EM NOME DE DEUS, DOS HOMENS
Homens e mulheres de outros tempos também apreciavam as mudanças de estilos, e seus trajes indicavam a posição social e até mesmo a que sexo pertenciam.
O traje é um ornamento, marca etapas da vida, apura distância entre os sexos.
No fim da Idade Média, os homens e as mulheres das classes laboriosas conservam um vestuário de base
indiferenciada.
Na Baixa Idade Média a base de sustentação das relações sociais era fornecida pela religião cristã, para a qual o PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO compõem uma divindade una.. De maneira similar, a sociedade feudal via sua unidade a partir dos laços entre suas três categorias sociais.
Tripla é pois a casa de Deus que se crê una: embaixo uns rezam, outros combatem, outros trabalham; os três grupos estão juntos e não suportam ser separados; de forma que sobre a função de um repousam os trabalhos dos outros dois, todos por sua vez entreajudando-se.
A Casa de Deus era ampla, a Igreja a mais poderosa instituição medieval, a única a cobrir o território e a obedecer a uma direção centralizada.
Na Baixa Idade Média, a ligação entre a Igreja e a cultura passou a ser afirmada não apenas nos mosteiros, mas também num novo tipo de instituição de ensino: a universidade.
Universidade Medieval: mestres e alunos
Os senhores feudais por sua vez, desfrutavam na " Casa de Deus " uma vida cada vez mais confortável. Viviam nos castelos juntamente com a mulher, filhos legítimos e ilegítimos, parentes e agregados.
A morada dividida, os castelos mais modernos, cada uma destinada a uma categoria particular da sociedade doméstica; um quarto para os anjos, um outro para as donzelas.
No lugar de honra se mantém a dama. Música e dança, a sociedade participante. Ingenuamente, o paraíso é mostrado.
Existem registros de mulheres que chegaram a exercer os direitos de um senhor feudal, geralmente, quando viúvas e tutoras dos filhos menores.
Mas o aspecto dominante era a sujeição da mulher, defendida pela igreja e pela aristocracia medieval.
O casamento geralmente se realizava em função da conveniência masculina, quase não tendo relação com o amor.
Enquanto para as moças de família nobre o valor estava no recato e na submissão, para os cavaleiros medievais a honra, a bravura e o heroísmo constituíam qualidades indispensáveis.
Essa visão masculina com relação à mulher resultava do receio dos homens em face do adultério e de prováveis magias, que poderiam levá-los à impotência
"O termo bruxa se aplica igualmente a homens e mulheres, apesar de haver um número maior de mulheres que repudiavam o cristianismo e se imiscuíam no oculto. Isso pode ter sido devido à atitude da Igreja, que via as mulheres como seres inferiores, naturalmente inclinadas ao engodo e à bruxaria e fabricadas pelo Criador como uma armadilha a tentar os homens para que incorressem nos pecados da carne.Os fanáticos tanto protestantes quanto católicos, que levaram a cabo as grandes caçadas às bruxas, justificavam seus atos citando Moisés que havia decretado: "Não deveis permitir que viva uma bruxa "; e São Paulo, que sustentava a mesma posição ".
(KRAMER, Heinrich e SPRENGER, jacobus. Manual de caça ás bruxas. São Paulo. Edições Planeta.)
É no século XII que a mulher começa a rebelar-se contra a ordem masculina, é neste momento que uma forte corrente antimatrimonial, a mulher se libera, quando não é mais considerada propriedade do homem ou máquina para fabricar crianças, quando não se pergunta.
Nesta época os servos e vilões eram vistos com desprezo pelas demais categorias sociais, ainda que reconhecessem o caráter imprescindível do seu trabalho.
Os camponeses geravam a renda que sustentava a nobreza e o clero, e suas mulheres e filhas, além de desempenharem tarefas domésticas e no campo podiam ser obrigadas a prestar serviços na casa do senhor.
