quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PERÍODO PRÉ-COLONIAL: 1500-1530 BRASIL como fonte de matéria prima

PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530 )
CORANTE BRASILEIRO PARA TECIDOS FRANCESES

Voce sabia que o pau-brasil começou a figurar no mercado europeu ainda no século XIII e servia como fonte de matéria prima da tinturaria. A substância vermelha que produzia, prestava-se admiravelmente para fixar o tom purpúreo das vestes nobres, a um tempo em que as classes sociais se reconheciam pelo uso privativo de trajes e até de cores.
 
O  " Lignum brasile " tinha  termos correlatos em várias línguas européias: brasil, no português, brèsil, no francês, pressilg, no alemão: chama-se sapang, no Oriente e para os nosso indígenas, ibira-pitanga, LINNEU escolheu classificá-lo " CAESALPINEA-SAPPAN". Segundo Afonso Arinos todos os termos europeus têm em si a ideia de " brasa ", enquanto que o asiático e o brasileiro se ligam à cor vermelha.
 os índios chamam o pau-brasil de IBIRA-PITANGA ou madeira vermelha
O " IBIRA-PITANGA " possuia muitas variedades, fato proclamado pelos diversos navegadores europeus.Os holandeses consideravam a melhor espécie de pau-de-Pernambuco, hoje inexistente
O período da História do Brasil que se estende de 1500  1530 é denominado pré-colonizador. Neste período várias expedições portuguesas aqui estiveram. Algumas tinham o objetivo de reabastecimento nas viagens para o Oriente. Outras tinham a finalidade de reconhecer o litoral, buscando riquezas que pudessem interessar ao rei e aos comerciantes em Portugal; eram chamadas EXPEDIÇÕES EXPLORADORAS.
No ano de 1501, esteve no Brasil a primeira expedição exploradora. Ela deve  ter sido comandada por Gaspar de Lemos --- o piloto que levara a D. Manuel I a carta de Pero Vaz de Caminha sobre o achamento (descobrimento) do Brasil. Dela também participava o navegador florentino Américo Vespúcio, que forneceria importantes informações sobre a viagem.
 O judeu Gaspar de Lemos
Américo Vespúcio navegador florentino

