegê, peça de 1932, havia sátira já no próprio nome da revista, pois Gegê era o apelido popular de Getúlio Vargas. esta peça contou no elenco com a grande vedete Otília Amorim e foi a estréia de Oscarito.
Rumo ao Catet é a mais famosa revista de crítica a política brasileira. Ela foi montada em 1937 por Freire Junior, Custódio de Mesquita, Mário Lago e Luiz Iglesia e lançada pouco antes da instituição do Estado Novo.
Entre os comediantes do início do século XX estavam Mesquitinha , Silva Filho, Palitos e Pedro Dias.
Outros, célebres na época de ouro da revista e que também levaram o seu talento para o cinema e a televisão, são Oscarito e Grande Otelo.

Os anos dourados

O final dos anos 40 e os anos 50 foram precurssores das transformações de comportamento e de valores que marcaram os anos 60 no mundo inteiro.
No Brasil, os hábitos mudaram graças ao desenvolvimento das indústrias de bens de consumo duráveis, Arno, Walita, General Eletric, Goodyear, Pirelli, Dunlop, Esso, Volkswagem, Coca Cola, essas e outras marcas de produtos de origem européia ou norte-americana ajudaram a mudar os costumes dos brasileiros.
Popularizado através do crediário e da propaganda de TV, o consumo tornou-se realidade os sonhos inspirados no American way of life.
O país saia da era do rádio para se assentar à frente daquele que se transformou no mais importante meio de comunicação de massas, o televisor.
A televisão passou a exercer um enorme poder sobre as pessoas. O modo como nos comportamos, nos vestimos, nos alimentamos, nossas opiniões e nossas preferências sobre esportes, política, religião, tudo que relaciona à vida em sociedade, é influenciado  pela televisão.
A TV Tupi seduzia os espectador4es com as maravilhas modernas anunciadas por uma nova personagem, a garota-propaganda, nos interlavos comerciais de programas como "Alô Doçura". O Repórter Esso tornou-se sinônimo de informação enquanto Almoço com as Estrelas e o Céu é o Limite iluminavam os novos artistas que osfucavam os astros do rádio.
Nas telas do cinema estrelas como Marilyn Monroe, Marlon Brando e James Dean ditaram os novos modelos de comportamentos da juventude em contrapartida, as companhia de cinema brasileiras lançavam astros como Anselmo Duarte, Tonia Carrero etc.
Surgem novos gêneros musicais, de um lado o rock an roll nas vozes de Bill Halley e Elvis Presley; no Brasil: João Gilberto, Roberto Menescal, Carlinhos Lyra, Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Morais, Johnny Alf, Silvia Teles, Nara Leão e muitos outros iniciaram uma nova etapa da música popular brasileira a Bossa Nova
Nos "anos dourados", os grandes centros urbanos sofreram transformações que jamais teriam volta. As mulheres se engajaram maciçamente no mercado de trabalho, os carros se tornaram símbolos de liberdade para os jovens e para as famílias que já podiam vencer longas distancias que separavam locais de moradia, de trabalho e de lazer.
Ao mesmo tempo os transportes coletivos se abarrotavam de pessoas que iam para o trabalho, para as escolas, fazer compras, se divertir .
Em 1965 estreou na Tv Record um programa chamado Jovem Guarda, que logo se transformou em sucesso absoluto. Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia dominaram esse cenário do iê-iê-iê.
Esse estilo musical era voltado para jovens e estava sob forte influência de algumas bandas estrangeiras, como os Beatles e os Rolling Stones.

A música de protesto

Politicamente engajados com as propostas de esquerda, muitos cantores e compositores faziam de sua arte uma forma de protesto contra a opressão e a ditadura. A música de protesto retratava as crenças por uma sociedade mais igualitária, abordando problemas sociais, econômicos e políticos.
Os compositores engajados eram duramente perseguidos pela censura, e muitas de suas canções eram censuradas.
Geraldo Vandré compôs uma música que se tornou um hino a ditadura: Pra não dizer que não falei das flores.
Geraldo Vandré e Chico Buarque de Holanda eram os alvos preferidos da censura. Em certa época, para driblar os censores, Chico Buarque usou um pseudônimo, Julinho da Adelaide, e assim teve suas músicas liberadas. Assim mesmo, diante das pressões, ele exilou-se na Itália.

Os festivais.
A partir de meados da década de 1960, ocorreram festivais de musica  popular que mudaram o cenário musical do país. O primeiro deles foi realizado pela extinta teve Excelsior, em 1965, na qual as canções de protesto fizeram grande sucesso. A vencedora foi Arrastão de Edu Lobo, interpretada por Elis Regina.
Em 1966, a teve Record fez o se3u festival, e dois grandes nomes se consagram: Chico Buarque de Holanda, com a Banda, e Geraldo Vandre, com Disparada, defendida por Jair Rodrigues.
A mobilização política efervescia no meio artístico. Desses festivais nasceu um outro movimento que marcou a musica nacional o tropicalismo.

O tropicalismo
O tropicalismo foi um movimento artístico liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil que teve sua melhor expressão na música.

O grupo Oficina

Junto com a música de protesto e o tropicalismo foram feitas experiências que recusavam a forma tradicional de fazer teatro. O grupo Oficina, sob a liderança de José Celso Martinez, encenou peças como O rei da vela, Roda viva e Galileu Galilei, que buscavam possibilidades de expressão, estabelecendo por meio da provocação novas relações com o público espectador.
Em uma das apresentações de Roda viva, em julho de 1968, integrantes armados do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) invadiram o Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, destruíram parte dele e intimidaram os atores. Depois  desse incidente, a peça foi levada para Porto Alegre onde só ficou em cartaz por uma noite pois grupos de extrema direita prometiam repetir o que acontecera em São Paulo. A peça foi proibida pela censura no dia seguinte.

Hino a liberdade
Em 1979, a sociedade brasileira pressionava o governo militar pela anistia dos presos políticos e a consequente volta dos exilados ao país.
A anistia era temida pelos setores mais radicais da repressão que temiam o revanchismo. Assim mesmo, o clima já era menos pesado do que em anos anteriores.
Em maio de 1979, Elis Regina, uma das maiores cantoras do Brasil lançou um disco com a música o bêbado e a equilibrista, de autoria de João Bosco e Aldir Blanc. Na voz de Elis, a música, que pregava claramente a anistia e o fim da ditadura, tornou-se um hino pela liberdade e pela democracia.