É importante lembrar que a época medieval foi marcada pelo um retrocesso tecnológico; inovações tecnológicas tornaram menos penoso o trabalho do campesinato medieval. Entre elas está a invenção da CHARRUA, uma espécie de ARADO mais eficiente,
a reestruturação do MOINHO HIDRÁULICO
e o desenvolvimento de novas formas de atrelar os animais, o que aumentou o poder de tração.
Também foi difundido a prática de rotação de cultura, segundo a qual parte da terra ficava em repouso, para que não se esgotassem os nutrientes.
Apesar disso as Sagradas Escrituras constituíam as fontes de conhecimento mais acatadas.
É importante lembrar que a época medieval foi marcada pelo um retrocesso tecnológico; inovações tecnológicas tornaram menos penoso o trabalho do campesinato medieval. Entre elas está a invenção da CHARRUA, uma espécie de ARADO mais eficiente,
a reestruturação do MOINHO HIDRÁULICO
e o desenvolvimento de novas formas de atrelar os animais, o que aumentou o poder de tração.
Também foi difundido a prática de rotação de cultura, segundo a qual parte da terra ficava em repouso, para que não se esgotassem os nutrientes.
Apesar disso as Sagradas Escrituras constituíam as fontes de conhecimento mais acatadas.
SITUAÇÃO DAS MULHERES
Na Europa dos séculos X a XIII as mulheres viviam diferentes situações. As camponesas, maioria entre as mulheres exerciam as mesmas atividades que os homens: plantavam, cuidavam dos animais, trabalhavam nos moinhos de trigo etc.
Muitas camponesas também trabalhavam nas oficinas artesanais dos feudos produzindo sabão, pentes e tecidos utilizados pelos nobres.
As filhas dos camponeses também atuavam como empregadas nas residências dos nobres. Com doze ou treze anos, eram separadas de suas famílias e passavam a viver nas casas dos nobres a quem serviam. Muitas vezes passavam o restante da vida exercendo essa atividade em troca de alimentação, de um pequeno pagamento ou de um dote oferecido pelo nobre a um pretendente de casamento.
As senhoras da alta nobreza eram responsáveis por administrar as atividades das trabalhadoras domésticas, bem como a quantidade de alimentos, roupas e utensílios utilizados nos castelos. Quando os maridos se ausentavam para viagens e participação de guerras as esposas nobres assumiam temporariamente a administração dos feudos. Se eles morressem nas guerras - o que era bastante comum - a viúva poderia tornar-se uma senhora feudal. Há registros de centenas de senhoras feudais atuantes no território das atuais França e Inglaterra, entre os séculos X e XIII. Sabemos que alguns reinos podiam ser governados por mulheres caso o rei não tivesse filhos homens.
Nos pequenos núcleos urbanos, as mulheres podiam trabalhar nas oficinas domésticas. Muitas delas eram responsáveis pela fiação de tecidos de lã e seda; outras atuavam como açougueiras, padeiras, peixeiras e queijeiras. Também há registros de mulheres que assumiam os negócios dos pais ou dos maridos mortos e tornaram-se comerciantes respeitadas em sua localidade.
Apesar de atuarem em diferentes atividades profissionais, as mulheres européias dos séculos X a XIII estavam legalmente submetidas à autoridade dos pais. Essa autoridade era exercida principalmente entre os nobres visando garantir a continuidade do patrimônio por meio do casamento. Por isso, os pais escolhiam os homens com quem as filhas se casariam e ofereciam aos pretendentes um dote.
Existem registros de nobres inglesas e francesas que pagaram aos funcionários do rei para terem o direito de escolher o próprio marido. Isto demonstra que na prática algumas mulheres inglesas e francesas quebraram o controle social e legal exercído sobre elas pelos pais.
O estilo da vida dos burgueses mostrava-se bem diferente daqueles que ocorria dentro dos feudos e suas atividades estariam entre os fatores responsáveis pela destruição do próprio sistema feudal.
De início os burgos surgiram em pontos estratégicos dos feudos e permaneceram sob comando dos nobres. Mas logo tiveram condições de comprar sua autonomia e o desenvolvimento economico foi acelerado no ritmo do desenvolvimento da vida urbana.
Nos burgos desenvolveram-se as corporações de ofício. Todas essas mudanças provocadas pelo incremento comercial, industrial e urbano provocaram o confronto entre as visões de mundo dos senhores feudais, por um lado, e dos comerciantes e artesãos por outro lado.
A questão da riqueza talvez tenha sido um dos maiores pontos de controvérsia. A riqueza, para o senhor feudal, apesar de não estar unicamente relacionada à terra, se associa ao número de seus vassalos diretos, isto é, dependentes e agregados que viviam dentro de suas propriedades.
Já para a burguesia, riqueza significava poupança e investimento adquiridos com a administração de seus bens. Para os nobres tudo isso era sinônimo de avareza.
Concepção de um nobre a respeito de um burguês:
(...) Nenhum homem tem a sua vida mais curta como o burguês. E sabeis por quê? Porque êle come muito e não faz nenhum exercício (...) Nenhum homem incomoda tanto a seu amigo como o burguês pobre, e em nenhum homem a pobreza é tão vergonhosa como no burguês. Ninguém desfruta de tão poucos méritos ao fazer caridade como um burguês (...)
Crítica da burguesia aos gastos excessivos da nobreza:
(...) Concede hospitalidade frequentemente por cortesia, age como avalista das dívidas dos amigos (...) arama conspirações, processos, visitas às cortes, prepara casamentos, faz amor com as mulheres, joga dados (...) toma empréstimo com usura (...)
( MUNDY, hENRI, europe in the High Middie Ages.1150-1309. Nova York, Basic Books, 1973 )
Os pequenos artesãos e jornaleiros moravam geralmente em construções de dois andares, que podiam ficar próximo às casas dos patrões. O valor do aluguel era definido de acordo com cada cômodo ocupado. Frequentemente os cômodos ficavam separados: sala num andar e quarto em outro, raramente havia um ambiente específico para a cozinha.
Em razão da proximidade entre as moradias nos centros urbanos, as autoridades proibiram o uso da madeira, que permitia a fácil propagação de incêndios. Contudo, as necessidades de expandir o espaço habitável levavam os pobres a burlar essa lei. Apesar de as construções serem feitas de pedra e tijolo eram comuns os acréscimos de madeiras que avançavam como sacadas, tornando inúteis as proibições das autoridades.
As latrinas usadas pelos pequenos artesões e jornaleiros eram coletivas e serviam aos moradores de várias casas. Não dispondo de sistema de esgotos, de água encanada ou de recolhimento de lixo adequados, os pobres das cidades viviam em péssimas condições de higiene, agravadas pela concentração populacional. Tais condições permitiam a rápida disseminação de epidemias como a Peste Negra.
A redução do espaço doméstico e a necessidade de constantes deslocamentos por causa dos altos aluguéis eram situações que restringiam o conforto e a privacidade dos pobres das cidades. Além disso, homens, mulheres e crianças pobres passavam grande parte do dia trabalhando, o que diminuía muito o tempo de que dispunham para a vida pessoal.
Nos pequenos núcleos urbanos, as mulheres podiam trabalhar nas oficinas domésticas. Muitas delas eram responsáveis pela fiação de tecidos de lã e seda; outras atuavam como açougueiras, padeiras, peixeiras e queijeiras. Também há registros de mulheres que assumiam os negócios dos pais ou dos maridos mortos e tornaram-se comerciantes respeitadas em sua localidade.
Apesar de atuarem em diferentes atividades profissionais, as mulheres européias dos séculos X a XIII estavam legalmente submetidas à autoridade dos pais. Essa autoridade era exercida principalmente entre os nobres visando garantir a continuidade do patrimônio por meio do casamento. Por isso, os pais escolhiam os homens com quem as filhas se casariam e ofereciam aos pretendentes um dote.