Após ter alcançado o litoral do atual Rio Grande do Norte, a expedição seguiu rumo ao sul, indo talvez até o Rio da Prata.
Geralmente a expedições que atingiam o litoral brasileiro seguiam sempre para o sul, e só muito raramente iam para o norte.
Os acidentes geográficos litorâneos que a expedição ia alcançando recebiam  nomes relacionados aos santos e festa do dia. Assim, foram atingidos os cabos de S. Roque ( 16/08/1501 ) e de Santo Agostinho ( 28/08?1501) , os rios de S. Miguel ( 29/09/1501) e S. Francisco ( 04/10/1501), o Rio de Janeiro ( 01/01/1502), e Angra dos Reis (06/01/1502) e a ilha de S. Sebastião ( 20/01/1502).
IMPORTANTE QUE SE DIGA QUE A EXPEDIÇÃO DE 1501 SERVIU PARA CONFIRMAR A EXISTÊNCIA  DE GRANDES QUANTIDADES DE PAU-BRASIL NO LITORAL.
Do pau-brasil ou ibirapitinga era extraída tinta útil para a indústria têxtil européia naquela época, aproveitando-se também a madeira para construção.
Estando mais interessados no comércio oriental, o rei português resolveu ARRENDAR (alugar) a exploração do pau-brasil a um grupo de negociantes entre os quais existiam vários cristãos-novos. Um cristão-novo era o judeu que se tinha convertido recentemente ao cristianismo, quase sempre para escapar às perseguições da SANTA INQUISIÇÃO (tribunal que julgava os atos praticados contra a religião cristã)
 Santa Inquisição
NO CONTRATO FEITO ENTRE O REI E OS NEGOCIANTES QUE ERAM REPRESENTADOS PELO CRISTÃO-NOVO FERNÃO DE LORONHA OU NORONHA, FICAVA ESTABELECIDO QUE ESTES TERIAM POR ALGUM TEMPO, O MONOPÓLIO DA EXPLORAÇÃO DO PAU-BRASIL, SENDO OBRIGADOS A EXPLORAR E DEFENDER O LITORAL BRASILEIRO
A pobreza de recursos de Portugal começa a se revelar no século XVI, quase que contemporâneamente a descoberta do Brasil. A atração de capitalistas juudeus, como o  cristão novo " Fernão de Loronha, para a exploração de madeira de tinturaria, era indicativo de que o Estado não dispunha de meios para a exploração, em larga escala, do pau-brasil. E depois que se configurou a ameaça de apropriação dessa fonte de matéria prima inestimável, por parte dos armadores franceses do Havre e de Dieppe, como a coroa já não dispunha dos capitais judeus, expulsos que foram os israelitas por pressão da Santa Inquisição, o Estado português convocou a pequena nobreza, os pequenos capitalistas, os homens enriquecidos na aventura das Índias, para tentar a colonização agrícola através do precário msistema das capitanias hereditárias.
Em 1503, uma outra expedição exploradora esteve no nosso litoral, enviada talvez pelos cristãos-novos. As informações que dela possuímos são bastante imprecisas. Gonçalo Coelho teria sido seu comandante. Desconhecemos seu roteiro. Parece que seus componentes ergueram duas feitorias para armazenar a MADEIRA TINTORIAL ( que servia para fazer tinta ), em Santa Cruz, na Bahia, e em Cabo Frio, no Estado do Rio de Janeiro.
Como consequência do contrato e da expedição de 1503, no ano seguinte D. Manuel I doou a Fernão de Loronha a primeira capitania hereditária brasileira: a ilha de São João ou Quaresma, atualmente Fernando de Noronha. orgulhar-se de haver dado " novos mundos ao mundo "
O capitalista judeu Fernão de Loronha não arriscaria sua forturna, aceitando a contratação do produto com a Coroa, por mais de um decenio, não fora atividade altamente lucrativa.
Talvez por ser tão lucrativa é que o Santo Ofício
( que sempre teve olhos avidos na acumulação de riquezas dos israelitas), obteve dos Braganças a expulsão dos " cristão novos ", o que fo instigado pelos nacionais sequeciosos também de participarem da exploração rendosa do pau-de-tinta.
O processo colonial brasileiro se realizou dentro do processo de formação do capitalismo europeu. Portugal nação peninsular euro-ocidental, pode orgulhar-se de haver com as grandes navegações unificar Ásia e África e incidentemente o Brasil  `economia mundial
Mas a nação lusa não podia desenvolver tudo quanto captou ou viu nessas viagens -África, Índias, Oriente , Polinésia, Brasil, porque sua capacidade de formar capitais era limitada, merc~e de sua agricultura atrasada, rotineira e de uma economia frágial e pouco desenvolvida.
Portugal teve assim de se associar ao banqueirismo internacional, de buscar recursos financeiros nas grandes casas judaico-européias; ora em Veneza, ora em Amesterdã, ora em Londres, e tudo para levar avante sua emprêsa colonial, principlamente no Brasil.
Joguete das grandes potências do tempo - Grã-Bretanha, Holanda, Espanha e França..
Para não sucumbir diante da Espanha, Portugal consentiu em ser colônia econômica da Inglaterra, converteu-se em simples feitoria dos inglêses.

Onde está o testamento de Adão?
Saim da Colônia cem naus carregadas todos os anos, e o rendimento da Coroa era de gordos lucros.

Os franceses no litoral brasileiro

O reduzido número de feitorias
 ( As feitorias serviam para guardar a madeira cortada até que as naus chegassem de Portugal, enviadas ou comandadas pelos " brasileiros ". Naquela época, brasileiro  era o nome que se dava   aos indivíduos que comerciavam o pau-brasil )
, portuguesas aqui existentes facilitava essas incursões, sobretudo dos franceses. Estes eram estimulados pelo rei Francico I que não reconhecia a divisão do mundo entre Portugal e Espanha, realizado pelo Tratado de Tordesilhas.
Tão frequentes se tornaram as expedições francesas, que os próprios nativos aprenderam a distinguí-las das portuguêsas
A presença  do concorrente francês, no Brasil até meados do século XVI era tão constante, que Capistrano de Abreu afirmou " Durante anos ficou indeciso se o Brasil ficaria pertencendo aos Peró (portugueses) ou aos Mair ( franceses).
Aos traficantes franceses os índios passaram a chamar de " mair " ( transformadores ) ou " ayurujuba" ( papagaio amarelo ), enquanto aos portugueses denominavam " peró " ( tubarões ou os que vêm pelo mar ).
Diante de tantas incursões francesas no litoral brasileiro, os reis portuguêses protestaram, através de seus diplomatas, junto aos demais soberanos europeus, dizendo que a terra pertencia a Portugal.
Francisco I,
respondeu a um dos protestos portuguêses,
dizendo:
que não conhecia a cláusula
( parte ) do Testamento 
de Adão, 
dividindo
o
mundo
entre 
Portugal e Espanha
O pau-brasil trouxe como consequência direta e primeira a escravização indígena, o trabalho forçado .
Escravizava-se não só para trabalhar na derrubada das matas, construção de fortins, trapiches e reparação de naus, como ainda para exportar.
Vendiam-se papagaios, animais bravios e indígenas como "souvenirs" a europeus ricos. Eram mercadorias disputadas na Europa inteira. Lisboa tornou-se um grande mercado de escravos, onde como na Roma antiga, se encontravam pessoas de todas as partes do mundo para serem leiloadas ao correr do martelo. Com uma única diferença: no mercado de Roma se vendiam escravos lusitanos e brancos no de Lisboa só os de côr.
Viam-se indígenas brasileiros nas grandes cidades européias, definhando por força da saudade das matas atlânticas, alguns empregados em serviços domésticos, servindo de repastos sexual para uma sociedade corrompida, efiminizando-se no contato com aristocracia decadentes. Eram objetovp de curiosidade principalmente por causa de sua nudês e feições atléticas
Por esse mundo afora

Nos trinta anos iniciais do século XVI, enquanto na América Portuguêsa se dava a pré-colonização, na América Espanhola já fora conquista o México, mas ainda não se completara a conquista do Peru.
Na mesma época, a Europa Ocidental vivia o Humanismo e o Renascimento. A Igreja cristã ocidental, ameaçadas por lutas internas, acabou por dividir em Atólica Apostólica Romana e Protestante.
Ao mesmo tempo, reis e mercadores-banqueiros lançavam seus olhares cobiçosos para as riquezas das Américas, da Ásia e da África.

JEAN DE LÉRY (1534-1611) esteve no Brasil na época em que os franceses fuindaram a França Antártica ( na Bía de Guanabara ). Em seu livro Viagem à Terra do Brasil, descreve esta cena:

"...Os nossos tupinambá muito se admiram dos francesese outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan (pau-brasil). Uma vez um velho perguntou-me:
---Por que vindes vós outros, mairs e perós ( franceses e portuguêses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Nãpo tendes madeira em vossa terra?
Respondi que tinhamos muita, mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como êle o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam êles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Rtrucou o velho imediatamente:
---E por ventura precisais de muito?
---Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só dêles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados.
---Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera:
---Mas êsse homem tão rico de que me falas não morre?
---Sim, disse eu, morre como os outros.
Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo:
---E quando morrem, para quem fica o que deixam?
---Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parantes mais próximos.
---Na verdade continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros mairs sois grande loucos, pois atravessais o mar e sofreis grande incômodos, como dizeis quando aqui cehgais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos, ou para aqueles que vos sobrevivem. Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que, depois da nossa morte, a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados".

Portanto diante deste trecho, concluímos
a)onde moravam os tupinambá;
b)como os europeus utilizavam o pau-brasil;
c)como se vestiam os europeus e os indígenas;
d)o tipo de troca estabelecido entre europeus e indígenas; o escambo;
e)que os índios não se interessavam em acumular riqueza;
f)que a economia dos europeus era cumulativa

 Finalizando sabemos que se tirava da madeira pau-brasil uma substância colorante, empregada na tinturaria, como também se extraía o carmim dum insento chamado cochonilha
Com os progressos da química, porém, a indústria descobriu meiros de tirar do carvão de pedra as anilinas, isto é, as mães de todas as côres possíveis e imagináveis.
E como isto ficasse mais barato, desapareceu a índustria do pau-brasil da cochonilha, da garança
, do anil 

e de quanto vegetal era cultivado com fins de tintura

domingo, 18 de setembro de 2011

Com o olhar para: A história do Brasil

Com o olhar para : A história do Brasil

A história do Brasil é apenas uma parte da história da humanidade atual, pois a história do Brasil não tem mais de quinhentos de onze anos. ( hoje 2011 )
É um país novo
 numa humanidade velha.
 Em 22 de abril de 1500 os portugueses chegavam a nova terra, fincaram uma bandeira com a insígnia de Vossa Alteza portuguesa.
 Em 1969  os astronautas tomaram a posse da Lua para a humanidade,
 e os portugueses tomavam a posse da " Ilha de Vera Cruz ".
 Da mesma forma que, no século XXI, os países de técnicas  mais adiantadas estão alcançando o espaço sideral antes de outros, pois os que possuem técnica mais avançada apresentam vantagens sobre os outros, no século XV, os europeus iam estabelecendo seus domínios sobre  o espaço terrestre, desconhecido em parte, porque possuíam também uma técnica mais avançada.
Os indígenas encontrados no litoral sul da Bahia estavam em plena pré-história
 Usavam arco e flechas, enquanto os que chegavam tinham armas de fogo
Os portugueses vinham de uma cidade...LISBOA.
Os indígenas viviam em aldeias, que depois de algum tempo, eram abandonadas.
Os indígenas produziam apenas para o seu consumo, tinham uma economia imediatista, os europeus produziam para consumir, trocar e lucrar, possuíam uma economia acumulativa.
Tudo isso provocou modificações dentro da Europa, regiões se desenvolvem e outras entram em decadência
As terras descobertas eram denominadas colônias e só podiam comerciar com suas metrópoles
O comércio com as colônias e a chegada a Europa  de grandes quantidades de metais preciosos, provenientes da América e da África, enriqueceram  a burguesia comercial e fortaleceram   o poder do rei.
Também o tráfico negreiro era uma maneira de juntar riquezas.
As decisões  tomadas pelos monarcas com o objetivo de enriquecer a metrópole, receberam o nome de mercantilismo.
As grande navegações e descoberta possibilitaram a maior divulgação do cristinianismo  fora da Europa. Esse papel de divulgação coube aos jesuítas.
Com a expansão marítima teve início o predomínio europeu sobre o mundo.
O homem europeu do século XV, ganhou confiança em si mesmo, pois, afinal, tudo aquilo fora obra sua. A esta valorização do homem é que damos o nome de Humanismo.
A liderança portuguesa na expansão marítima não ia durar muito, os sucessores de D. Manuel o venturoso não foram tão venturosos, e também temos as expulsão dos judeus que não se converteram ao cristianismo diminuía ainda mais o número  dos comerciantes, como também provocou o quase desaparecimento da atividade artesanal.
Os portugueses quase não produziam artigo que consumiam, e eram obrigados a importar até mesmo as velas de pano para os navios que iam ao Oriente comprar pimenta. Isso acarretava a ida para outros pontos da Europa da riqueza ganha com  a venda da pimenta.
Aos poucos, o reino português estava-se transformando num, entreposto do comercio oriental, isto é, em um simples ponto de passagem da rota das especiarias, que agora terminava em Antuérpia, e não mais em Lisboa.
 ANTUÉRPIA
Adeus as especiarias e produtos de luxo, em Antuérpia é que os portugueses iam comprar os artigo de que necessitavam.
No mar das Índias ( Oceano Índico ), os navios portugueses eram obrigados a lutar frequentemente com frotas árabes, turcas e hindus que não queriam deixar de comerciar com as especiarias tão lucrativas. Essas lutas, além de representarem imensas despesas em dinheiro, também custavam muitas vidas a já pequena população portuguêsa, com menos de dois milhões de habitantes.
Tudo assim se apresentava difícil ao pequeno reino da pimenta. E assim os portugueses começavam a dizer adeus  ao reino da pimenta.
Era pensamento da época que a missão da Europa Ocidental era levar sua civilização e a religião cristã aos povos das outras partes do mundo -- África, Ásia e América.













sábado, 17 de setembro de 2011

ALEXANDRE MAGNO

ALEXANDRE MAGNO
Alexandre, filho de Felipe contava apenas 20 anos quando foi aclamado rei. Educado por Aristóteles, grande filósofo, tornou-se admirador das letras e das artes gregas. Logo que subiu ao trono enfrentou, com vigor, uma tentativa grega de independência.
Em 323 a.C., morreu na Babilônia, acometido de violenta febre, Alexandre Magno, uma das maiores figuras da História.
Pouco antes de morrer, Alexandre, interrogado sobre com quem ficaria o império, teria respondido: " Com o mais digno ". Como o grande macedônico não teve sucessor, surgiram lutas entre os seus principais generais.

 Alexandre e seu mestre Aristóteles
É difícil avaliar o significado da carreira de Alexandre. Escravo de suas emoções e capaz das mais vis injustiças, mesmo com seus amigos, merece pouquíssimo a grandiosidade que lhe foi atribuída. Conquanto fosse,  inquestionavelmente, um gênio militar, deixou poucos atestados concretos de capacidade governamental construtiva. Sua ambição era dominar à maneira de um deus-rei oriental, e não de acordo com os avançados ideias helênicos de liberdade e justiça. Além disso, parece ter-se exagerado consideravelmente, sua influência na expansão da cultura grega. A Pérsia, depois da conquista de Alexandre, não adotou grande número de instituições e costumes helênicos. A influência das conquistas de Alexandre fêz-se antes em direção oposta: abriram caminho a uma inoculação de orientalismo na Europa, como jamais ocorrera antes, inoculação de fato tão forte que, praticamente, podia-se dar por findos os dias da civilização helênica propriamente dita .
  
História da Civilização Ocidental - Edward McNall Burns

sábado, 10 de setembro de 2011

MILHO

OS ASTECAS RECOMENDAM:

COMA MAIS MILHO

MILHO: era uma planta silvestre.

Os vestígios mais antigos de espigas de milho cultivado foram encontrados em áreas próxima à atual Cidade do México, no México.
As primeiras espigas de milho tinham menos de 3 centímetros  de comprimento e seus grãos eram tão pequenos como os do arroz. Ao amadurecer, os grãos caíam no solo e germinavam como acontece com muitas outras plantas.


Curiosidade: o milho cultivado para a produção de pipoca é uma variedade especial com espigas menores que as do milho doce.

O início do cultivo do milho

Com o tempo , as populações começaram a selecionar e cruzar plantas de milho silvestre.
Essas experiências produziram espigas bem maiores, parecidas com as que conhecemos atualmente. A passagem do milho silvestre para o cultivado começou a ocorrer por volta de 7 mil anos atrás
Do México, o milho foi levado à América Central e à do Sul e se transformou em um dos mais importantes produtos da alimentação dos povos americanos.


O milho mudou a vida dos povos americanos

Com o tempo, o cultivo do milho liberou as pessoas da tarefa diária de caçar animais para garantir o sustento das aldeias. Como o milho seco pode ser estocado por vários meses, é  possível armazenar grandes quantidades do produto para abastecer os habitantes em épocas de secas ou enchentes.
Nas habitações americanas, o milho seco era armazenado em vasilhas de cerâmica. Antes de ser consumido, era socado e com ele se fabricava uma farinha usada no preparo de vários pratos, como angu, tortillas e mingaus. O milho verde podia ser consumido cozido ou assado.
Os indígenas do Brasil também cultivavam o milho. Mas ele não tinha a mesma importância que para os outros povos americanos.
Os nossos indígenas aproveitavam o milho comendo as espigas assadas ou preparando uma espécie de vinho, consumido em épocas de festas.

O milho no Brasil
"(...) O índios brasileiros podem ter aprendido a arte de cultivar o milho diretamente com seus colegas agricultores da América do Norte e da América Central, e não com a população dos Andes.
A tese é de um pesquisador da Embra (Empresa de Pesquisa Agropecuária) que analisou (...) sementes antigas e modernas de milho plantadas pelos índios das Américas. O estudo revelou que o milho plantado aqui tinha parentes próximos entre os mexicanos, mas nada do tipo dos Andes."
LOPES, reinado, José- folha de S. Paulo.

O milho conquistou o mundo
Quando os europeus chegaram à América, em 1492, o milho era cultivado tanto no norte como no sul do continente. O produto logo chamou atenção dos conquistadores, que o levaram para a Europa, junto com outros produtos americanos, como tomate e a batata.
Devido à facilidade de adaptação, a planta rapidamente se espalhou por toda a Europa, entrando nas cozinhas ricas e pobres, sendo usado no preparo de vários pratos. Na Itália o milho tornou-se a base da conhecida polenta; em Portugal e na Espanha era usado para preparar broas, caldos, farinhas e pães.
Da Europa, o milho foi levado para a África e a Ásia, onde passou a ser usado como alimento e ração animal.

Uma lenda do milho



Esta lenda faz parte da tradição oral dos guaranis do sul do Brasil, chegou aos dias de hoje contada por várias gerações. Só recentemente foi escrita.

" Nos campos começaram a escassear os animais. Nos rios e nas lagoas, dificilmente se via a mancha prateada de um peixe.
Nas matas já não havia frutas, nem por lá apareciam caças de grande porte: onças, capivaras, antas, veados ou tamanduás. No ar do entardecer, já não se ouvia o chamado dos macucos e dos jacus (designação a vários tipos de aves que vivem em matas primitivas do Brasil e se alimentavam de frutas e folhas) pois a fruteiras tinham secado. Os índios  que ainda não plantavam roças, estavam atravessando um período de penúria.(...)
E o sofrimento foi tal que, certa vez, numa clareira (terreno desmatado) do bosque , dois índios amigos da tribo guaranis, resolveram  recorrer ao poder de Nhandeyara, o grande espírito.
Eles bem sabiam que o atendimento do seu pedido estava condicionado a um sacrifício. Mas que fazer? Preferiram arcar com tremendas responsabilidades a verem a sua tribo e seus parentes morrerem de inanição(estado de fraqueza extrema causada pela falta de alimentos) à mingua de recursos.
Tomaram essa resolução e, a fim de esperar o que desejavam, se estenderam na relva esturricada. Veio a noite.Tudo caiu num pesado silêncio, pois já não havia vozes de seres vivos. De repente, a dois passos de distância, surgiu-lhe pela frente um enviado de Nhandeyara.
--Que desejais do grande espírito?
---Perguntou.
--Pedimos nova espécie de alimento para nutrir a nós mesmos e a nossas famílias, pois a caça, a pesca e as frutas parecem ter desaparecido da terra.
--Está bem -- respondeu o emissário. Nhandeyara está disposto a atender aos vosso pedido. Mas para isso, deveis lutas comigo, até que o mais fraco perca a vida.
Os dois índios aceitaram o ajuste e se atiraram ao emissário do grande espírito. Durante algum tempo só se ouviu o arquejar dos lutadores, o baque dos corpos atirados ao chão, o crepitar da areia atirada sobre as ervas próximas. Dali a pouco, o mais fraco dos dois ergueu os braços, apertou a cabeça entre as mãos e rolou na clareira....
Estava morto. O amigo, penalizado, enterrou-o nas proximidades do local.
Na primavera seguinte, como por encanto, na sepultura de Atuatv (assim se chamava o índio), brotou uma linda planta de grandes folhas verdes e douradas espigas. Em homenagem a esse índio sacrificado em benefício da tribo, os guaranis deram o nome de auaty ao milho, seu novo alimento".
Lessa, Barbosa. Estórias e Lendas do Rio Grande do Sul. 

O milho, da América para o mundo

Milho: um cereal nutritivo
O milho é um cereal, isto é, um tipo de grão usado como alimento. Ele é rico em carboidrato, uma importante fonte de energia..
O milho é um dos mais produtos agrícolas mais consumidos no mundo, tanto por humanos, como por animais domésticos..
Existem  cerca de 400 tipos diferentes de milho. Nutrientes e usos do milho: tintas, sorvetes, refrescos, cosméticos, remédios, farinhas, óleos, combustível (etanol).


FESTA PARA DEUSA DO MILHO




No México antigo, as festas em homenagem à deusa do milho, começava quando o grão já estava completamente formado. Durante essa festa, as mulheres deixavam os cabelos soltos, sacudindo-os e agitando-os nas danças, ato principal da cerimônia, que tinha por objetivo que o penacho do milho crescesse com a mesma profusão e que o grão fosse igualmente grande e volumoso de modo que o povo tivesse frutos em abundância.

