sábado, 10 de setembro de 2011

MILHO

OS ASTECAS RECOMENDAM:

COMA MAIS MILHO

MILHO: era uma planta silvestre.

Os vestígios mais antigos de espigas de milho cultivado foram encontrados em áreas próxima à atual Cidade do México, no México.
As primeiras espigas de milho tinham menos de 3 centímetros  de comprimento e seus grãos eram tão pequenos como os do arroz. Ao amadurecer, os grãos caíam no solo e germinavam como acontece com muitas outras plantas.


Curiosidade: o milho cultivado para a produção de pipoca é uma variedade especial com espigas menores que as do milho doce.

O início do cultivo do milho

Com o tempo , as populações começaram a selecionar e cruzar plantas de milho silvestre.
Essas experiências produziram espigas bem maiores, parecidas com as que conhecemos atualmente. A passagem do milho silvestre para o cultivado começou a ocorrer por volta de 7 mil anos atrás
Do México, o milho foi levado à América Central e à do Sul e se transformou em um dos mais importantes produtos da alimentação dos povos americanos.


O milho mudou a vida dos povos americanos

Com o tempo, o cultivo do milho liberou as pessoas da tarefa diária de caçar animais para garantir o sustento das aldeias. Como o milho seco pode ser estocado por vários meses, é  possível armazenar grandes quantidades do produto para abastecer os habitantes em épocas de secas ou enchentes.
Nas habitações americanas, o milho seco era armazenado em vasilhas de cerâmica. Antes de ser consumido, era socado e com ele se fabricava uma farinha usada no preparo de vários pratos, como angu, tortillas e mingaus. O milho verde podia ser consumido cozido ou assado.
Os indígenas do Brasil também cultivavam o milho. Mas ele não tinha a mesma importância que para os outros povos americanos.
Os nossos indígenas aproveitavam o milho comendo as espigas assadas ou preparando uma espécie de vinho, consumido em épocas de festas.

O milho no Brasil
"(...) O índios brasileiros podem ter aprendido a arte de cultivar o milho diretamente com seus colegas agricultores da América do Norte e da América Central, e não com a população dos Andes.
A tese é de um pesquisador da Embra (Empresa de Pesquisa Agropecuária) que analisou (...) sementes antigas e modernas de milho plantadas pelos índios das Américas. O estudo revelou que o milho plantado aqui tinha parentes próximos entre os mexicanos, mas nada do tipo dos Andes."
LOPES, reinado, José- folha de S. Paulo.

O milho conquistou o mundo
Quando os europeus chegaram à América, em 1492, o milho era cultivado tanto no norte como no sul do continente. O produto logo chamou atenção dos conquistadores, que o levaram para a Europa, junto com outros produtos americanos, como tomate e a batata.
Devido à facilidade de adaptação, a planta rapidamente se espalhou por toda a Europa, entrando nas cozinhas ricas e pobres, sendo usado no preparo de vários pratos. Na Itália o milho tornou-se a base da conhecida polenta; em Portugal e na Espanha era usado para preparar broas, caldos, farinhas e pães.
Da Europa, o milho foi levado para a África e a Ásia, onde passou a ser usado como alimento e ração animal.

Uma lenda do milho



Esta lenda faz parte da tradição oral dos guaranis do sul do Brasil, chegou aos dias de hoje contada por várias gerações. Só recentemente foi escrita.

" Nos campos começaram a escassear os animais. Nos rios e nas lagoas, dificilmente se via a mancha prateada de um peixe.
Nas matas já não havia frutas, nem por lá apareciam caças de grande porte: onças, capivaras, antas, veados ou tamanduás. No ar do entardecer, já não se ouvia o chamado dos macucos e dos jacus (designação a vários tipos de aves que vivem em matas primitivas do Brasil e se alimentavam de frutas e folhas) pois a fruteiras tinham secado. Os índios  que ainda não plantavam roças, estavam atravessando um período de penúria.(...)
E o sofrimento foi tal que, certa vez, numa clareira (terreno desmatado) do bosque , dois índios amigos da tribo guaranis, resolveram  recorrer ao poder de Nhandeyara, o grande espírito.
Eles bem sabiam que o atendimento do seu pedido estava condicionado a um sacrifício. Mas que fazer? Preferiram arcar com tremendas responsabilidades a verem a sua tribo e seus parentes morrerem de inanição(estado de fraqueza extrema causada pela falta de alimentos) à mingua de recursos.
Tomaram essa resolução e, a fim de esperar o que desejavam, se estenderam na relva esturricada. Veio a noite.Tudo caiu num pesado silêncio, pois já não havia vozes de seres vivos. De repente, a dois passos de distância, surgiu-lhe pela frente um enviado de Nhandeyara.
--Que desejais do grande espírito?
---Perguntou.
--Pedimos nova espécie de alimento para nutrir a nós mesmos e a nossas famílias, pois a caça, a pesca e as frutas parecem ter desaparecido da terra.
--Está bem -- respondeu o emissário. Nhandeyara está disposto a atender aos vosso pedido. Mas para isso, deveis lutas comigo, até que o mais fraco perca a vida.
Os dois índios aceitaram o ajuste e se atiraram ao emissário do grande espírito. Durante algum tempo só se ouviu o arquejar dos lutadores, o baque dos corpos atirados ao chão, o crepitar da areia atirada sobre as ervas próximas. Dali a pouco, o mais fraco dos dois ergueu os braços, apertou a cabeça entre as mãos e rolou na clareira....
Estava morto. O amigo, penalizado, enterrou-o nas proximidades do local.
Na primavera seguinte, como por encanto, na sepultura de Atuatv (assim se chamava o índio), brotou uma linda planta de grandes folhas verdes e douradas espigas. Em homenagem a esse índio sacrificado em benefício da tribo, os guaranis deram o nome de auaty ao milho, seu novo alimento".
Lessa, Barbosa. Estórias e Lendas do Rio Grande do Sul. 

O milho, da América para o mundo

Milho: um cereal nutritivo
O milho é um cereal, isto é, um tipo de grão usado como alimento. Ele é rico em carboidrato, uma importante fonte de energia..
O milho é um dos mais produtos agrícolas mais consumidos no mundo, tanto por humanos, como por animais domésticos..
Existem  cerca de 400 tipos diferentes de milho. Nutrientes e usos do milho: tintas, sorvetes, refrescos, cosméticos, remédios, farinhas, óleos, combustível (etanol).


FESTA PARA DEUSA DO MILHO




No México antigo, as festas em homenagem à deusa do milho, começava quando o grão já estava completamente formado. Durante essa festa, as mulheres deixavam os cabelos soltos, sacudindo-os e agitando-os nas danças, ato principal da cerimônia, que tinha por objetivo que o penacho do milho crescesse com a mesma profusão e que o grão fosse igualmente grande e volumoso de modo que o povo tivesse frutos em abundância.

ORAÇÃO DO MILHO



"Senho de nada valho.
Sou a planta humilde dos quintas pequenos e das lavouras pobres
Fui o angu pesado e constantes do escravo na exaustão do eito
Sou a broa grosseira e  e do triste mu de carga
O quemodesta do pequeno sitiante
Sou a farinha econômica do proletariado
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam à vida em terra estranha
Alimento de porcos ea Vós Senhor,
Que fizeste necessário e humilde
Sou o milho do triste mu de carga
O que me planta não levanta comércio nem avantaja dinheiro
Sou a pobreza vegetal agradecida ". 
CORALINA, Cora .Poema dos becos de Goías e estórias mais.













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