Existem registros de nobres inglesas e francesas que pagaram aos funcionários do rei para terem o direito de escolher o próprio marido. Isto demonstra que na prática algumas mulheres inglesas e francesas quebraram o controle social e legal exercído sobre elas pelos pais.
AS MORADIAS E SANEAMENTO BÁSICO
O estilo da vida dos burgueses mostrava-se bem diferente daqueles que ocorria dentro dos feudos e suas atividades estariam entre os fatores responsáveis pela destruição do próprio sistema feudal.
De início os burgos surgiram em pontos estratégicos dos feudos e permaneceram sob comando dos nobres. Mas logo tiveram condições de comprar sua autonomia e o desenvolvimento economico foi acelerado no ritmo do desenvolvimento da vida urbana.
Nos burgos desenvolveram-se as corporações de ofício. Todas essas mudanças provocadas pelo incremento comercial, industrial e urbano provocaram o confronto entre as visões de mundo dos senhores feudais, por um lado, e dos comerciantes e artesãos por outro lado.
A questão da riqueza talvez tenha sido um dos maiores pontos de controvérsia. A riqueza, para o senhor feudal, apesar de não estar unicamente relacionada à terra, se associa ao número de seus vassalos diretos, isto é, dependentes e agregados que viviam dentro de suas propriedades.
Já para a burguesia, riqueza significava poupança e investimento adquiridos com a administração de seus bens. Para os nobres tudo isso era sinônimo de avareza.
Concepção de um nobre a respeito de um burguês:
(...) Nenhum homem tem a sua vida mais curta como o burguês. E sabeis por quê? Porque êle come muito e não faz nenhum exercício (...) Nenhum homem incomoda tanto a seu amigo como o burguês pobre, e em nenhum homem a pobreza é tão vergonhosa como no burguês. Ninguém desfruta de tão poucos méritos ao fazer caridade como um burguês (...)
Crítica da burguesia aos gastos excessivos da nobreza:
(...) Concede hospitalidade frequentemente por cortesia, age como avalista das dívidas dos amigos (...) arama conspirações, processos, visitas às cortes, prepara casamentos, faz amor com as mulheres, joga dados (...) toma empréstimo com usura (...)
( MUNDY, hENRI, europe in the High Middie Ages.1150-1309. Nova York, Basic Books, 1973 )
Os pequenos artesãos e jornaleiros moravam geralmente em construções de dois andares, que podiam ficar próximo às casas dos patrões. O valor do aluguel era definido de acordo com cada cômodo ocupado. Frequentemente os cômodos ficavam separados: sala num andar e quarto em outro, raramente havia um ambiente específico para a cozinha.
Em razão da proximidade entre as moradias nos centros urbanos, as autoridades proibiram o uso da madeira, que permitia a fácil propagação de incêndios. Contudo, as necessidades de expandir o espaço habitável levavam os pobres a burlar essa lei. Apesar de as construções serem feitas de pedra e tijolo eram comuns os acréscimos de madeiras que avançavam como sacadas, tornando inúteis as proibições das autoridades.
As latrinas usadas pelos pequenos artesões e jornaleiros eram coletivas e serviam aos moradores de várias casas. Não dispondo de sistema de esgotos, de água encanada ou de recolhimento de lixo adequados, os pobres das cidades viviam em péssimas condições de higiene, agravadas pela concentração populacional. Tais condições permitiam a rápida disseminação de epidemias como a Peste Negra.
A redução do espaço doméstico e a necessidade de constantes deslocamentos por causa dos altos aluguéis eram situações que restringiam o conforto e a privacidade dos pobres das cidades. Além disso, homens, mulheres e crianças pobres passavam grande parte do dia trabalhando, o que diminuía muito o tempo de que dispunham para a vida pessoal.
Um comentário:
Muito Bom!!!
Ajudo eu em um Trabalho Valendo 12,0
e eu tirei 10,5 Vlws Mesmo '_'
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