ORAÇÃO DO MILHO



"Senho de nada valho.
Sou a planta humilde dos quintas pequenos e das lavouras pobres
Fui o angu pesado e constantes do escravo na exaustão do eito
Sou a broa grosseira e  e do triste mu de carga
O quemodesta do pequeno sitiante
Sou a farinha econômica do proletariado
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam à vida em terra estranha
Alimento de porcos ea Vós Senhor,
Que fizeste necessário e humilde
Sou o milho do triste mu de carga
O que me planta não levanta comércio nem avantaja dinheiro
Sou a pobreza vegetal agradecida ". 
CORALINA, Cora .Poema dos becos de Goías e estórias mais.













sábado, 3 de setembro de 2011

A Biblia dos judeus e dos cristãos

A Bíblia dos judeus e dos cristãos

A Bíblia e a cultura
A Torá, a principal fonte de estudo do povo hebreu, corresponde aos cinco primeiros livros da Biblia.
As principais festas religiosas judaicas
As festas mais importantes do calendário religioso judeu são aquelas determinadas pela Torá (ou Pentateuco). Essas festas são:
SHABAT,
ROSH,
HASHANÁ
YOM KIPPUR
PESSACH
SHAVUOT e
SUKOT.
Recentemente foram incorporadas:
PURIM eo
CHANUKÁ.

SHABAT: (hebraíco, para o dia de descanso obrigatório, " SHABAT"0 judaíco vai do anoitecer da sexta-feira ao sábado à noite. é o dia que, segundo a Bíblia, foi abençoado por Deus, ao descansar do trablho da criação. Sua origem está na Torá, quando narra que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo.
O SHABAT também é um dia de celebração.

ROSH HASHANÁ (hebraico, significa " cabeça do ano", isto é, a festa do Ano Novo Judáico).
O ano judáico se inicia em setembro ou outubro do nosso calendário. Segundo a tradição judáica, foi nessa data que Deus criou o mundo e Adão, o primeiro homem. ROSH HASHANÁ, também chamado Dia do Julgamento, dá início a um período de julgamento para a humanidade, que termina em HOSHANÁ ( sétimo dia da festa de SUKOT, quando Deus em seu trono e determina o destino de cada indivíduo no ano que se inicia. 

YOM KIPPUR ( hebraico, significa " Dia de Expiação"). Também conhecido como o Dia do Perdão, é o dia mais sagrado do calendário judáico. Marca o encerramento de um período de arrependimento iniciado com o ROSH HASHANÁ. Os judeus crêem que nesse dia Deus perdoa todos os pecados de Israel.
YOM KIPPUR é um jejum de 24 horas, que começa antes do pôr-do-sol e termina ao aparecer das estrelas do dia seguinte.

PESSACH ( hebraíco, significa " passar por sobre " ). PESSACH é a festa da liberdade, comemorando a rendenção dos escravos israelitas do Egito. Durante os oito dias que antecedem o feriado, as pessoas não podem comer, beber ou ter em casa alimentos fermentados. Essa festa também marca o início do ano agrícola. PESSACH é a Páscoa judíaca.

SHAVUOT (hebraíco, significa "PENTECOSTES", literalmente "semanas"). SHAVUOT é a festa da colheita de trigo, mas hoje em dia comemora principalmente o momento em que o Decálogo, ou Dez Mandamentos teria sido revelado a Moisés e aos Israelitas.



História do hebraíco

 Hoje o hebraico  estiveram espalhados pelo mundo, mas não era usado no cotidiano.é falado pelos cidadãos de Israel. Mas quando esse país foi fundado em 1948, poucos sabiam falar hebraico, que em geral era apenas usado em estudos e cerimônias religiosas.
O hebraico era usado como língua sagrada, nos rituais judaicos, ao longo dos séculos em que os judeus estiveram espalhados pelo mundo, mas não era usado no cotidiano. Muitos falavam o iídiche, uma língua aparentada com o alemão ou as línguas de cada país.
Depois que Israel foi fundado, o hebraico tornou-se a língua oficial do país e passou a ser ensinado nas escolas. 
Com a criação de um país chamado Israel em 1948. Para isto a Palestina foi dividida em duas partes: uma para os judeus e outra para os árabes que ali viviam, chamados palestinos. Os conflitos entre os dois povos começaram logo em seguida à criação do Estado de Israel e continuam até hoje.

