OS AVENTUREIROS DOS SETE MARES
NAVEGAR É PRECISO
A viagem de Colombo:
NAVEGAR É PRECISO
A viagem de Colombo:
Cristovão Colombo apostou sua sorte na convicção de que era possível viajar até as Índias pelo oeste, acreditando que havia uma reduzida porção de oceano separando a Espanha da Ásia. Através dessa idéia errada, o navegador genovês abriu o ciclo dos grandes descobrimentos, permitindo que pela primeira vez, toda a humanidade pudesse se confraternizar. Ele deu o primeiro passo no processo de civilização de um imenso continente habitado apenas por indígenas . A descoberta do Novo Mundo permitiu à Europa distender seus músculos, alargar suas fronteiras geográficas, dar impulso a uma revolução cietífica e econômica sem precedentes ha História e, pouco mais tarde, tentar o transplante de seu modelo para as colônias americanas.
No final do século XV, um genovês tinha uma ideia ousada: chegar às Índias , navegando em direção ao Ocidente, isto é, atravessando o Mar Tenebroso ( hoje Oceano Atlântico).
Havia muito tempo que os comerciantes espanhóis de Sevilha comerciavam com as cidades italianas, principalmente com Gênova, e por isso também se interessavam pelos produtos vindos do Oriente.
Quando Cristovão Colombo chegou à Espanha com seus planos, que haviam sido recusados em Portugal, os comerciantes sevilhanos acreditavam nele e incentivaram os reis católicos ( Isabel de Leão e Castela e Fernão de Aragão e Navarra ) a poíá-lo. Os espanhóis também pretendiam encontrar um caminho inteiramente até o Oriente, para não mais dependerem dos comerciantes italianos.
Após obter os recursos financeiros necessários, Colombo partiu do porto de Palos, comandando três naus: Santa Maria, Pinta e Nina.
Após atravessar o Oceano Atlântico, no dia 12 de outubro de 1492, ele avistou terras e indivíduos, a quem chamou de " índios "
" Por que Colombo assim denominou os habitantes da terra descoberta?. Como foi posteriormente denominada a região descoberta?
Colombo foi um dos primeiros navegadores a fantasiar a descoberta do que seria a América. Acreditava que o seu empreendimento abriria as portas para o paraíso. Em um trecho de sua carta afirmava: " As escrituras dizem que no paraíso terrestre cresce a árvore da vida, e dela flui uma nascente que dá origem a quatro grandes rios, o Ganges, o Tigre, o Eufrates e o Nilo. O paraíso terrestre, que só se pode alcançar por vontade divina, fica no fim do Oriente. É neste lugar que estamos". Essa concepção foi absorvida por inúmeros cronistas e viajantes, principalmente espanhóis que acreditavam na verocidade de seus relatos.
PROCURA-SE UMA PASSAGEM.
Tempos difícies
Navegar é preciso
Tempos difícies
Navegar é preciso
OS PERIGOS DA TRAVESSIA:
Os homens que se lançavam aos mares tinham que possuir um coração reforçado com um bronze tríplice. De boca em boca corriam narrativas de espantar: no equador, existia uma zona de águas ferventes, pedras de imãs atraiam os navios para o fundo das águas, animais terríveis e fantásticos ficavam a espreita dos barcos e marinheiros. Os terrores atenuaram-se com a experiência, mas restavam os perigos reais: tempestades, vagalhões altos como casas de seis andares, no Cabo da Boa Esperança, que ameaçavam engolir embaracações de madeira de porte de um pequeno torpedeiro, riscos de fome nas travessias de duração sempre incerta com navios a vista e com capitães que perdiam sua longitude, má alimentação de carne salgada, peixes salgados, ervilhas e favas, pão embolorado e cheio de vermes, água escura e nauseabunda dos trópicos, que cobriam o corpo de pústulas e enchiam as roupas de vermes, doenças de toda espécie, escorbuto, varicela, tifo. Rara era a semana quem um ou dois cadáveres não fossem lançados ao mar. Só esta inquietude, que lança o europeu sempre mais longe, permitiu enfrentar tais riscos de morte.
(Os séculos XVI e XVIII- A Europa e o Mundo)
Navegações espanholas
Quando, no ano de 1513 , Vasco Nunes Balboa, após atravessar o istmo do Panamá , avistou o mar do Sul ou Oceano Pacífico, acabaram-se todas a dúvidas quanto ao fato das descobertas realizadas por Colombo a continuação das Índias ou um continente novo.
A descoberta de Balboa mostrava aos europeus um continente novo e aos espanhóis um obstáculo a mais no caminho para as Índias.
Era preciso recomeçar a tarefa de Colombo: alcançar o Oriente navegando para Ocidente..... mas contornando a América.
Desde então, partiram expedições de vários países europeus em busca de uma passagem que unisse os oceanos Atlântico e Pacífico, possibilitando outro caminho, também inteiramente marítimo, até as Índias.
Sebastião e João Caboto, Jacques Cartier e muitos outros procuraram, sem resultado, uma passagem ao norte. Ela foi descoberta ao sul pela expedição de um navegador português a serviço da Espanha: Fernão de Magalhães.
Após atravessar o estreito que, no sul da América do Sul, une os dois oceanos e hoje guarda o seu nome, ele prosseguiu em direção às ilhas que mais tarde foram chamadas Filipinas, onde foi morto pelos nativos. Sob o comando de Sebastião El Cano, a expedição prosseguiu passando pelas Molucas e alcançando a Espanha. Completava-se a primeira viagem de circunavegação ( 1519-1522 ).
A abertura de um novo caminho até o arquipélago das Molucas -- as ilhas das Especiarias -- ameaçava o monopólio português no Oriente. Como o Tratado de Tordesilhas não fora ainda demarcado, não se sabia se as ilhas pertenciam a Portugal ou à Espanha. Querendo ter o controle total do comércio dos produtos orientais, D. João III propôs a Carlos V, rei da Espanha, que lhe vendesse esse arquipélago.
Em 1529 foi negociada a Capitulação de Saragoça, na qual Portugal comprava da Espanha os direitos sobre as Ilhas das Especiarias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário