FOME ATÉ QUANDO?
A fome afeta a população de grande parte do planeta. Segundo os relató
rios da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), em 2003 cerca de 854 milhões de pessoas em todo o mundo eram vítimas da desnutrição grave e permanente, ou seja não consumiam a quantidade mínima de calorias exigidas pelo organismo.
Os índices mais elevados encontram-se na África Subsariana, com 206,2 milhões ( 33 %); na Ásia, com 523,3 milhões ( 14%); e na América Latina, com 52,4 milhões ( 13%).
A cada ano, segundo a FAO, 6 milhões de crianças morrem vítimas da subnutrição.
A fome acompanha a história da humanidade.
As pessoas não passam fome porque há falta de terras ou excesso populacional. Havia em 2004, mais pessoas desnutridas na Nigéria, um país de 131 milhões de habitantes, do que na China, onde viviam cerca de 1,3 milhões de pessoas.
Vários fatores podem ser apotandos como responsáveis pela fome:
As dificuldades de acesso á terra, ( má distribuição da terra, a improdutividade de muitas áreas e o uso voltado prioritarmente a interesses específicos e não a programas sociais;
O aumento do desemprego ( o avanço tecnológico possibilitou a automatação do processo produtivo. Principalmente na indústria e nos bancos, a automação tem causado fechamento de milhares de postos de trabalho.
A divisão desigual da renda ( os salários dos trabalhadores mais qualificados chegam a ser trinta vezes mais alto que os recebidos pelos trabalhadores de baixa qualificação. A diferença entre os ganhos das empresas e os salários dos trabalhadores é ainda maior.
Pode ser citado também a ralação desigual entre os países ricos e pobres. os preços dos produtos exportados pelos países ricos, em geral de alta tecnologia, são muito elevados que os dos oferecidos pelos países pobres, normalmente artigos primários ou industriais gerados com tecnologia mais simples. Mesmo os países subdesenvolvidos industrializados: como TAIWAN e BRASIL, dependem da tecnologia produzida nos países ricos e pagam por ela.
A FOME : O continente africano tem hoje metade de sua população sobrevivendo com uma renda inferior a 1 dólar por dia. Além da fome, a população do continente tem sido devastada por contínuas guerras civis e por uma epidemia de aids, que já contaminou um quarto da população.
FOME AFRICANA
A fome na África tem origem históricas, que se relacionam com a expansão colonialista europeia, iniciada no século XV. O domínio europeu significou para o continente a perda aproximadamente 10 milhões de pessoas , que foram levadas para a América na condição de escravo.
Principalmente a partir do século XIX, os colonizadores desmontaram as economias organizadas no continente, baseadas na subsistência, e, no lugar, implantaram o sistema de monoculturas ( café , algodão, cacau etc ), destinado á exportação. Muitas terras deixaram de cultivar alimentos para produduzir gêneros destinados ao mercado externo.
Outro efeito nefasto da colonização foi a destruição dos Estados africanos tradicionais e a fixação de fronteiras que dividiram o continente sem levar em consideração a diversidade étnica existente no interior de cada país.
O resultado foi a explosão de violentas guerras tribais, que expressam a fragilidade dos Estados criados artificialmente pelo colonizador.
O quadro atual da África é desolador. Faltam investimentos na educação e na qualificação de mão-de-obra; o abismo científico e tecnológico em relação à Europa e à América do Norte é imenso; e os indicadores sociais do continente são os piores do mundo.
Alimentos transgênicos: a solução para a fome no mundo?
Transgênicos ou organismos geneticamente modificados (OGMs) são produtos que recebem material genético de outro organismos, mediante manipulação laboratorial.. Os transgênicos resultam do cruzamento de organismos diferentes como bactérias, plantas e vírus, dos quais se retira um gene para desenvolver maior quantidade de vitaminas ou resistência a herbicidas e a pragas.
Como os trangênicos são muito recentes ( década de 1990 ), não se sabe o suficiente sobre eles que permita o uso seguro.
Quais as reações alérgicas que os alimentos transgênicos podem provocar em nosso organismo?
É que o direito de produção e comercialização pertence aos laboratórios e à agroindústria, em geral controlados por empresas transnacionais, que lucram milhões com a venda da tecnologia que desenvolvem.
BRASIL TEM FOME?
No Brasil, segundo os dados do Pnad 2004, 45 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza, isto é ganhavam o suficiente apenas para suprir as necessidades mínimas de sobrevivência.
As causas da fome no Brasil são estruturais, ou seja, resultam do modelo de organização social econõmica, herdado em parte do período colonial. As características desse modelo são o predomínio dos latifundíos improdutivos, a concentração de renda e a elevada dependência tecnológica da nossa economia em relação aos países desenvolvidos.
O Brasil é o quarto país do mundo com a pior distribuição de renda, ficando atrás apenas de três países africanos, Serra Leoa, República Centro-Africana e Suazilândia.
O combate a fome era o principal objetivo do governo Lula, quando tomou posse em janeiro de 2003. Por isso o governo lancou o programa Fome Zero.
A implementação do programa tem como referência o Projeto Fome Zero - uma proposta de política e segurança alimentar para o Brasil, um documento que reúne propostas elaboradas pelo Partido dos Trabalhadores em 2001.
O projeto Fome Zero incluí, além de medidas estruturais, uma política de apoio efetivo á agricultura familiar, o direito à complementação de renda para que todas as crianças das famílias pobres possam ter formação educacional adequada; ampliação da merenda escolar atingindo todas as crianças que frequentam escolas públicas, inclusive creches; e, finalmente, o apoio aos inúmeros programas criados por governos estaduais, municipais e pela sociedade civil organizada que buscam combater a fome por meio de restaurantes populares, bancos de alimentos, modernização do abastecimento, incentivo à agricultura urbana e à agricultura familiar.
INCLUSÃO SOCIAL; PROGRAMA DE COMBATE À FOME
"A miséria no Brasil não é algo ocasional, mas resultado de um processo histórico que não resolveu questões básicas. Com a explosão dos índices de desemprego nos anos 90, ela se agravou. Hoje, há amplo consenso de que o mais terrível dos efeitos da miséria, a fome, não é causado pela falta de produção de alimentos, mas pela falta de renda das famílias para adquirir os alimentos na quantidade necessária e com a qualidade adequada.
A (...) fome segue matando a cada dia , produzindo desagregação social e familiar , doenças, desespero e violência crescentes. Para combater a fome, não podemos nos limitar ás doações, bolsas e caridade. É possível erradicar a fome por meio de ações integradas que aliviem as condições de miséria. Articuladas com uma política econõmica que garanta uma expansão do Produto Interno Bruto de, pelo menos 4% ao ano, esse objetivo pode ser conseguido em até uma geração. Os instrumentos que colocaremos em ação permitirão promover o desenvolvimento, gerar e distribuir renda. O combate á fome se integra, assim à concepção de um novo tipo de desenvolvimento econômico."
Um comentário:
ainda bem que vc fez essa reportagem, me ajudou, e ajudou as minhas amigas a fazer o trabalho e o projeto para a mostra cientifica, muito obrigada.
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