SHALON é a palavra hebraica usada pelos judeus para dizer " paz ". 
SALAM é a palavra árabe que tem o mesmo significado
A semelhança entre elas mostra que as duas t~em uma origem comum
A BIBLIA

A Biblia é a base do cristianismo, uma religião originada na Palestina, 2.000 anos atrás, e que tem  hoje milhões de seguidores em todo o mundo.
É possível perceber a influência da Bíblia nos nomes, nas artes, no cinema, na música, nos costumes e na linguagem.
1-Nomes bíblicos: Ana, Maria, Débora, Rute, Isabel, Rebeca, Mateus, Davi, Tiago, João, Lucas.

2-Expressões do dia-a-dia: quando alguém é chamado de judas, isso significa que essa pessoas é traiçoeira, tal como Judas Iscariotes, que traiu jesus.
Já a expressão " bode expiatório" indica que uma pessoa inocente levou a culpa    no lugar da outra; essa expressão é derivada de uma festa judaica em que um bode era solto no deserto para levar os pecados do povo.

3-Temas bíblicos na arte: esses temas foram os mais frequentes na arte produzida até o século XIX. Por meio da pintura da escultura diversos artistas representaram, da maneira como eles imaginaram, o núncio do nascimento de Jesus, sua crucificação, a última ceia com os discípulos.


A origem da Bíblia

A Bíblia é uma obra de autoria  coletiva formada a partir de antigas narrativas orais. Apenas no século XV foi publicada em livro.
A palavra Bíblia deriva do termo bíblos, que, em grego, significa livro.
A Bíblia é portanto uma reunião de livros.
O Pentateuco, por exemplo, reúne cinco livros: Gênesis, Êxodo, Lev´tico, Números e Deuteronômio.

1-Manuscritos bíblicos: Na antiguidade esses livros eram copiados a mão em rolos de pergaminho ( pele de cabra, ovelha ou de outro animal tratada para servir de material de escrita). Dessa maneira os livros que compõem o Antigo e o Novo Testamento foram sendo transmitidos ao longo dos  séculos.
A mais importante descoberta de manuscritos bíblicos ocorreu em 1947, em Israel, quando foram encontrados , em cavernas rolos datando dos séculos III a.C e I d.C. São manuscritos atulamente conservados em Israel.

2-Antigo e Novo Testamento: Juntando todos os manuscritos existentes, os estudiosos conseguiram compor os livros que hoje formam a Bíblia. O Antigo Testamento compreende os livros escritos antes de Jesus Cristo. O Novo Testamento, por sua vez, inclui os livros que narram as pregações de Jesus e cartas escritas pelos apóstolos, além dos livros do Apocalipse e de Atos.


Os Dez Mandamentos
"Não terás outros deuses diante de mim.
Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra
Honra teu pai e tua mãe (..)
Não matarás
Não adulterarás.
Não furtarás, (...)
Não cobiçarás a casa do teu próximo.

"As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importa faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo."
Mahatma Gandhi 





sexta-feira, 2 de setembro de 2011

VOU E VOLTO

VOU E VOLTO
Ontem eu era assim                                                               
Deslizava pelo vento
                                                                      Empunhava a penumbra
                                                                                                                            Gustava a dor



Buracos negros
Pedras rolantes
Lentes ardentes
Choques de terra


Existir
                         Desistir
                                                   Detectar
                                                                                       Claro.......

Analogias do simples
O composto sagas
O corpo inerte
A flor decantada


Existo , penso
                                             Ah, ah
                                                                          Reluzente
                                                                                                         Respiro


O percurso é árduo
Acendo o candeeiro
Pedra esfacelando-se
Gritam de dor



A estrada longa e curta
                                  O verde enlouquece
                                                          O negro cobre a alma
                                                                                            Destemida, desnutrida


Vou e volto
Fico e resisto
Percorro não corro
Deslizo.